O Racismo nas propagandas!

116 respostas [Último]
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Nelsoneco
No PF desde: 01/09/2009

Oi Gulherme,


Não defendo e o estilo dos EUA, apenas a auto-afirmação permitiu um afro-descendende? na presidencia e pessoas de sucesso como a Oprah.


O que falta no Brasil são personagens de sucesso que não sejam jogadores de futebol, atores de tv, ou musicos de pagode.


A criança precisa de modelos, e se o padrão de sucesso é a loira magra, fica dificil a identificação.


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Nandablue
No PF desde: 17/04/2010

O Zaffari é de Porto Alegre.


Gulherme, será que a equipe de marketing do Zaffari leu seu manifesto aqui no PF? Poderoso vc mesmo, hein?!rsrs


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

É Nelso, não podemos mudar a história de uma vez e apagar centenas de anos de exploração da raça negra....nunca tiveram a chance de se reconstruir como \"nação\" a exemplo do Japão, Alemanha e outros.


Sempre foi negado uma condição melhor para que pudessem se sair melhor na sociedade. E de tempos em tempos, surge um cientista maluco e imbecil que prega que os brancos são mais inteligentes que os negros....realmente nada ajuda!


Como eles se sobressaem então? atráves do esporte, pois é comprovado que fisicamente, as fibras musculares da raça negra é mais apta a maioria das modalidades praticadas....sem falar que esportes mais simples e baratos são mais acessíveis aos pardos e negros do que se fossem tentar uma carreira em automobilismo por exemplo ($$$$...funil estreito).


mas é isso que acho estranho, se não dá para dar condições iguais de oportunidade, por que então fingir que esse imenso público não existe...existem nichos por ali, negros valorizados são ótimos consumidores também...


Talvez seja minha aversão para a hipocrisia, mas enfim...não acredito na verdadeira utopia branca-sorridente que a publicidade insiste. Brancos e negros, é algo real...tangível!


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

nanda: obrigado por me acariciar o ego...


Te darei a beleza eterna (rs)


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Dame Lauriere
No PF desde: 29/08/2010

Tem que entender uma coisa: o Pós-Capitalismo (agora já é Pós, anos luz à frente do simplório e dócil Capitalismo) está pouco se f* pra sociedade igualitária. O que importa são os lucros. É VENDER. Ele (o Capitalismo Pós) não tem interesse nenhum em se esforçar pra mudar séculos de subjugação social. O lucro tem que ser imediato. E na sociedade de hoje (como sempre foi) quem pode comprar mais e pagar mais é o branco. O negro, por socialmente preterido, tem menos e paga menos (em geral), apesar de ser maioria em certos lugares como o Brasil. Quer dizer, rende menos pro deus Pós-Capitalismo que deixa Buda no chinelo.


Quem quer mudar esse panorama não são os publicitários. São, sei lá, talvez os sociólogos, os religiosos, benevolentes, carismáticos, amorosos que habitam as árduas terras pós-capitalistas sem muitas perspectivas de angariar partidários pra formar grandes exércitos de \"mudança.\"


Se os negros tivessem $ (poder de compra) até a Gisele Bündchen seria negra.


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Dame Lauriere
No PF desde: 29/08/2010

*apesar de ser maioria em certos lugares como o Brasil. = Negros, mulatos e pardos.


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Nelsoneco
No PF desde: 01/09/2009

Dame,


Os negros e pardo são maioria no Brasil, mas eles não se identificam, nem procuram reproduzir este padrao.

A negra compra uma Barbie para a sua filha.

O que falta é a consciencia de comprar e valorizar aquelas marcas identificadas com o negro.

Os negros procuram \"embranquecer\" para demonstrar sucesso.


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

Dame, a raça puramente branca está acabando, as raças estão se misturando o que ocasiona o aumento do número de pardos e negros no país.


Se em uma propaganda alva-sorridente eles começarem a usar 10% do elenco com pessoas negras, nada perderão em relação ao atual mercado e ganharão mais simpatia de um novo filão...


O Deus Dinheiro manda, mas negros e pardos também consomem, seria míopia continuar ignorando o fato que eles também são ótimos consumidores sem precisar perder o que ja franqueram para si.


Não há nada de benevolente nisso, mas sim seria a vitória da sensatez, do planejamento futuro e da justiça!


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Jalia
No PF desde: 18/08/2009

Considerando a descrição do comercial do Zaffari... no meu ponto de vista não se trata de RACISMO, mas oportunismo!! Ora, estamos em uma sociedade CAPITALISTA e sabemos que a maioria da classe média alta é de \"brancos\" e não de \"negros\". Logo a intenção do empresário é sempre atingir o \"alvo\" consumidor!! É uma lógica simples. Por exemplo se as lojas Gang, direcionada ao publico jovem colocar em seus comerciais um monte de vovozinhas fazendo tricô, será que vai atingir o publico alvo? Resposta: Não!! Não precisa ser ter \"canudo\" de Publicidade e Propaganda p/ se ter uma mínima noção marketing.


Só pra concluir: Eu já vi propagandas doZaffari com pessoas negras atuando (na TV e em encartes publicitários). Não é a maioria, mas tem!! (... o motivo eu já informei anteriormente).


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Dame Lauriere
No PF desde: 29/08/2010

Exatamente Nelsoneco, por que compram Barbies pras filhas negras/mulatas/pardas? Porque esse é o padrão que a sociedade atual, dependente total do Pós-Capitalismo, impôs. (Acho que se pode dizer: IMPÔS). O padrão de beleza. Essa beleza deve ser comprada, consumida, assimilada. Porque este é o padrão internacional, e hoje em dia é tudo globalizado, o dinheiro voa daqui pra lá em um instante. Não se pode pensar só em Brasil. Nos EUA a autonomia publicitária é maior, lá existem como tu falaste nichos de negros, coisas só pra negros, e assim eles acabam sendo mais admirados na sociedade, assumindo-se como diferentes, negros, e \"não invadindo o lugar dos brancos.\" Em vez de gastar forças tentando mudar séculos de subjugação, de ódio, os norte-americanos procuraram separar territórios. Negros são isso e isso, bons nisso e naquilo, e brancos em outras coisas. Há atores hollywoodianos super bem pagos e admirados negros, há Morgan Freeman que é orgulhosamente negro, e também há Angelina Jolie (que adotou uma criança negra, por sinal). Há uma das mulheres mais poderosas do mundo que é negra, Oprah Winfrey, cujas opiniões são mundialmente levadas em conta.


Aqui no Brasil tenta-se negar o ser negro/mulato/pardo, ou misturar-se. Não sei se deve-se misturar, segregar valorizando a diferença como nos EUA (e dando uma trégua ao ódio milenar).


Só sei que o padrão de beleza, por fim, voltando ao assunto, das Barbies e propagandas de margarina, é o padrão mundial de beleza (mundo global) e também o padrão daqueles cujo poder de compra é maior, e no Pós-Capitalismo poder comprar (ter dinheiro) é vital.