Amo casamentos, adoro me emocionar e sentir toda a magia da cerimônia.

É como voltar ao nosso próprio casamento, lembrar da euforia, dos anseios e do desejo de que tudo saísse como se sonhou durante meses.

É relembrar o pacto, as promessas e do próprio amor que esse ritual move, mais ou menos como se houvesse coraçõezinhos por todos os lados, todos transpiram amor.

É um sentimento tão nobre, tão puro que perdura por muito tempo após a cerimônia, bom seria se ficasse para sempre, mas ao ver a emoção dos noivos em festa já basta para retroceder o filme e lembrar de cada pedacinho daquele sonho vivido.

Ao casarmos descobrimos que o "sim, eu aceito" tem um sentido muito mais complexo, como um pacote que recebemos sem sabermos exatamente o que há dentro, mas logo, logo acabamos por aprender: que somos as responsáveis pela a harmonia do lar e pela dispensa, para que nunca falte nada na geladeira, pela iniciativa de programetes para a...

A garota urbana que adora natureza tem até vergonha de confessar: nunca, nunquinha havia mexido no meu jardim.

Ao vê-lo tão caidinho, assim como eu, resolvi dar uma força, fez bem pra mim e pra ele, e acabei conferindo a história que tantas vezes falo no fórum sobre o amor (aquela de que "amar é como cuidar de um jardim", lembram?!).

Além de ter me divertido, mesmo de luvinhas hehe, pude constatar que um jardim é realmente como nossa vida. Se não for cuidado é tomado por ervas daninhas. Elas se entrelaçam de tal forma que fica impossível de crescer qualquer coisa, como se sufocassem a terra, parece muito com a rotina nossa de cada dia.

Tive momentos de horror (até gritei, haha) ao encontrar uma lesma gosmenta e um cabeludo, mas também de puro lirismo ao ver as joaninhas se equilibrando nas flores que ainda restavam e ao assoprar os dentes de leão ao vento.

É engraçado, antes de começar é como se tudo fosse uma grande confus...

Depois de muito, vim saber que aos meus trinta e poucos anos me perdi.

O caos bateu em minha porta.

O tempo sumiu, me sentia escrava dos meus dias, os papéis viraram fardos e os fardos confusão.

Era eu sem foco, sempre atrasada, sempre com pressa, uma insandecida no trânsito, mas no fundo, eu juro, só alguém tentando acertar...

A frustração e a introspecção afloraram em uma sinusite, e em sua linguagem, de alguma forma, o corpo queria dizer que chorava, sem conseguir falar.

Ainda que nessa caminhada aprendi a me conhecer, foi preciso um puxão de orelha para que eu visse com clareza no que a minha rotina havia se tornado.

Era chegado o momento das escolhas (ai como dói), encerrar um caminho e focar em outros, dar-me mais tempo e porque não dizer mais prazer em viver pequenas coisas, que há muito tempo estavam de lado.

As curvas tortuosas do caminho me fizeram crescer, mudar, melhorar e que assim seja então!

Ter parado para pensar, ter...

Alguém conhece esse cara? Não sei quem é, talvez Deus tenha feito todo o serviço sozinho mesmo, mas seja lá quem foi, era extremamente competente.

Vocês já pararam para pensar nisso? A absurda riqueza de detalhes da nossa fauna e flora?

Este final de semana levamos nossa pequena a um parque onde haviam vários animais livres em seu habitat.

Fiquei por minutos a observar o Flamingo, nunca tinha percebido que os seus olhos são lindamente brancos, os joelhos rosa, o bico com um entorno singular e as penas pareciam pintadas a mão, um rosado misturado ao branco em perfeita harmonia.

Já o Pavão, na sua imponência, ganhou uma espécie de coroa, seu peito azul turquesa reluzia, uma cor tão intensa que a melhor das paletas não conseguiria reproduzir. As penas do rabo foram desenhadas com um detalhe arredondado ao meio que ao abrir a cauda em leque, é a própria majestade. Quanta criatividade!

As Zebras se destacam no horizonte, foram...