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Feminismo pra quê?
Só para descontrair:
Não sendo feminista (kkkk nem um pouco...)
Falando em comentários , que são um livro, recomendo ler; HOMEM BOM É HOMEM MORTO de Gaby Hauptman , mto bom!
Anne, por isso eu acho que é covardia. Afinal, não lutamos.
Há exemplos sim de pessoasque conseguiram mesmo com raças ou etnias \'submissas\'. Você acha que foi fácil para o Obama ser o PRESIDENTE dos EUA? Ou que foi fácil para a Dilma? Ou para a Joanna D\'arc? Nos acovardamos sim, não lutamos para fazer destes casos isolados algo comum, e não excessões.
Abusada, claro que exemplos existem e são um excelente sinal de que as coisas estão ou podem vir mudar. Mas por outro lado, ser negro ou mulher são coisas bem relativas.
Será que se o Obama usasse um discurso muito inflamado sobre negros ou se mostrasse claramente em defesa da causa negra, ele teria sido eleito? Não. Porque para chegar ao poder ele teve que se branquear de algum modo. Ele não é e nem se identifica com o discurso do \"típico\" negro americano.
Da mesma forma, não vi a Dilma defender nenhuma plataforma feminista ou vir com qualquer discurso inflamado sobre a mulher.Ela não fez isso e nem pode fazê-lo pois seria interpretada como radical. Diversos estereótipos surgiriam.
Maria C., eu também acho impossível que uma configuração como a do povo Mosuo seja \"implementada\" na nossa sociedade ocidental moderna, claro. Mas apenas usei-o como exemplo do quanto nossa visão é distorcida quando falamos em \"empodeiramento feminino\". Partimos do princípio de que, uma vez no \"poder\", as mulheres seriam exatamente como os homens e, portanto, a dinâmica de nossa sociedade, os valores e conceitos seriam os mesmos. É aqui que a onça bebe água. Por que diabos seria o mesmo?
Mais uma vez eu digo isso aqui: as mulheres precisam urgentemente encontrar uma IDENTIDADE FEMININA e abandonar de vez a VERSÃO masculina do feminino que o patriarcado impõe há séculos. Querer o poder pelo poder e perpetuar valores e conceitos impetrados pela visão masculina de mundo não é feminismo. É machismo de saias. Reclamar das revistas masculinas ou das casas de strip-tease e como resposta abrir um \"clube das mulheres\" para tratar os homens também como objetos não é feminismo, é machismo as avessas.
Onde estão os valores femininos? Qual é a visão feminina do mundo? O que nós efetivamente mudaríamos nessa configuração social caso todos, homens e mulheres, abrissem espaço para o feminino? Essas são as perguntas que precisam de resposta o quanto antes. Não se trata de ter uma \"sociedade matriarcal\", mas de perceber que há outras possibilidades além dessa que mantemos atualmente. Há outros valores que estão sendo negligenciados ou mesmo ignorados em detrimento de uma visão única. Visão essa que é equivocadamente considerada a \"ordem natural\" das coisas, imutável e irretocável.
Observar aquele pequeno vilarejo de 30 mil pessoas no sudoeste da China nos leva a perguntas muito instigantes. Por que não há violência entre eles? Por que não há traições? Por que os homens não se sentem inferiorizados apesar do \"domínio\" feminino? Por que aquela formatação de família funciona enquanto a nossa parace estar desmoronando? Quais são os valores que regem aquela sociedade e onde esses valores se encontram na nossa sociedade? É uma observação que faz pensar, que nos faz reavaliar essa nossa luta feminista. Me parece que o buraco é muito mais embaixo do que se acredita.
Belle, não concordo com esta divisão.
Não existe branquear nem enegrecer nisto. Pois se continuarmos com estas ideias ultrapassadas, nunca evpluiremos. O que o Obama fez foi o correto, ele tratou a nação como um todo, e não pondo alguma etnia como a mais \'fraca\' do que outras.
Se ficarmos dizendo que somos os mais fracos e opromidos, nunca irão nos tratar de igual para igual!
Não sei se acontece aí, mas por essas e outras que eu apoio a atitude da UFRJ .
Annebonny,
E pintam o feminismo como machismo as avessas justamente por só conhecerem esse formato de interrelações: dominante e dominado, chefes e subordinados. Ou seja, se os homens não estiverem mais no comando, obviamente as mulheres estarão e os submeterão ao mesmo julgo a que foram submetidas por eles. Essa é a \"lógica\" que se segue. Uma lógica fincada nos valores masculinos, que precisa da hierarquia racional para entender o mundo. Mas será mesmo que essa é a única maneira? Será mesmo que é imperativo que haja comandantes e comandados?
Thamires, essa história de que não é \"tão dominante\" é conversa pra boi dormir. Olha quanto tempo faz que, por exemplo, a escravidão foi abolida e ainda temos escassez de negros nas universidades, em cargos altos no mercado de trabalho, etc. Se não fosse \"tão dominante\" teríamos igualdade. A lei que proíbe tal ato para negros ou mulheres, ou sei lá, é extinta, porém ela muda sua forma e se transforma numa coisa bem mais \"inofensiva\".
Exemplo: Antigamente não podiam fazer sexo antes do casamento. Repressão sexual das brabas. Hoje em dia estamos livres para fazer isso. MAS, como dão um jeito de reprimir a sexualidade ainda? Uma das formas é o padrão estético da sociedade: mulheres bonitas fazem um bom sexo. Isso não é coisa da minha cabeça, pois me diga você quantas reportagens você já viu sobre não se sentir segura para fazer sexo quando não se está em forma? Diversas né. Agora, me diga qual a porcentagem de mulheres que se encontram no padrão de beleza. MUITO poucas comparado ao total de mulheres. Logo: poucas mulheres se sentem confiantes para fazer sexo. Dizem para sermos confiantes mesmo com quilinhos a mais. É fácil dizer isso quando se está numa situação privilegiada e que não sofre com bombardeios de produtos e revistas que colocam a mulher magra e bonita como \"superior\" as outras. Entendem? Ao mesmo tempo que dizem para sermos confiantes mesmo que estejamos fora do padrão, \"gorda\" é um xingamento corriqueiro.