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\"Ñ qremos igualdade, e sim oportunidades iguais\"
Ah, esqueci de comentar. Eu vi esse programa também. Se não me engano era o \"Tabu\" da NatGeo. Fiquei meio confusa com a história das duas transex que você mencionou no outro tópico...rsrsrsrsrsrs. Muito louca aquela situação.
E vi o Buck Angel também, que por sua vez, tem um irmão que também é transex e agora é irmã, com direito a cirurgia e tudo. No mínimo os pais deles continuaram com um filho e uma filha (tá, eu sei, brincadeirinha de mau gosto...rsrsrsrsrs...mas é real).
e uma coisa que lembrei depois de meu último post, Belle. Perceba que a segunda categoria mais estável nessa história toda é justamente a comunidade gay. Observe a lealdade dentro da comunidade. Independente de ideologias e crenças individuais, essa é uma comunidade que sabe se manter unida na defesa de seus interesses.
E você tem razão, as conquistas masculinas se deram às custas da inferiorização feminina, mas convenhamos que se houvesse dissidência significativa entre os homens, a história seria bem outra. Tanto é que, somos obrigadas a admitir, os avanços do feminismo só começaram a acontecer quando as barricadas masculinas foram enfraquecidas por essa dissidência.
Nossa, achoque vamos passar a noite conversando sobre isso...rsrsrsrsrsrsrs
Nossa, vc é bem rápida nas respostas!
Sim, e esta união da comunidade GLBTT (não sei se é assim que se escreve), se deve justamente por eles não acreditarem se encaixar em nenhum binarismo sexual, do tipo, homem e mulher. De minorias que eram tem conquistado cada vez mais espaço. E dizer que tais políticas de identidade só puderam emergir graças ao movimento feminista, não?
Va lá: as mulheres conquistaram alguns direitos civis no bojo do movimento feminista, não se pode ignorar. Voto, separação da função reprodutiva da sexualidade através da pílula, no campo profissional, Lei Maria da Penha, só para dizer grosseiramente.
Mas uma coisa que podoeria ser \"simples\" como o aborto, ainda é repisada...Ou seja, pode-se mudar legalmente de nome e sexo, mas não se pode negar de gerar uma vida...
Não sei aonde as mulheres se perderam, para ser sincera: se foi na crença de que era absolutamente idênticas aos homens, e aí perde-se a singularidade dos gêneros, ou se foi no backlash, que tem feito as mulheres retrocederem aos velhos padrões...
Bem legal esta discussão!
Ah, e esqueci de comentar: as mulheres têm perdido seu espaço na academia também em detrimento ao público GLBTT...
Só para mencionar: eu e alguns amigos que também estudam gênero, já tivemos papers recusados em grupos de discussão em congressos sob a argumentação de que as mesas eram fundamentalmente voltada ao público GLBTT e não às mulheres... Estamos saindo de moda!
perdoe os erros de concordância, não se pode corrigir aqui...
Onde foi que nós nos perdemos? Pergunta de um milhão de dólares.
Eu acho que foi durante a ressaca do radicalismo. Quando caiu a ficha que não somos absolutamente iguais aos homens, não soubemos para onde ir e acabamos caindo no comodismo do caminho já conhecido. E aí voltamos à questão da identidade feminina alicerçada numa visão masculina do ser mulher.
Não somos iguais aos homens e o único conceito de feminino que conhecemos é aquele perpetuado pelo patriarcalismo. Na falta de outra opção, especialmente pela falta de uma união identificadora, voltamos aos velhos costumes. Triste, não?
Menos complicado do que tentar analisar questões que podem gerar inúmeras interpretações é buscar soluções práticas.
Homem ser vaidoso sem ser chamado de gay por isso, pode? A meu ver, sim. Até deve. Acho ilógico uma mulher linda e vaidosa sair com um ogro tosco com uma pança de Hommer Simpson.
Mulher ganhar salário igual por trabalho igual pode? A meu ver, também deve. Nada justifica essa diferença salarial.
Homem ajudar na educação dos filhos e nos afazeres domésticos pode? Com certeza, deve.
Mulher ligar o foda-se pro que agrada ou não os homens e ser ela mesma, agradando a quem gostar de mulheres como ela, pode? Haha, super deve ser assim! Mudar pra agradar alguém tende a só trazer frustrações. Ser vc mesma atrai quem gosta de quem é como vc, o que é bem menos trabalhoso. E, no mínimo, vc agrada 24h por dia a uma pessoa: vc mesma. E isso é excelente pra auto-estima.
...
Mais pontos.... madruga chegando e eu tô ficando meio com sono...
Adorei esse assunto sobre a “união feminina”. Lembro de já ter lido sobre o assunto em algum livro feminista... Falava de como nós, mulheres, não nos identificamos como um “grupo”, pois um “grupo” se identifica por uma cultura em comum no passado e não houve um acontecimento marcante para que as mulheres se tornassem inferiores aos homens, simplesmente nossa condição foi sempre assim, sempre subordinadas a figura masculina. Exemplificando essa teoria: burguesas são solidárias aos burgueses e não as mulheres. Negros, homossexuais, judeus, etc, se identificam como “nós”, já as mulheres, dizem “as mulheres”. A dificuldade de conseguir construir o conceito de liberdade vem do fato de que nunca a tivemos... então como consegui-la?
Na minha opinião, essa aversão a idéia da legalização do aborto é fruto de um, digamos, “cansaço”, por justamente não conseguirmos enxergar o que queremos, e nos acomodamos na imagem feminina que o patriarcado nos mostrou, pois essa é a única que realmente conhecemos, como falou a Carla. Li um texto que sobre essa acomodação feminina, e uma das partes transcreve justamente o que se está sendo discutido aqui: “dói reconhecer a própria falta de poder. Dói perceber que se tem uma posição inferior na sociedade. Dói perceber que a nossa esfera de ação é limitada. Aí uma das saídas é enganar a si mesma, fazendo um esforço de abstração para transformar vulnerabilidade em não-vulnerabilidade. Passividade em ação”.
Bem lembrado isso, Anne.
Só gostaria de enfatizar que já em 1949, Simone de Beauvoir matou essa charada da desunião feminina. Ela disse que enquanto as mulheres continuassem se aliando aos interesses de classem perpetuados pelos homens, enquanto elas continuassem esta aliença com o masculino, elas jamais se enxargariam como uma classe.
Pois bem, lá se vão quase 60 anos após o Segundo Sexo e aqui estamos discutindo as mesmas coisas...
Sim, pior é que é verdade.
Porém estas conquistas masculina, não se pode esquecer, foi em cima da inferiorização das mulheres,em todos os sentidos, desde a questão da herança (mulheres nunca herdavam propriedades), até o seu proprio estatuto de pessoa...
Nossa, me lembrei de uma coisa muito doida: Buck Angel, o \"homem com [******]\", já ouviram falar? É um transex que nasceu mulher, mas foi se tornando homem, porém optou por nao implantar prótese peniana para não deixar de ter orgasmos. Buck é considerado um dos maiores atores pornôs da atualidade. E tem mais: parece que antes el@ gostava de homem, mas atualmente namora uma mulher...Vai entender...