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O backlash silencioso
sex, 06/05/2011 - 20:36
#6
Belle,
a título de informação é \"A\" repórter.
Sem querer estender a polêmica, não acho absolutamente imprescindível e necessário ter que reencarnar num corpo feminino, negro, índio ou esquimó para entender as particularidades da realidade que vivenciam cada indivíduo, nestas categorias.
Relaxa,
já temos uma “Presidenta”, Juíza no Supremo, Melhor Jogadora 5x eleita na Fifa,(coisa que homem nenhum conseguiu)... ao menos por aqui acho tuas preocupações exageradas.
sex, 06/05/2011 - 20:57
#9
“Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres” (Voltaire)
Curiosidade : teu nick é alguma menção ao filme de Buñuel ??
Belle
Como não estou com tempo para nenhuma pesquisa sobre os referidos autores citados no tópico vou limitar-me a algumas considerações empíricas baseadas em minha experiência como mãe e como mulher.
1º - A gravidez, como quaisquer outros período da vida de qualquer pessoa (infância, adolescência, etc.), pode ter características diversas: eu amei o meu período de gravidez, embora ela não tenha sido isenta de problemas.
2º - Meus filhos nasceram com parto cesáreo.
3º Eu amamentei exclusivamente meus filhos e gostei muito disso, embora me afetasse a falta de liberdade para me afastar deles por mais de 2 horas até o 5-6 mês.
4º Tenho filho que foi para a escolinha com 5 meses e outro que foi aos 3 anos (tinha babá). Quer saber o resultado? Quem foi para a creche teve mais probleminhas de saúde (gripes, problemas respiratórios), mas, excetuando isso, ambos tiveram um desenvolvimento adequado, passaram tranquilamente pela adolescência e estão super bem, são muito talentosos, com muitas amizades e fazendo os cursos que escolheram numa das melhores universidades do país.
Em resumo, quais conclusões eu retiro disso?
- cada mulher tem suas próprias vivências destes períodos e o mais importante é que escolha a melhor alternativa disponível para ela no momento.
- seja o que for que venhamos a escolher, sempre seremos alvos de críticas. Eu cheguei a ouvir que crianças nascidas com cesárea seriam mais agressivas que as demais. Na época, doeu ouvir isso.
- Finalmente: pela minha experiência e pelo que tenho observado, a grande diferença entre o desenvolvimento saudável ou não das crianças repousa na segurança que elas têm do amor de seus pais (ou de quem desempenha este papel).
Ser amamentada ou receber uma mamadeira com carinho, nascer de parto normal ou de cesárea, ir para a escolinha ou ficar em casa... nada disso faz diferença quando a criança é bem cuidada e auxiliada em suas dificuldades. O resto? Eu prefiro ignorar...
Contudo, é importante que quem, por motivos profissionais, trabalha com a questão de gênero, fique atento a esses discursos, pois, às vezes, eles realmente contribuem para gerar problemas de consciência indevidos para as mulheres.