Sei muito bem o que é sofrer preconceito em casa. Nunca tive minhas escolhas (profissionais, emocionais) respeitadas. E tvz por ter sido reprimida, por um bom tempo levei uma vida totalmente sem limites, onde sofri demais.

Não vou impedir que meu filho namore outro menino, se ele quiser. Mas vou dar limites éticos a ele, toda criança pede isso: que os pais digam o que é certo e errado. Se ele quiser uma boneca, tenho que mostrar as diversas possibilidades culturais. Entender pq ele quer brincar de Barbie, e dizer que geralmente, meninos como ele não costumam brincar disso, mas que não é errado brincar.

Acho que tu te faz mais de carrasca do que eu de vítima Vanessa... :P

Não tive tempo de ler o texto inteiro mesmo, até por isso nem vi o tal \"contexto\".

Eu tô bem, gente. Sério. :) (Vocês não me conhecem, mesmo...)

Kisses.

Sobre educação, quando tiver filhos poderei opinar melhor. Acho que cada pai e mãe deve educar como acham certo, até porque o filho é deles.

Mas eu não acho que é tudo sobre mim, no nível pessoal. Vocês entenderam errado. Só não concordo com os argumentos de vocês. :)

Ai, ai...\"machista\" e \"feminista\" tornaram-se ofensas de alto grau por aqui. Enquanto alguns se sentem ofendidíssimos por se julgarem taxados de machistas, outras sobem nas tamancas por serem chamadas de feministas. Isso tá engraçado.

E está tudo tão raso, tão efêmero que dá até um certo desânimo, mas vou ser forte (macho padedéu...rsrs) e continuar expondo meus pensamentos.

As feministas querem eliminar toda e qualquer diferença? Mmmm, vejamos: talvez algumas queiram mesmo. Aquelas que não usam sutien porque os queimaram todos (nota da redatora: a queima de sutiens nunca aconteceu na verdade, é só uma figura de linguagem). Euzinha aqui do meu lado não quero nada disso, não. Eu gosto das diferenças. Se eu quisesse tudo igual, tinha nascido minhoca e não gente. Mas o que eu quero muito ver é o fim das diferenças de valoração das características próprias de um ou de outro gênero.

Eu luto pelo dia em que ter habilidade com idiomas sejam tão valorizado quanto ter habilidade com matemática. Quero ver cair por terra o maldito teste de Q.I. que diz quem é mais \"inteligente\" considerando apenas o conceito masculino de inteligência (sim, gente, um teste que considera apenas o raciocínio lógico, é um teste que considera apenas o aspecto \"masculino\" da inteligência). Eu quero ver o dia em que se um menino chorar ou se mostrar fragilizado ninguém vai virar pra ele e dizer \"ai, tá parecendo uma mulherzinha\", como se o modo feminimo fosse imferior ou masculino. Eu quero, inclusive, ver o dia em que um menino vai poder brincar com uma Barbie sem que sua masculinidade seja questionada. Não se trata de aceitar a possibilidade de que ele venha a ser gay, mas de não considerá-lo gay apenas por ser mais sensível ou por, naquele momento, gostar da Barbie.

Eu quero um mundo onde a minha feminilidade seja admirada e valorizada, não menosprezada. Não quero mais ouvir \"isso é coisa de mulher\" com aquele tom de descaso, de desprezo, como se ser mulher fosse algo vergonhoso ou indigno. Eu não quero que lavar roupas seja considerado menos importante do que pilotar aviões, não quero que menstruar seja considerado sujo e indigno ou que ter cólicas seja visto como fraqueza. EU QUERO RESPEITO À MINHA CONDIÇÃO DE MULHER.

Não me preocupam os \"papéis sociais\", me preocupa o VALOR que se dá a esses papéis. Por isso que eu falei, lá no começo do tópico, que o problema atual do feminismo não está em se igualar ao homem, mas em se assumir como mulher. Enquanto as mulheres continuarem agindo como se tivessem vergonha de ser o que são, a coisa não vai andar. Foda-se que eu sou fisicamente mais frágil do que a média dos homens. E daí? Eu não preciso ser tão forte quanto eles. Mas o fato de eu não poder carregar duas toneladas nas costas não me faz menos importante ou menos indispensável à essa sociedade. É isso. Eu não preciso fazer o que os homens fazem pra ter valor e é isso que precisa ficar claro. É imperativo que homens e mulheres valorizem e respeitem o que as mulheres fazem e como elas fazem. Passou da hora de quebrarmos paradigmas nesse ponto.

Mas até que ponto um guri de 5 anos que mal começou a vida e não tem plena ciência das coisas pode ter sua sexualidade influenciada por brincar com uma Barbie? :) Ihh... isso dá pano pra manga.

Certamente não haveria muito problema em um homem heterossexual formado brincar com uma Barbie.