Bater nos filhos

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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

Aliás, se é pra falar em violência, acho interessante muléres que são abortistas - algo que não é sequer remotamente violento né? - defendendo que não se pode usar de reprimenda física contra os pequenos selvagens :)


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

Rsrsrsr....Saudações Caro Austra!


Aquele Hidromel "Era de Aquário" ao amigo!


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Poivre
No PF desde: 12/01/2011

Faço duas obervações:


Quote:
Para mim realmente nunca fez sentido que alguém tentasse me impor limites por meio da força física, uma vez que, no mundo real, não é isso o que se espera ou se exige de um adulto civilizado.


Quote:
Você só está ensinando ao seu filho que, no fim de tudo, esgotadas todas as (suas)possibilidades, o que vale é a LEI DA SELVA, ou seja, o mais forte vai fazer valer a sua vontade.


Pois é. Daí aparecem com esse papo de que "umas palmadinhas não fazem mal", mas fazem sim. Quando eu era criança, se a minha irmã não fizesse o que eu mandava, eu apelava pro tapa. Eu vivia batendo nela. Meu pai, pra me conter, puxava minha orelha. OU SEJA? Ele queria que eu cessasse com um comportamento que ele mesmo praticava. Não é difícil entender que não existe lógica nisso.


Depois eu cresci, e sempre com aquela impressão de que a minha vontade tinha que ser imposta às pessoas. Dei um trabalho desgraçado pra eles quando cheguei à adolescência. Mas eu fui "educada" assim.


Difícil é pra quem tem que aguentar depois, ou seja, quem apanha. Eu odiava meu pai quando ele me batia, não importava se fosse com força ou não. Primeiro porque eu não podia fazer nada pra parar aquilo, já que não tinha força, e segundo porque me sentia um lixo.


Dai imagina só uma criança de 4 anos levando tapa na bunda, aperto no braço. Eu nem vou me estender, o Júpiter já falou tudo.


Quem não tem paciência pra colocar no castigo, pra perder 30 minutos do seu dia aplicando um método educativo no seu filho quando ele for desobediente, que não os tenha. Estapear, já disse, é a forma clássica dos pais assumirem seu descontrole. Já pensou se todo mundo que nos irritasse fosse respondido com um tapa? Isso é totalmente absurdo, todo mundo aqui vai dizer "exercite sua PACIÊNCIA".


POIS ENTÃO EXERCITEM TAMBÉM COM AS CRIANÇAS, que são muito mais merecedoras..

pronto falei mesmo.


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

Saudações Cara Poivre!


"Meu pai, pra me conter, puxava minha orelha. OU SEJA? Ele queria que eu cessasse com um comportamento que ele mesmo praticava..."


Ele não conversava com você antes o quão errada estava agindo?


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Poivre
No PF desde: 12/01/2011

Tinha dias que sim, tinha dias que não.


Por vezes ele chegava em casa irritado do trabalho, nós duas crianças que erámos, gritando, correndo, brigando, e então ele perdia a paciência e já dia direto separando assim.


E mesmo que conversasse uma vez e nós não ouvíssemos, ele tinha que conversar duas, três, quatro, colocar no castigo, o que fosse!


Ele dava palmadas e depois ainda nos colocava no quarto. Daí eu tinha tempo pra pensar no tapa que tinha levado e no quanto eu odiava ele nessas horas.


Bem educativo.


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Júpiter
No PF desde: 08/07/2010

Isso aí miguxa. Sob o pretexto de "bater para educar", grande percentual dos pais ultrapassam essa linha tênue e começam a bater também para "descarregar as suas frustrações". Tomei algumas surras quando infante. Algumas, foram fruto de molecagens, outras, porque meus pais "não estavam num dia bom" e partiram logo para a [**rr*]da porque queriam "silêncio para descansar" em casa da semana cansativa de trabalho. Em ambos os casos, achei errado.

Uma coisa leva à outra. Ambas são erradas.

S2!


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

"E mesmo que conversasse uma vez e nós não ouvíssemos, ele tinha que conversar duas, três, quatro, colocar no castigo, o que fosse!"


"O que fosse"; as vezes....é a palmada educatória como último recurso. A fórmula que teu pai aplicou contigo, estava em dosagem errada, o que significa que não serve para a grande maioria dos casos que - novamente, salientando, sublinhando - em derradeiro recurso, o castigo físico é necessário.


A minha experiência de apanhar não deixou nenhuma cicatriz emocional, algum trauma entranhando, ou íntima revolta...eu fui avisado, fui orientado, e resolvi comprar a briga; o resultado foi limite, limites que todos devemos ter ainda mais em tão tenra idade.


Se eu fosse menos irriquieto, quem sabe a conversa surtiria efeito...mas nessas poucas ocasiões de palmada, não adiantou nada, e hoje - observando do cimo da vida adulta - vejo que outra coisa não adiantaria para a criança Gulherme.


Para mim, funcionou bem essa fórmula...quem sabe não funcione para todos, como não funcionou para ti, os excessos do teu pai; mas antes isso do que virar um xiita que preconiza violência de verdade contra adultos infratores, que não sabe diferenciar espancamento e tortura (céus...que drama!) de um tapa na bunda, que vê o mundo ou em preto, ou em branco.


Tua experiência dá aval ao que pensa sobre o assunto, a minha idem....


Eu consigo divisar um horizonte educacional com muita conversa e paciência - que é o ideal - mas também sei até onde pode ir a rebeldia não contida em tempo.


Temos que relativizar as coisas, e não tomar como verdades definitivas, caso que apenas supomos saber pela nossa pouca experiência.


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Poivre
No PF desde: 12/01/2011

Pois eu não concordo contigo pelo simples fato de que não preciso ter experiência de mãe pra saber que um tapa é uma forma de violência e que um pequeno deve é ser tratado com paciência e rigidez. Pra fazer certo não precisa apelar! Meu deus é tão simples!!!!


Veja meus pais, tiveram filhos novamente, tem cerca de 40 e 50 anos. Eles não tem paciência, estão cansados. Chegam tarde do trabalho, os pequenos ansiosos pela presença deles em casa, tomam conta de tudo, gritam, correm, fazem o que querem. Daí tem gente que diz que uma surra resolveria. Eu fico LOUCA com isso. Falta é disposição dos dois com eles, isso sim! As crianças ainda não sabem o que é certo ou errado, principalmente quando se tem 2 e 4 anos. O pai e a mãe estão ali pra dar esse direcionamento. O mais velho, quando irritado, já anda batendo nos outros. Já presenciei meu pai e minha mãe perderem TOTALMENTE o controle sobre ele e até correrem atrás pra dar puxão.~Claro que não é sempre, mas o que ele ve, ele repete. Pra uma criança é assim que funciona.


Ficam sentados no sofá assistindo eles correrrem até quebrarem algo, pra depois puxar a palmada, daí é fácil.


Quem quer ter filhos que vá com uma dose de boa vontade, eu repito.


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

O problema, é que estão usando exemplos muito pueris para exemplificar o quão errado é a reprimenda.


Pais cansados, crianças desejando atenção, adultos descontando suas frustrações nos pequenos, crianças que não sabem usar o banheiro ainda...até o reino mineral sabe que isso não é desculpa para o castigo físico; assim é fácil e lícito condenar a palmada.


Eu falo de traquinagens sérias, de agredir o irmão, de perder o ano na escola, de desrespeitar acintosamente os mais velhos, de ser cruel com os animais..quando tudo que foi explicado, ensinado, castigado "de forma não vil" não funciona mais.


Estão apenas exemplificando birras infantis e despautérios dos pais, é preciso enxergar um pouco além!


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Poivre
No PF desde: 12/01/2011

Ser reprovado na escola merece palmada? Tem mil e uma questões envolvidas aí. Se o pequeno bate no irmão o certo é bater nele pra que ele aprenda que não deve bater? Ilógico.