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Tema Aborto volta a ser discutido
Enfim, e resumindo, disse o que eu disse que vc disse.
Salientando apenas algo que acho que meu péssimo português não possibilitou compreender: eu não tento convencer quem quer que seja a NADA. Eu não levanto bandeiras, muito menos me classifico como "pró-isso" ou "pró-aquilo", e MENOS AINDA tento cooptar quem quer que seja para o meu suposto "lado", porque nem lado eu tenho (ou, ao menos, nunca lhes contei qual é, porque vcs só conhecem aqui o MCJupi#S2). Eu sinceramente me lixo se as pessoas não querem comigo debater, por uma razão muito simples: nunca sequer pretendi mudar a opinião delas. Nesse ponto, sou bem prático, como eu disse ali em cima: quem quiser fazer algo baseado unicamente na "sua vontade", como se não vivêssemos em sociedade e como se nosso umbigo fosse o centro do Universo, que o faça e arque com as consequências, SE ELAS EXISTIREM. Não quero que alguém perca o seu sono, o que eu disse é que "EU NÃO CONSEGUIRIA DORMIR SE AGISSE ASSIM", mas também salientei que se tratava da minha opinião, ou seja, em nenhum momento quis impor coisa alguma. E sobre a crença religiosa e filosófica de cada um, MENOS AINDA, pois nesse campo então, o que menos existe é consenso, nada obstante o fato de que apesar de o mundo não saber o que há "do outro lado", curiosamente isso já não é mistério para a maioria, pois a maioria já partiu desta pra melhor, desde que o mundo é mundo e já sabe o que vem depois, se é que alguma coisa vem.
Eu, como disse certa vez o filósofo Pascal, "acredito senão por fé, mas por inteligência, porque é mais inteligente acreditar que há algo depois da vida e perder algumas horas dela se dedicando à fé do que viver aqui 60 anos negando isso por birra e depois arder no andar de baixo pela eternidade". Mas quem não acredita, por mim, que se exploda, cada um é cada um, e nunca tive a pretensão de cooptar quem quer que seja para lado nenhum.
_Ana_:
Depois eu gostaria de passar um link para um documentário . Ele trata da questão do aborto inseguro praticado no Brasil. E me parece que tem um depoimento a respeito de um caso de anencefalia.
É longo, mas gostaria que voce desse uma olhada no video.
Não sei se vou conseguir postar aqui... Mas o nome é "Fim do silêncio", da Fundação Oswaldo Cruz, aqui do RJ.
Apesar de alguns foristas dizerem que sou consumidora de canha, chá de cogumelo com ácido de bateria e hidromel, não é nada disso. Eu procuro ter informações a respeito do assunto, antes das minhas postagens.
não nos leve tão a sério miguxa Alice! S2!
mana Ana, eu mato se alguém botar a mão na minha barrigudinha...aí eu brigo mesmo!
olha ela aí...
Acredito que o objetivo do fórum seja promover debates e não estimular uma simples exposição de opiniões.
Um debate pressupõe que, além das idéias expostas, tenhamos argumentações que as defendam e contra-argumentações fazendo o papel contrário. Não estamos falando aqui de gostos e preferências, onde um gosta mais de verde e outro gosta mais de cinza. Sobre isso não haveria o que debater. Como diz o ditado, "gosto não se discute".
Isso não significa que alguém está querendo mudar o pensamento de outra pessoa. Cada um seguirá pensando o que quiser. Mas todos aqui defendem suas idéias da melhor forma que podem.
Eu, por exemplo, não acho que crenças religiosas sejam bons argumentos pois cada um possui uma crença diferente. Interesses pessoais também não são os melhores argumentos, cada um tem os seus. Procurei usar do raciocínio lógico para fundamentar minhas idéias. A lógica deve ser a mesma para todos, por isso é chamada de lógica. Mas, mesmo assim, há quem não aceite o lógico.
Cada um pode pensar o que quiser. O direito ao pensamento é livre. Mas, ao contrário dos pensamentos, as ações não podem ser realizadas simplesmente da forma que se quer. Cada um fazendo o que quiser e o que bem entender é o caminho mais curto para o caos da sociedade.
Mesmo que o aborto continue sendo considerado crime, o direito de escolha das mulheres seguirá existindo. Se quiserem, terão acesso a medicamentos ou práticas que promovam um aborto, isso não é novidade para ninguém. Infelizmente, algumas mulheres poderão acabar com sequelas em função de tais procedimentos. Dependendo das condições, a morte pode ocorrer, é verdade. Algo realmente lamentável. A perda de uma vida é sempre algo lamentável. Mas, nesse caso, será que isso não pode ser considerado uma consequência de uma escolha? Uma consequência real, possível de ocorrer, que deve ser avaliada antes da escolha ser feita? A possibilidade de arder no fogo do inferno não pode ser considerada consequência possível. Já sequelas e até mesmo a morte, podem. Nem por isso, o Estado deve abrir mão de suas regras. Da mesma forma que permitiria o aborto, para evitar a morte de algumas mulheres, também permitiria o comércio de drogas para acabar com as mortes do tráfico. Não parece razoável para mim. Assim como não seria razoável respeitar o direito de escolha do cidadão beber e dirigir, por motivos óbvios.
Por que o Estado deve apoiar e, mais do que isso, subsidiar (pois o aborto teria que ser ofertado pelo SUS, obviamente) o direito de escolha das mulheres que querem fazer um aborto? O Estado tem uma nação inteira para olhar, milhares de pessoas, onde cada uma faz suas escolhas e nem todas podem ser consideradas aceitáveis. Se essa escolha promover injustiças ou desordem, certamente que não será tolerada. Ou, pelo menos, não deveria.
O Estado não existe para satisfazer nossas vontades sejam elas quais forem. Antes disso, é seu dever promover a ordem e, acima de tudo, resguardar a vida. Mesmo que, para isso, o direito de escolha de algumas pessoas seja tolhido.
Eu não disse isso, jovem Poivre.
Eu disse:
E
Coisa que, aliás, repito. E repito por uma simples razão: quis apontar que as defensoras da "antecipação terapêutica do parto" confundem alhos com bugalhos.
Quis, justamente, destacar que não o é "direito" subjetivo (que vc's alardeiam como causa suficiente ou mesmo causa necessária) que deve ser levado em conta pela lei e pelo Estado.
:)