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O backlash silencioso
ter, 03/05/2011 - 12:21
#2
Eu tenho horror dessas técnicas modernas de \'como educar crianças\', \'como ser mãe\', etc. O motivo? Hoje deve-se evitar enviar crianças para a escola antes dos 3 anos, amanhã você deve mandar com dois. Não há consenso nem nunca haverá, daí eu preferir avaliar a criação que tive, o que leio, o que vejo em outras pessoas e aí sim, montar o que julgo útil para educar crianças.
Não tenho filhos, vivo sendo cobrada para que os tenha, mas sequer penso no assunto. Futuramente até quero ter um, mas depois de fazer tudo o que pretendo e ter estrutura para educar um ser. Como a Belle sabiamente disse, penso que gravidez está longe de ser essa realização toda, que amamentar deve ser mais doloroso do que prazeroso, dentre outras coisas. O problema é que o senso comum se infiltra entre nós e somos levadas a achar algo que não internalizamos de verdade - eu penso porque sou levada a pensar.
E como isso não quero tratar de teorias da conspiração, essas coisas. É algo que noto diariamente através do que ouço, do que leio. O grande problema hoje está nessa intervenção de terceiros na educação de crianças que, a meu ver, mais prejudica do que ajuda.
Hoje vejo crianças que não respeitam ninguém, que subjugam os pais, que agem como se todo o esforço dos pais fosse para criá-las e não para terem uma vida própria. Por favor! Viver para criar filhos, deixar de ter uma vida enquanto mulher, enquanto casal... Se for para ser assim, prefiro nem ter filhos.
Hoje, criança deixa de ser filho para ser um projeto de vida que deve representar todo o nosso esforço, nossa vontade, nossa vida. É como se a entrada de uma criança na família eliminasse todas as demais relações, projetos, regras. A meu ver, um grande erro.
ter, 03/05/2011 - 12:28
#3
Concordo com a Ana Beijos
ter, 03/05/2011 - 23:14
#4
Bem,
alguns comentários e o próprio tópico ilustram a morte lenta, gradual e inevitável do que outrora chamávamos de Bom Senso.
O autor do livro-artigo-entrevista expõe a própria interpretação de dados colhidos em pesquisas junto aos rebentos que foram \"disponibilizados\" em creches antes de uma idade que entende como apropriada.
Embasa a sua opinião com argumentos que vão desde o ambiente inadequado de uma creche ruidosa, a falta de atenção dispensada a cada rebento pelas monitoras, até a elevação dos níveis de substâncias químicas no sangue dos ditos, causadas pelo stress da competição precoce, prejudiciais ao perfeito desenvolvimento do cérebro humano.
Transformar todos os argumentos do autor em uma “pseudo-conspiração-do-universo-machista-reacionário-repressor das “Conquistas Femininas Contemporâneas” sobre a sigla
Backlash Silencioso, sinceramente, a mim beira mesmo o absurdo, pra não dizer insano.
Daqui a algum tempo, quando estiverem cada vez mais freqüentes alunos , ex-alunos, ou funcionários adentrarem seus ambientes escolares, profissionais e públicos; fuzilando seus ex-colegas, talvez alguém se interesse em pesquisar, que espécie de ambiente, lar e educação, viveu o autor da próxima tragédia e sua correlação com as motivações do infeliz.
Enquanto isso, “louvemos” a autora do tópico e as “conquistas femininas contemporâneas”, mesmo que as mesmas desprezem com todas as letras a atribuição primordial de uma “fêmea” da nossa espécie,
Ser Mãe
P.S: Para aquelas que discordam,(ou desconhecem) o próximo domingo é uma ótima data para tentar entender o que é...
qua, 04/05/2011 - 12:06
#5
Sr Zeketrefe,
Não sei em quais argumentos vc está embasando os seus, já que a falta de bom senso ( e conteúdo) que vc tanto critica parece ter lhe atingido.
Mas pelas suas respostas (mal educadas) em outros tópicos, você parece dizer a que veio, e aí, não importo que tente trollar as coisas por aqui, travestido numa armadura misógina.
A maioria das pessoas que leram meu tópico são capazes de concordar quanto ao fato de que a proposta do “pedagogo” em questão é algo irrealizável na sociedade dos dias de hoje. Sugerir numa sociedade como a nossa que a mulher fique em casa, somente cuidando de filhos 24 horas por dia, se não for sabotar as conquistas femininas, seria o que? Se seus argumentos se embasam no senso comum da misoginia, e este idioma, vc parece falar muito bem, te digo que os meus estão embasados na História, na Sociologia, na Antropologia, e na Psicologia. Quem conhece as teorias mais contemporâneas sobre psicologia infantil sabe muito bem que a socialização de crianças é algo bom e necessário. Esse senhor, o “pesquisador”, me parece querer ser mais um a causar frisson com teorias estafúrdias e contrariando todo e qualquer bom senso_ bem como a própria História. Tanto que ao pesquisar por aí, percebo que nenhum pedagogo é capaz de concordar com isso. E sim, tenta causar frisson através de um discurso que sabota as conquistas femininas (sem aspas, mesmo). Gostaria de sugerir que lavasse a boca ao insinuar em um site feminino, que discutir sobre um retrocesso das conquistas femininas (que tem um nome sim, BACKLASH), é uma insanidade. Nunca soube enquanto mulher, o que é ser cobrada para participar dos padrões estéticos inatingíveis de nossa sociedade, nem para ter uma conduta x quando achava que o correto era y, nem para educar seus filhos de um determinado modo, quando te foi ensinado que era para ser feito de forma diferente...Nunca soube o que é a falta de autonomia de ser interpelada pelo governo ou a mídia a fazer com o seu corpo o que ele quer que vc faça (amamente, tenha parto natural, seja assim, assado)
Sim, meu caro, é preciso ser mulher, gay, negro, operário, para ter alguma autoridade se quiser meter o bedelho na experiência das minorias, suas conquistas e retrocessos. É desta maneira que a boa teoria, bem como as experiências mais confiáveis nascem. E isso, nem o senhor, nem este pedagogo sabem o que é.
Se não for, o melhor é tentar fazer como uma grande maioria masculina aqui, que opina, mantendo o devido respeito para com o sofrimento e as idiossincrassias alheias. Caso contrario, Sr Zeketrefe recolha-se em sua insignificância.
Ah, e sou mãe com muito orgulho, amo os desígnios na maternidade, mas não aceito o papel de reprodutora,(e nem o que a natureza faz com o corpo feminino para gerar um ser humano) pois sei que sou muito, mas muito mais que isso.
qua, 04/05/2011 - 12:47
#6
Quote:
mesmo que as mesmas desprezem com todas as letras a atribuição primordial de uma “fêmea” da nossa espécie,
Ser Mãe
D E M A I S hahahahaha
Belle, é troll, só pode...
Quote:
Daqui a algum tempo, quando estiverem cada vez mais freqüentes alunos , ex-alunos, ou funcionários adentrarem seus ambientes escolares, profissionais e públicos; fuzilando seus ex-colegas, talvez alguém se interesse em pesquisar, que espécie de ambiente, lar e educação, viveu o autor da próxima tragédia e sua correlação com as motivações do infeliz.
Agora, Zeketre, se você acha que o acontecido em Realengo foi simplesmente pela falha na educação por parte dos pais (mais mãe né, porque afinal nosso maior dom é cuidar de filho, segundo você...), tenho uma notícia pra você, aquilo se chama feminicídio e é um dos resultados do machismo, \"filosofia\" na qual você baseia sua opinião.
Se quiser ler mais sobre assunto: http://escrevalolaescreva.blogspot.com/2011/04/assassinos-de-mulheres-e-seus-crimes-de.html
Mas duvido muito que você vá ler sobre o assunto, porque machistas adoram meter o bedelho em assuntos que se referem a condição feminina, mas nunca querem se informar antes de dar sua opinião. Quer dizer, até se informam, com pesquisas ditas \"populares\", e adivinha só, são todas machistas também, que só reforçam a cultura de que a mulher é sempre \"menos\".
qua, 04/05/2011 - 13:01
#7
ZéKetrefe
o mundo mudou sabia?
a época que a tua avó viveu eram bem diferente , do que a da tua mãe...
que é diferente no tempo atual... e será mais diferente ainda dos teus filhos...
antigamente a mulher era obrigada a criar os filhos daquela maneira, não tinha opções
não dá para ficar preso a costumes antigos...
abra os olhos...
e sobre o moço do realengo (mesmo eu acreditando que psicopatia é uma doença e não tem nada com a educação recebida)
te pergunto... onde estava o pai?
ou o pai não importa, a criação de um filho é \'obrigação\' exclusiva da mulher?
qui, 05/05/2011 - 00:44
#8
É claro que importam todos os outros fatores, mas repito, querer transformar o resultado de uma pesquisa em backlash reacionário e contrário as conquistas femininas, é um delírio de \"rebelde sem causa\"
( me recuso a atribuir uma motivação ou qualquer vínculo a uma \"causa anti-feminista\"), pra dizer pouco.
E Belle, não distorça a pesquisa nem o resultado implícito nela.
O autor, de maneira clara, expoe o quão prejudicial é despachar bebes antes dos 3 anos em creches que contam com pessoal visivelmente menos preparados e desprovidos das qualidades de uma \"mãe\", para lidar com eles.
E, se a fêmea de algum mamífero, não tiver como função biológica primordial, a Reprodução, vá discutir com a Natureza e a Evolução, que colocou o Homo Sapiens Sapiens nesta categoria.
Se preferir, então que erga as suas bandeiras e direcione a artilharia para que liberem a clonagem humana e contrate um lavrador para cultivar seus filhos em uma horta particular.
Antes mal- educado que tapado
qui, 05/05/2011 - 07:21
#9
Penso que a obrigação de criar de um filho é igualmente de um pai quanto de uma mulher... Não sei por que o autor desse discurso se põe a colocar de forma tão misógina a criação dos filhos, como se nós mulheres fossemos apenas chocadeiras. É óbvio que para uma criança seria melhor não ser submetida a uma creche assim tão cedo, porém a realidade em que vivemos é outra bem diferente, os pais têm que trabalharem para prover o próprio sustento desta criança, e a mulher de hoje é muito mais independente, não jogará anos de serviço fora para apenas cuidar de seu filho, depois ela não pode pagar uma escola de qualidade para a criança, até mesmo em virtude de ter largado seu emprego, e aí quem sofre as consequências é a criança, ou seja, da mesma forma. Hoje em dia já existem creches bem especializadas e treinadas, inclusive com câmeras, e algumas em que a mãe pode acompanhar todos os passos da criança através de um site na internet... Não vejo motivos para brecar a carreira profissional da mulher por Três anos, os quais ela ficaria fora do mercado de trabalho e a prejudicaria muito, inclusive ao seu filho, somente por não querer colocar esta criança em uma creche especializada, com bons profissionais.
qui, 05/05/2011 - 10:09
#10
Quote:
E, se a fêmea de algum mamífero, não tiver como função biológica primordial, a Reprodução, vá discutir com a Natureza e a Evolução, que colocou o Homo Sapiens Sapiens nesta categoria.
neardenthal evolua!
que discurso tacanho!
Totalmente descontextualizada essa pesquisa...
Ficar 3 anos com a mãe pode até ser benéfico pra criança, mas deve-se levar em conta, como já foi aqui comentado, a qualidade desse tempo em que estão juntos. Não sou mãe, mas pelo que presencio, há uma romantização da maternidade, e que a mulher, já ao parir, vai estar preparada física e psicologicamente para dedicar-se integralmente à criança. E aquela mulher que estava a costumada a trabalhar fora, ter vida social? Vai estar feliz, poder dar qualidade a essa interação?
Melhor ela chegar do trabalho satisfeita, matar a saudade da criança, com sensação de dever cumprido, do que ficar trancada em casa. A criança só vai absorver essa frustração.
O cara fala como se a questão da creche fosse incorrigível. É claro que se eu por meu filho em qualquer lugar, ele pode ser prejudicado. Aí é questão só de saber escolher!