\"Ñ qremos igualdade, e sim oportunidades iguais\"

458 respostas [Último]
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Circe
No PF desde: 17/04/2010

Bem, a Carla brilhantemente expôs o que eu penso e quis dizer de forma tão falha... Parabéns, Carla.


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Dame Laurier
No PF desde: 08/07/2010

Concordo contigo, Carla. :) Eu não sou nenhuma machista radical. (Acho que entenderam errado). Eu sou uma mulher do século XXI, tentando descobrir o que virá.


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

\"Mas até que ponto um guri de 5 anos que mal começou a vida e não tem plena ciência das coisas pode ter sua sexualidade influenciada por brincar com uma Barbie?\"


Em nenhum ponto, Dame. Aliás, seria ótimo se os meninos desde cedo tbm fossem preparados a cuidar de filhos através das brincadeiras.

Nem é com isso que me preocupo, mas simplesmente com a gozação dos amigos. Sofri bulliung na escola por ser gordinha tbm e é muito doloroso.


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Dame Laurier
No PF desde: 08/07/2010

Pois é, de uma forma ou de outra, indiretamente pode influenciar. Ouvi casos que, de tanto o guri ser chamado de gay, ele virou gay mesmo. E outro amigo meu, que de tanto o chamarem de gay, disse que foi ver se era, transou com um cara e pegou HIV dele, que já faleceu.


Mas eu acho que influencia, sim. Não só pelo bullying. Agora, essa discussão provavelmente é mais longa que a do machismo. Socorro...


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Dame Laurier
No PF desde: 08/07/2010

E esse princípio de \"de tanto chamar, tu se tornar\" é uma coisa psicológica, mesmo. Passar a vida chamando um filho de uma coisa, ele acabar se tornando. Eu conheci pessoal e profundamente pessoas assim, e, em certos aspectos, até eu. Uma criança não tem defesa emocional nenhuma contra isso.


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Vanessa Versiani
No PF desde: 19/11/2009

\"Uma criança não tem defesa emocional nenhuma contra isso\"

. Justamente por isso que acho que a falta de preconceitos tem de vir de casa, o apoio total e irrestrito tem de vir de casa. O que não quer dizer que pais não podem dar limites. Limites sem preconceitos também existem.

Gostei mto do texto da Carla. Às vzs, qdo o debate quase vira um chat, como estava, a gente não formata bem o pensamento como faz qdo o último comentário foi há algumas horas.


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Dame Laurier
No PF desde: 08/07/2010

Tá mas e Vanessa, que que adianta não ter preconceito em casa se o mundo inteiro (coleguinhas, amiguinhos, pais de amiguinhos, menininhas) terão? Vivemos DENTRO de uma sociedade que ainda é \"à antiga\". E isso não vai mudar por força, expondo a criança a isso até ela aprender a lidar. Criança não aprende a lidar, quem aprende a lidar é adulto com o que passou na infância.


Sobre ensinar. Religião: eu ensinarei meus filhos no padrão que acho certo, vou dizer: \"Considero isso certo, por isso e por aquilo\". Mas é claro que a criança vai escolher quando estiver apta. Mas, por isso, enquanto ela não puder escolher, for criança, alguém tem que botar alguma coisa na cabeça dela e eu, como mãe, com o pai dela, somos os que mais têm direito e dever disso. Vou falar que quem brinca com Barbie geralmente é guria e tal. Mas, também, acho que não é por acaso que um guri geralmente não se interessa por brincar de bonecas. Eles já nascem com certas preferências, ninguém precisa dizer que \"não devem\"... é natural... quer dizer, mulheres e homens na maioria dos casos são diferentes por natureza. Na maioria dos casos, reiterando...


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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

Educação é reprodução e manutenção da cultura, tb. Pais islâmicos tendem a transmitir o islamismo aos filhos por julgarem o correto. O mesmo para cristãos, protestantes, xintoístas.


Nenhuma cultura se configura de modo a se destruir, do mesmo modo que nenhuma constituição tem um dispositivo que habilita sua substituição por outra constituição.


E a cultura vigente é a heterosexual. Eu não deixaria meu filho chegar na escola carregando uma Barbie na mão.


#Carla:


O que seria mulheres que agem sentindo vergonha do que são? Daí eu gostaria de te pergutar: o que é se assumir como mulher?


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Carla Abbondanza
No PF desde: 22/06/2010

E lá vou eu de novo ser polêmica...hehehehehehehe.


Eu não tenho filhos e nem pretendo tê-los, mas caso tivesse, eu concordaria com a Belle. Eu também pensaria duas vezes antes de dar uma Barbie para o meu filho brincar com os coleguinhas. Preconceito? Homofobia? Falta de apoio? Não, nada disso. PROTEÇÃO é o que seria.


Gente, nada mais ingênuo e ilusóri do que acreditar que alguém cria filho sozinho. Já diz minha mãe que se cria filhos para o mundo e com o mundo. Claro que a família é o porto-seguro, a bússola, o guia de uma pessoa e qualquer falha nesse papel de alicerce que tem a família pode ter consequências vitalícias. Porém, não há como blindar uma criança e torná-la totalmente imune à influência de outras fontes, como a escola, os outros familiares, os amiguinhos do bairro e até da TV. Isso é impossível. E aí surge a família em outro papel importantíssimo: o de mediadora entre essas influências externas e os valores íntimos dessa família.


Onde eu quero chegar com isso? Não se trata de não apoiar o garoto que manifeste tendência homossexual ou de não querer incentivá-lo (nota da redatora: não acredito que alguém \"se torne\" homossexual. A pessoa NASCE homossexual, assim como pode nascer hétero - mas isso é outra história). Trata-se de PREPARÁ-LO para o que ele vai enfrentar fora de casa. Protege-lo mesmo. Aguardar o momento em que esse menino terá maturidade para entender que ele é diferente da média e por isso será olhado e tratado de forma diferente também. Como um garoto de 4 ou 5 anos vai lidar com o assédio, com o preconceito?


O apoio da família deve estar presente no momento do conflito. Sim, todo homossexual, homem ou mulher, passa por um conflito de identidade. Nesse momento, a família tem que estar lá firme e forte. Mas isso não vai acontecer aos 4 ou 5 anos. Vai acontecer mais tarde. E quando acontecer, esse pré-adolescente ou adolescente vai questionar o papel que sua família tem nessa história toda e o quanto ela foi capaz de protegê-lo ou não.


O que eu faria nessa situação? O mesmo que a Belle. Mostraria outras opções e, se de tudo ele ainda quisesse a Barbie, nós teríamos um acordo: você brinca com a Barbie só lá em casa, ok? Na escolhinha você leva outros brinquedos. \"ah, mas isso é tapar o sol com a peneira. Você estaria \'escondendo\' a natureza do seu filho\". Sim, estaria. E o faria até que ele tivesse maturidade para entender o que estaria acontecendo. Uma vez pronto para enfrentar a bronca de cabeça erguida, aí eu até compraria uma bandeira arco-iris pra botar na frente de casa. Antes disso, eu o protegeria com unhas e dentes do preconceito e crueldade de outras crianças.


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Dame Laurier
No PF desde: 08/07/2010

Carla, não foi polêmica. Foi o que eu disse, mais sucintamente, antes. Concordo, tirando a parte da bandeira arco-íris e que eu incentivaria. Teria que aceitar, né, fazer o quê... Seria meu filho ou filha. Mas sinceramente preferia que não fosse, porque não falando de religião ou certo e errado, iria sofrer muito na sociedade. E vejo que os homossexuais parecem sofrer mais do que os heterossexuais nos relacionamentos, amigos meus homossexuais me disseram isso, que é mais doloroso a relação com o mesmo sexo, mais intenso. Também por isso essas pessoas têm às vezes problemas psicológicos, de tanto sofrerem não só na sociedade, mas nos relacionamentos.


Austra, oi! Ainda não saí daqui. :( Poque hoje tô trabalhando no computador. E não vou mais fazer aquele negócio lá que ia me tomar tempo.