muito bom o tema.... li ótimos comentários.... vou chover no molhado, mas vamos lá :)

solm

entendo que no momento seja difícil assimilar o romance da tua filha, com a moça que voce supunha ser apenas uma amiga....

voce com certeza não foi educada da mesma forma que a tua mãe, e com certeza tua mãe não foi educada da mesma forma que a mãe dela... deve ter ouvido tua avó reclamando da educação que os jovens receberam....

a humanidade é assim... felizmente as coisas mudam e algumas pessoas evoluem.... costumes que outrora ditavam o comportamento 'aceitável' caem por terra.... noto que voce segue dogmas da tua religião, mas deve saber que muitos que aparentemente dizem seguir o que a religião prega, na verdade não o fazem.... por exemplo: na igreja católica é contra o uso de anti-anticoncepcional, voce segue esta norma e outras tantas?

como já falaram aqui... também acho que voce não quer o mal para tua filha, e só está tentando ajudar e vê-la feliz... mas deve tentar separar bem o que são as tuas expectativas para o futuro dela e o que ELA realmente quer e precisa... os sonhos, desejos, fantasias são dela...

ok, voce pode lutar contra tudo isso da tua maneira... muitas mães e pais o fazem... conseguem que a filha (o) sigam o roteiro que os pais sonham/idealizam para eles.... mas aí pergunto: à que preço? que tipo de relação mãe e filha, com esta forçação de barra , voces terão?

tua filha se tornará uma mulher hipócrita como a amiga/amante dela? sim, amar uma outra pessoa e não assumi-la por vergonha ou para não desagradar a sociedade/pais é hipocrisia.... ter um casinho para 'aliviar' os desejos que não consegue reprimir....

na minha opinião, voce deveria estar preocupada com o fato da tua filha ter um relacionamento com uma pessoa comprometida... afinal é uma relação capenga que não a fará feliz... nunca será uma relação saudável e feliz.... nunca completa....

se ela é homossexual, bissexual ou só curiosa isso com o tempo e com muita conversa, de preferência franca, voces podem ir assimilando....

não permita que os teus preconceitos estraguem ou endureça o amor e o relacionamento mãe e filha.... ela terá que mentir e omitir as coisas pra voce o tempo todo, já que pelo visto sequer aceita a possibilidade.... por mais que voce imagine que ela será mais feliz em relacionamento hetero, ela provavelmente não será.... (já imaginou ela se tornar como a amiga dela, e procurar consolo homo fora de um casamento hetero como é o teu sonho?)

infelicidade ou dificuldades podem estar em qualquer caminho que escolhemos seja hetero ou homo.... permita que ela escolha o caminho dela....

boa sorte...

Questão delicada.

É tão difícil para alguns pais deixarem os filhos irem, não? Não tenho filhos mas sempre fico me imaginando no lugar desses pais - talvez essa seja o motivo que sempre me inclino mais pelo lado dos pais do que dos filhos. Ou quase sempre.

Se eu tivesse filhos claro que não iria, se pudesse, escolher que um filho meu fosse homossexual. Não pela questão simples do homossexualismo, embora deva admitir que não ter todas essas coisas que já falaram aqui: casamento, a questão de filhos se resolverem ter não é simples, sabemos que não são todos os juízes que aceitam a guarda de uma criança a um casal do mesmo sexo... Mas seria principalmente pelo preconceito.

Qual pai, qual mãe quer saber que seu filho vai ser invariavelmente discriminado, ofendido ao longo da vida? Imagino que nenhum. Eu tenho amigos gays e sei que por causa desse preconceito, de estranhos e da própria família, alguns vivem em sub mundos. Muitos desses pesados, perigosos, cruéis.

Quem sabendo disso vai achar bom ter filho gay?

O preconceito é uma m@@@@. Mas quantos de nós podemos dizer que não temos nenhunzinho? Eu tenho alguns poucos. Nada de escolha de religião, cor, preferência racial, poder aquisitivo... mas tenho lá meus ranços com algumas situações na vida. Por exemplo, não me interesso por homens que não tenham o mesmo nível cultural que eu. Não me interesso pq não admiro. E se eu não admirar poderá ser um grande e querido amigo, mas é só e somente só isso. Sei que deixei ir pessoas muito, muito legais pq os tomei para amigos. Mas para ter ao meu lado como companheiros não quero.

E sei o quanto esse pensamento de estabelecer pré conceitos de algo ou alguém é forte. Não gostaria de ver um filho meu enfrentando isso lá fora. Embora possa parecer errado o que vou escrever, mas ser "normal" para sociedade é muito mais fácil e infinitamente menos doloroso (seja lá o que ditem como normal).

Se a sua filha tivesse uns 13, 14 anos eu diria, faça tudo isso que nos disse: afaste essa amiga, faça com que ela tenha outros interesses, mantenha-a mais perto de você, vigie mais de perto. Não que eu ache que iria modificar se esse fosse o seu caminho verdadeiro, mas pq acho que adolescentes necessitam de aceitação do seu grande grupo. Todos já fomos e sabemos o quanto topamos fazer para nos sentir enturmados, aceitos pela turma (o não ser "careta" é regra para maioria dos jovens)

Nessa idade eu manteria meu filho sob rédeas bem mais curtas. Mas com 19 anos? Acho que não dá mais, amiga. Se você e nós não estamos errados, ou ela só está a fim de experimentar para ver como é, ou ela é bi. Das duas maneiras você não tem como impedir.

Se você é uma pessoa que acredita em Deus (embora a ideia que nós duas fazemos Dele pareça ser um pouco diferente) reze para que Ele faça com que o caminho que a sua filha escolher,e sendo ele qual for, você possa ajudá-la a se proteger do mundo cruel com os "diferentes". Se ela realmente concluir que esse é o melhor para sua felicidade.