Falou tudo, Caronte.

Obrigada, Australopithecus.

Sim, bem-vinda, Haydée

Como já foi dito antes, é direito do Henry, assim como é direito seu, acreditar nesses valores mais tradicionais, aplicá-los em sua vida e mesmo defendê-los dentro de sua família. Isso é inquestionável.

Porém, não se pode exigir que outras pessoas concordem passivamente com a visão simplista de que o comportamento relacional/sexual de uma pessoa é determinante de seu caráter como um todo. E esse foi o principal equívoco do Henry. Não apenas ele foi absurdamente agressivo na exposição de suas ideias, como também foi arbitrário e impositivo ao afirmar que apenas e tão somente as convicções dele são as corretas. São corretas para ele, talvez sejam também corretas para outras pessoas, mas certamente não são corretas para TODAS as pessoas.

E vou questionar algo aqui: qual é a comprovação estatística de que pessoas que se divertem despreocupadamente enquanto solteiras e descompromissadas invariavelmente mantém o mesmo comportamento quando num compromisso?

Eu concordo, Haydée, que ninguém muda por outra pessoa. Mas muda por si mesmo(a), por uma necessidade pessoal. Partindo disso, e considerando que atualmente ninguém é \"obrigado\" a se envolver em relacionamentos sérios, por que alguém assumiria um compromisso e continuaria a manter uma vida de solteiro?

O que eu vejo aos montes são justamente exemplos do contrário. Inclusive tenho um na famílial. Meu irmão passou o rodo na vizinhança enquanto era solteiro, mas quando conheceu minha cunhada acreditou ser o momento de mudar de fase e foi o que fez. Casou-se, teve filho, e semana passada completou 25 anos de casamento sem sequer uma sombra de infidelidade entre eles. o cara que era um baladeiro sem parada quando solteiro, hoje não vai nem à padaria sem avisar a esposa. Caseiro, dedicado à família, ao trabalho e que gosta de fazer churrasco com os sogros no final de semana.

Também tenho primas que namoraram até cansar enquanto solteiras. Aproveitaram tudo que a solteirice podia oferecer. Mas um dia encontraram a pessoa que as fez pensar se não era o momento de mudar de fase. E foi o que fizeram. Mudaram de fase porque aquele momento já não tinha mais nada para oferecer a elas e hoje têm suas famílias lindas, são dedicadas a essas famílias, a seus maridos e mesmo que enfrentem crises no casamento (como todo casal) nunca tiveram interesse ou necessidade de procurar \"outros\".

Por outro lado, aqui mesmo no PF não faltam relatos das \"moças honradas\" que se casaram com o primeiro namorado e agora pulam a cerca pela curiosidade de saber como é ter outros homens, por acreditarem que não viveram tudo que deveriam ter vivido e assim por diante.

Portanto, me parece que essa história de que as pessoas não mudam é uma falácia. Mudam, sim. E ainda bem que mudam. Caso contrário, estaríamos ainda vivendo nas cavernas e comendo carne crua.

Caraca Carla...

Eu já disse que sou sua fã??? :)

Simplesmente perfeito o seu texo, meus parabéns!!!

Disse absolutamente todo...

Obrigada pela bem-vinda, Carla.

É tudo uma questão de princípios e valores.

Como eu disse no meu post anterior:

\"É claro que sempre haverá as exceções... porem, sinceramente; para quê correr este risco?\"

\"alguém tradicional procurará uma outra pessoa tradicional, e, um cara galinha procurará, e não se importará, uma mulher rodada.\"

Eu coloquei em prática e vivencio o que penso, sendo que já encontrei há tempo o meu parceiro tradicional. O mesmo digo de um irmão meu; que também achou uma guria fantástica, sendo que ela também pesa e vive os mesmos valores familiares que nós acreditamos. E não temos do quê nos queixar.

Não gostaria de polemizar, e já polemizando, mas para mim, [***] que nasce torto continuará torto, sendo que não podemos nos guiar por algumas exceções aqui no PF. A propósito, o que também vejo aqui no PF, são várias pessoas solteiras e/ou separadas/divorciadas. Se é por opção, ou resultado de algo que não deu certo na vida delas, não tenho nada contra e respeito a escolha de cada um. Porém como lhe disse antes; não podemos nos guiar pelas exceções aqui do PF.

Você vai continuar acreditando naquilo que acha a sua melhor escolha e eu também continuarei acreditando na minha melhor escolha. Quando estivermos todos aposentados, já com idade avançada, a gente poderá pesar se a nossa escolha foi a melhor ou se erramos tentando acertar... e saberemos nos conformar com a vida que levamos até esse dia ou nos arrependeremos pelas escolhas que fizemos. E nesta avaliação própria, de nada servirão outros exemplos ou comprovações estatísticas.