E aí, pessu,

voltei com o coração da mão pra pedir conselhos.

Seguinte: em um resumo apertadíssimo, eu sou aquela que queria matar-esfolar-pulverizar a piriguete do meu marido porque, apesar de eles nunca mais terem voltado a se procurar (o que sempre ocorreu virtualmente), ela não parava de ligar e insistia no assunto.

Fui convencida por a + b a não fazer nada, sob pena de ir direto pro manicômio judiciário.

Desde que conversamos, comecei a me tratar e me sinto bem melhor. Tanto que de lá pra cá jamais voltei a tocar neste assunto aqui com vocês e muito pouco mesmo em casa, embora os contatos não tenham sido eliminados e a procura continuasse.

Um breve parênteses: meu marido jamais retornou a qualquer telefonema ou mensagem.

Eu achei que essa tática fosse boa, porque quando um não quer dois não brigam. Aliás, vi muito aqui no PF histórias de meninas deprimidíssimas porque seus ex-cachos sequer se dignavam a atendê-las ou a responder seus SMS. No meu caso, porém, nada disso está funcionando. Essa pessoa continua telefonando esporadicamente, e o que me fez procurá-los agora foi ter visto que ela ligou uma vez durante as nossas férias, neste mês de março. [*****] do [*******], pensem comigo: ela sabia que estaríamos todos juntos na praia; mesmo assim, se arriscou (eu poderia ter atendido!) e ligou.

Enfim, lembrei de um conselho que alguém aqui me deu de que esse assunto deveria ser resolvido pelo meu marido e que, se isso continuasse, caberia a ele dar um ponto e basta - Si Cal feelings. Pensei bem e exigi que ele ligasse hoje e fosse bem duro com ela. Que a fizesse entender de uma vez por todas que o assunto estava morto, cremado e encerrado. Ele disse que faria, mas percebi seu desconforte; ele ainda acha que continuar ignorando é a melhor saída.

Não sou uma pessoa insegura e indecisa, costumo bater o materlo em qualquer questão sem o menor drama de consciência, mas dessa vez estou muito em dúvida: será que fiz certo? Será que não era mesmo melhor seguir a trilha da indiferença?

Por favor, me ajudem. Não quero fazer merda.