Obrigada pelas dicas, meninos. Estava até pensando em abrir um tópico para que pudéssemos compartilhar dicas legais sobre livros, cds, músicas. Acho que farei isso.

Bjocas

\"Revolução dos Bichos\", de George Orwell (não entendi qual a relevância do suicídio dele, mas tudo bem), junto com \"1984\" e \"Admirável Mundo Novo\", de Adoux Ruxley, são livros indispensáveis para um melhor entendimento das ideologias políticas e comportamentos sociais dos últimos cem anos. E eu também vi os filmes, mas não fazem jus ao conteúdo dos livros, especialmente pela \"romantizada\" que se deu nas versões cinematográficas.

Dito isso, voltemos ao tópico. Eu não sou exatamente ateísta. Sou uma agnóstica cética. O que significa isso? Significa que eu acredito que há ainda muitas perguntas em aberto para que eu possa afirmar categoricamente que não existam forças sobrenaturais. Sou questionadora por excelência.

Por outro lado, considerando a morfologia da palavra ateu, que seja, sem deus, posso sim me dizer ateísta, já que há uma grande diferença entre \"poder sobrenatural\" e \"divindade\". Não, eu não acredito nesse deus todo poderoso reverenciado pelo cristianismo e outras religiões, como também não acredito em deuses, benígnos ou malígnos, de quaisquer outras crenças. Considero-os todos, sem exceção, como um refloexo dos ansêios e mesmo das mazelas humanas.

Até por ter sido criada em ambiente cristão (presbiterianos), aprendi desde cedo a respeitar profundamente a crença alheia, seja ela qual for. Porém, raramente tenho a oportunidade de falar sobre a minha filosofia sem ser execrada por não professar nenhuma religião e por ceclarar que não acredito no deus judaico-cristão. E acho que é isso que levou a essa campanha mal-fadada.

Não concordo com a configuração dessa campanha. Também acho que a agressividade é contraproducente tendo em vista o suposto objetivo, mas entendo de onde vem essa ira. Reclama-se de ter relacionado equivocadamente Hitler com o cristianismo? Ok. Nem tão equivocadamente assim, já que apesar de adepto do ocultismo, ele também rendia honrarias ao cristianismo (lembrando que não há satanismo - isso sim um equívoco quanto às crenças de Hitler - sem o cristianismo). Mas há mais de meio século que invariavelmente se fala do ateísmo de Lenin, Stalin e Mao-Tsé Tung como se esse fator fosse o gerador de suas atitudes irracionais e imorais. Então pergunto: é aceitável que se relacione o ateísmo à crueldade do socialismo radical, mas não é aceitável que se relacione o cristianismo (ou qualquer outra doutrina) ao genocídio da Segunda Guerra e incontáveis outros eventos trágicos e violentos de nossa História? Isso me parece igualmente tendencioso.

Olha, eu queria ter menos tempo pra ler (inclusive de madrugada) por outros motivos Gulherme haha.

\"Revolução dos Bichos\", de George Orwell (não entendi qual a relevância do suicídio dele, mas tudo bem), junto com \"1984\" e \"Admirável Mundo Novo\", de Adoux Ruxley, são livros indispensáveis para um melhor entendimento das ideologias políticas e comportamentos sociais dos últimos cem anos. E eu também vi os filmes, mas não fazem jus ao conteúdo dos livros, especialmente pela \"romantizada\" que se deu nas versões cinematográficas.

Dito isso, voltemos ao tópico. Eu não sou exatamente ateísta. Sou uma agnóstica cética. O que significa isso? Significa que eu acredito que há ainda muitas perguntas em aberto para que eu possa afirmar categoricamente que não existam forças sobrenaturais. Sou questionadora por excelência.

Por outro lado, considerando a morfologia da palavra ateu, que seja, sem deus, posso sim me dizer ateísta, já que há uma grande diferença entre \"poder sobrenatural\" e \"divindade\". Não, eu não acredito nesse deus todo poderoso reverenciado pelo cristianismo e outras religiões, como também não acredito em deuses, benígnos ou malígnos, de quaisquer outras crenças. Considero-os todos, sem exceção, como um refloexo dos ansêios e mesmo das mazelas humanas.

Até por ter sido criada em ambiente cristão (presbiterianos), aprendi desde cedo a respeitar profundamente a crença alheia, seja ela qual for. Porém, raramente tenho a oportunidade de falar sobre a minha filosofia sem ser execrada por não professar nenhuma religião e por ceclarar que não acredito no deus judaico-cristão. E acho que é isso que levou a essa campanha mal-fadada.

Não concordo com a configuração dessa campanha. Também acho que a agressividade é contraproducente tendo em vista o suposto objetivo, mas entendo de onde vem essa ira. Reclama-se de ter relacionado equivocadamente Hitler com o cristianismo? Ok. Nem tão equivocadamente assim, já que apesar de adepto do ocultismo, ele também rendia honrarias ao cristianismo (lembrando que não há satanismo - isso sim um equívoco quanto às crenças de Hitler - sem o cristianismo). Mas há mais de meio século que invariavelmente se fala do ateísmo de Lenin, Stalin e Mao-Tsé Tung como se esse fator fosse o gerador de suas atitudes irracionais e imorais. Então pergunto: é aceitável que se relacione o ateísmo à crueldade do socialismo radical, mas não é aceitável que se relacione o cristianismo (ou qualquer outra doutrina) ao genocídio da Segunda Guerra e incontáveis outros eventos trágicos e violentos de nossa História? Isso me parece igualmente tendencioso.