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Dou liberdade para minha filha ou continuo agindo como sempre agir?
Não quero filho homossexual, mas se um deles ou os dois forem vou amá-los da mesma maneira, não entrei nessa de ser pai só pela parte boa e se tivermos que morrer vou morrer abraçado a eles.
1000X
Solm e Ella,
Nem posso bater de frente com vocês duas porque tenho 100% de certeza de que, não fosse pelo meu irmão amado, pensaria como ambas.
A gente foi programado pra pensar assim, cartesianamente. Aí vem a "modernidade", como vocês dizem, e tentam enfiar Porto Alegre em Canoas com esse papo de genética, de útero e blablablá.
Acontece, bees, que a dor ensina a gemer. Que o cachorro aprende a nadar quando a água bate na bunda.
Vejam só a minha situação e a dos meus pais - e, quiçá, da Marian: temos uma pessoa gay, que amamos muito, na família. Não há dúvidas disso, ele jamais vai casar com uma mulher e ter seus dois filhinhos. Ele nunca vai entrar na igreja de braço dado com a minha mãe e nem passar o nosso sobrenome aos seus próprios rebentos (a não ser que adote, mas acho que não vai rolar e, mesmo assim, numa visão bem estreita, não seria a mesma coisa). O que que a gente pode fazer? Expulsar de casa, romper definitivamente, proibir que se fale seu nome, fazer de conta que ele nunca existiu?
Foi culpa dos meus pais? É culpa do meu irmão? Quem tem que levar a pecha de responsável por ele ser gay?
Meninas, NINGUÉM quer ser gay. NINGUÉM ESCOLHERIA TER UM FILHO GAY - e, Solm, a propósito, não entendi a caixa alta naquela parte do filho de sangue, já que algum incauto também pode adotar uma menina, por exemplo, e ela se revelar a maior sapa da história. Pensem bem: por que alguém haveria de escolher para si o pior caminho? O da rejeição, do preconceito, da dúvida, da esquisitice? Quanto a isso, parece que temos um consenso, tanto quanto é fato que homossexualismo não é doença: NÃO SE ESCOLHE SER GAY E PONTO FINAL.
Tu vieste aqui, Solm, bem humilde, pedir opiniões e já se antecipando (me parece) a um linchamento moral, como se alguém pudesse mal interpretar a situação da tua filha. Aos poucos, como as opiniões foram todas amenas em relação a ela e reconfortantes em relação a ti, tive a impressão que a tua revolta com o assunto foi brotando, foi emergindo, através de palavras "gritadas" em letras maiúsculas e afirmações definitivas de que NÃO É GENÉTICO, NÃO HÁ EVIDÊNCIAS, NÃO É NORMAL.
Vamos parar um pouco para pensar no seguinte: de que adianta brigar contra a própria imagem no espelho? Sim, porque todos nós, anônimos, somos uma metáfora de espelho com quem tu conversas sem se identificar, sem pré-julgamentos e sem receio de nada. Se, observa, todos nós optamos por um caminho do meio, sugerindo observação, calma, aproximação da Marian, ponderação e abertura de mente, por que se rebelar contra o óbvio?
Talvez seja o primeiro fruto de um choque terapêutico: o de fazer a pessoa realmente olhar para o seu problema, o de segurar sua cabeça de frente e firmemente para que não ignore os fatos nem feche os olhos. A briga, então, passa a ser contra quem te coloca nessa situação, não é isso?
Lembro de quando passava aquela minissérie da TV a cabo, "Sessão de Terapia", que eu amava: todas as vezes em que o terapeuta se aproximava do verdadeiro núcleo do problema de cada paciente, a pessoa hiper reagia, se transtornava, se revoltava CONTRA a pessoa do terapeuta! Olhem só que contrassenso!
O que me conforta é saber que a experiência mostra ser a revolta o primeiro passo para a transformação. Ninguém sai diferente de uma sessão de terapia, nem aqui no PF nem no consultório.
Seja esperta e aproveite as dicas. Nem todo mundo está certo, muito menos eu, mas acho difícil que estejamos todos errados.
Amei tudo o q você disse,Girlie!É a mais pura verdade.Assisti essa série, "Sessão de Terapia",e gostei muito.Faço terapia há quase 8 meses (comecei em fins de novembro de 2012) e estou aprendendo muito.Precisei mesmo aprender a entrar no cerne dos problemas pra conseguir lidar com eles,e presenciei casos de pacientes (q acabaram se tornando amigos queridos,pois sempre após cada sessão vamos beber um suco numa lanchonete perto) q conseguiram aprender a lidar com seus problemas.Um dos casos q eu vi era de um jovem de 19 anos,homossexual também,e sofrendo de TOC.Depois de conversarmos por horas,um conseguiu aprender com o outro.E uma outra amiga minha,q com 19 anos já era mãe de duas meninas e se sentia deprimida por não ter aproveitado seu fim de adolescência (lembro quando ela engravidou da primeira menina,aos 15 anos,pois estudamos juntas) e terminado os estudos.Acabamos aprendendo muito um com o outro...
Posso te dizer uma coisa:tenho amigos gays,e conviver com eles me ensinou a ser mais mente aberta.Não condeno a Solm,às vezes vejo mesmo q ela não parece ser preconceituosa,mas muitas vezes é reflexo da criação q a pessoa teve.Meu avô era pastor da Igreja Pentecostal Deus é Amor (a mais rígida de todas!) e criou os filhos meio q desse modo,mas ensinou a cada um q não se deve apontar um dedo pra cara das pessoas se não quiser 3 ou 4 apontados pra sua cara.E esse valor chegou aos 22 netos e agora está sendo passado pros 25 bisnetos.Meu avô já é falecido,partiu em janeiro de 2004,mas os valores dele jamais foram esquecidos...
Solm, certo ou errado? É errado viver a sua sexualidade e ser feliz??.
O que vc pode fazer? A ESCOLHA É DELA!! Ela que vai escolher com quem ela vai se envolver, vc só vai conseguir se afastar da sua filha a impedindo de viver as escolhas dela.
O que vc pode fazer? Respeitar. O ruim de ser homossexual é o preconceito que vai enfrentar na sociedade, e vai começar por vc em casa? Vc devia era ficar do lado dela.
Aff!!
Concordo!!
Mas qual é o pecado de não querer que minha filha seja?? Vou lutar
Você não tem que querer ou não, você precisa aceitar e respeitar a opção dela. E qual seria as suas armas nessa luta????
Cara SolM, por causa de mães que tem uma postura parecida com a sua, muuuitas pessoas deixam de ser felizes com a sua opção sexual, muitas pessoas ficam oprimidas... Pelo que eu entendi, nem sua filha sabe bem o que quer!!
Deixa ela ser feliz, tá eu sei que é fácil falar já que eu não tenho filhos, porém sei que vou ser uma mãe suuuper mente aberta...
E outra, é só amor, indiferente de quem vir, se for de homem ou de mulher, ela vai ser amada, liberte seu coração e aprende que indiferente do que escolher, ela só quer ser feliz, tem que partir de ti o apoio incondicional a ela!!!
Ella, eu concordo em tudo que vc disse. Abraços!