Eu gostava de uma menina no colégio, mas nunca falei pra ela. Achava que ela nem sabia que eu existia. Ocorreu uma ou duas oportunidades em que tive a chance de falar, mas não o fiz, achava que ela iria rir da minha cara, ela era muito bonita e etc. etc.

Continuei vendo-a nos primeiros semestres da faculdade, mas de longe, pois ela fazia outro curso. Lá pelo 4º semestre nunca mais a vi. Muito tempo depois da formatura (vários anos), num reencontro da turma do colégio, me contaram que ela era apaixonada por mim no tempo do colégio e assim foi por muito tempo (contava para as suas amigas, mas para mim nunca falou). Mas já estava casada e tinha um filho naquelas alturas da vida.

Ainda hoje me pego pensando, às vezes, no que teria ocorrido se naquelas oportunidades que tive, ainda no colégio, ou mesmo depois, no início da faculdade, eu tivesse falado para ela o que sentia.

Nessas horas sempre me lembro de um pensamento do Millor Fernandes: "viver é desenhar sem borracha". Quem dera pudéssemos fazer uma espécia de rascunho antes, passando a viver apenas quando aptos a passar a vida a limpo.

Lembranças, faz parte...devia ter seguido o meu coração rsrsrsrsrs

S2!