O Racismo nas propagandas!

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Dame Lauriere
No PF desde: 29/08/2010

Eu gosto do Stuart Hall. Um sociólogo negro norte-americano (se não me engano). Ele fala que, ao mesmo tempo em que a globalização impera, acentuam-se as diferenças regionais e de todos os tipos na geografia mundial (o que é paradoxal, mas isso é Pós-Modernidade, é costurar retalhos que não tem NADA a ver uns com os outros pra fazer uma colcha bem louca).


Assim, a gente pode se unir pelo Brasil e se \"retalhar\" por outras coisas, sem confronto.


Ah, mas sem confronto? Isso parece mais propenso a \"Imagine\", do John Lennon, a música mais surrealista (e linda) do século. É bom imaginar...


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

Concordo, é bonito.

As coisas passam a mudar sim, quando a mente das pessoas aceitar que cor da pele não é principio de diferença, ao menos na questão da conquista dos direitos. Vc sabe do que estamos aqui falando, pois a condição feminina não é muito diferente disso. E já discutimos isso, a questão da igualdade dentro da diferença.

Somos iguais, mas ao mesmo tempo somos diferentes do homem, pois há cristalizações sócio historico culturais que assim nos fizeram.

No caso da \"negritude\", já acho este principio um pouco complicado de ser aplicado, pois não há nenhuma diferença anatomica que nos separa...E além do mais, a miscigenção nos tornou todos pardos.

Então, se o cara quiser fazer batuque e falar que aquilo é atributo de seus ancestrais negros, ok. Se quiser dançar jongo, samba-lenço em homenagem a Mãe-Africa, ok... Desde que na boate ele não seja barrado e que os comandos de policia não sejam mais cotidianos em sua vida quando ele anda de carro. Desde que na entrevista de emprego ele seja visto em todo seu potencial.

É disso que estou falando: falar em valorizar aspectos de uma cultura ancestral é uma coisa, ser isolado da sociedade como cidadão é outra.


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Dame Lauriere
No PF desde: 29/08/2010

No mais... se nem Renato Russo, Cazuza, Raul Seixas, Caetano e Gilberto Gil conseguiram entender...


...quem sou eu.


Quinhentos anos de arquipélago Brasil, várias ilhas no mesmo mar verde e amarelo.


Acho que meu maior pecado é achar que as pessoas estão interessadas, em geral, na benevolência ou na paz.


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

Dame,


Em casa? entra no msn.


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Dame Lauriere
No PF desde: 29/08/2010

Quote:
É disso que estou falando: falar em valorizar aspectos de uma cultura ancestral é uma coisa, ser isolado da sociedade como cidadão é outra.


Mas a valorização começa de DENTRO PRA FORA. Um ponto. Outro: valorizar as raízes é um passo em direção a se valorizar, se amar e se avultar social e pessoalmente.


É óbvio que as coisas não vão mudar do dia pra noite. Nem que um rompante de autoestima e divulgação cultural afro vão mudar de repente séculos de \"escravidão\" em todos os sentidos: físico, antes, agora cultural (cultura branca) e social.


Mas, gente, NÃO HÁ OUTRA FORMA DE UMA GRANDE MUDANÇA COMEÇAR a não ser pequena. Pode ser em vários lugares e vários grupos, mas pequenos. Falam muito em \"consciência negra.\" Vamos investigar esse termo. Vamos ver o que ele denota. O que é ser conscientemente negro (ou descendente)?


O ruim disso tudo é que a sociedade é a sociedade, e ela não é uma mãe. Ela é uma madrasta má que quer filhos obedientes que sejam aprovados e vigiados conforme alunos e não pessoas.


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Dame Lauriere
No PF desde: 29/08/2010

*conforme alunos, filhos obedientes e não pessoas (com necessidades emocionais e sentimentais).