União Poliafetiva

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kvet
No PF desde: 05/06/2010

'Pode beijar as noivas' - união poliafetiva: justiça e comportamento


Foi lavrada em escritura, em agosto, uma união estável entre um homem e duas mulheres. O caso aconteceu na cidade de Tupã, interior de São Paulo, e teve repercussão nacional porque é a primeira vez - ao menos com registro e contrato - que uma união dessas é oficializada.


O advogado Ronaldo Gotlib, autor do livro "Vai Casar? Separar? E se falecer?", explica o teor da união: "Uma vez todos dispondo do mesmo interesse, e concordando com o ajuste entre si, foi firmado um contrato que, uma vez lavrado em cartório, dá noticias a terceiros de sua existência.". "Não é um casamento, mas um ajuste entre três pessoas, provavelmente sobre o patrimônio existente e a ser construído.", ele completa.


Estar num relacionamento é - quase sempre - complicado, e nesse caso a tendência é ainda maior, então "o importante numa relação como essa é estabelecer limites", diz o psicólogo Eduardo Coutinho Lopes. "Não é possível prever os conflitos emocionais que essas três pessoas podem passar porque cada um é cada um, mas o ciúme, achar que está sendo preterida, por exemplo, apesar da poligamia, pode ser uma vertente", conclui.


O caso de Tupã, chamada união poliafetiva, chama atenção por fugir do que a sociedade brasileira considera "normal". "O Brasil é um país cuja maioria da população é religiosa. Ao observar esse aspecto, não creio que relacionamentos "diferentes" serão bem aceitos.", sinaliza Eduardo Coutinho.


Com ou sem aceitação, uma vez lavrada e oficializada, a união permite que os três tenham direitos na relação - como em qualquer contrato. Dr. Gotlib diz: "Não podemos falar em divórcio, pois não existe casamento, e nossa lei, bem como decisões dos tribunais, não acatam a possibilidade da união de mais de duas pessoas". E completa que há direitos a serem preservados: "Tudo o que as partes quiserem dispor, e que a lei permita que assim o façam. Por exemplo, a forma de divisão do patrimônio que for adquirido em conjunto".


A tabeliã do 15º Ofício de Notas do Rio de Janeiro, Fernanda Leitão, explica o que consta no acordo numa situação dessas: "Eu não tive a oportunidade de ler a escritura de união poliafetiva, mas, basicamente, o que posso dizer é que a escritura estabeleceu regras patrimoniais e de conduta, funcionando como uma sociedade de fato, rogando, inclusive, pelo seu reconhecimento como uma entidade familiar", diz.


A união poliafetiva ainda não foi discutida no Judiciário e as condições lavradas em Tupã são as únicas que se observam por enquanto. "No âmbito do direito privado, o que não é vedado, é permitido. Então, vale dizer, não existe nenhuma lei que proíba este novo tipo de união", diz Fernanda. Dr. Gotlib complementa o raciocínio do que pode e o que não pode na lei: "Qualquer contrato que não colida com preceitos legais tem validade. O que contrariar dispositivos legais é considerado nulo", diz.


O caso de Tupã pode ser, quem sabe, um primeiro passo. "Para a maioria das pessoas, tudo o que é diferente ou novo choca no início ou causa estranheza", diz Eduardo. "Um grande exemplo disso foi o advento dos biquínis, que eram enormes quando foram criados e ao longo do tempo diminuíram de tamanho", completa.


Então, amigos, há chance de o casamento poliafetivo ser aceito como foi o biquíni? Porque pela imagem que o brasileiro teima em mostrar, sabemos que esse é um dos nossos maiores símbolos. "Casamento a três", e se a moda pega?


http://br.mulher.yahoo.com/pode-beijar-noivas-uni-o-poliafetiva-justi-e-182200868.html


Qual sua opinião? Será que o Brasil está preparado para isso? Compararam a união polifetiva com o uso do biquini, será que é só uma questão de costume, de "pegar" a moda? Ou valores de família, de casamento como conhecemos hoje terão que ser profundamente reformulados?


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Jean
No PF desde: 11/11/2010

e a sua opinião, kvet... cadê?


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

sou leiga no assunto, então posso estar falando muita bobagem , mas aqui é um fórum não uma banca de mestrado... rsrsrs é só uma opinião...


antes de começar a pensar como será no futuro, primeiro vou retroceder ao passado... qual era o objetivo das pessoas no casamento?

os objetivos eram muito diferentes de hoje, as pessoas se casavam com fins econômicos, políticos, culturais e religiosos. Em muitos casos , a família constituía um grupo movido pela necessidade de enfrentar dificuldades, especialmente econômicas. para que a família realizasse seu intento, por muitas vezes, a realização pessoal era deixada de lado pois o objetivo era supremacia do grupo.

pois bem, desde sempre os homens tiveram suas teudas e manteudas (a maioria das mulheres nem imaginavam que poderiam sentir prazer no sexo , afinal não casavam por amor, e sim com quem os pais escolhiam), e a segunda família e seus rebentos, enfraqueciam a família principal... então para protegerem o patrimônio da família instituíram o casamento...

pode-se pensar que no momento atual as mulheres, casadas e adeptas ao relacionamento aberto, estariam retrocedendo às conquistas há muito tempo conquistadas...

mas aí me deparo com a questão: qual o objetivo do casamento contemporâneo?

Sentimento!... não nos unimos (a maioria pelo menos) com interesses econômicos... escolhemos alguém a quem amar...e se a mulher gostar de um homem e uma mulher? e se homem gostar de duas mulheres? Ou a mulher de dois homens? Ou se forem homossexuais?

o sistema patriarcal onde o homem era o soberano está acabando (até economicamente as relações mudaram)...

“A posição de inferioridade não era apenas da mulher, mas também dos filhos, que deviam respeito e obediência ao pai. Era a reprodução do modelo em que o marido era o provedor, e a esposa, a dona de casa, modelo de cunho essencialmente econômico “

no sistema ‘globalizado’ (ainda não se sabe como definir o novo sistema, só que não há padrão) as mulheres não precisam mais de um provedor... elas podem ir em busca de seu sustento...

muitas mulheres na ânsia de terem um homem , nesta necessidade estúpida que é capaz de segurar um macho ou com a ideia errada do que é amor (subjugando-se em tudo para agradar) concordarão com estes casamentos... mas... isso já existe no modelo atual... legitimado ou não...

também haverão muitos casamentos onde as partes psicoligamente bem estruturadas poderão formar uma família, onde o que buscam é o sentimento... o prazer de estar com quem se ama... o crescimento pessoal e o respeito da dignidade de seus membros...

*

e se não durar? se acabar em menos de 10 anos ou 5 anos?

e quem disse que o tempo é que estipula o que deu certo ou não? ou o que foi bom? os meus interesses hoje não são os mesmos de 10 anos atrás... e não serão os mesmos daqui a 10 anos...


para mim atualmente não me serve um poli-relacionamento ... mas acho válido para aqueles que gostam de variar a marmita, ou gostam de mais de uma pessoa... eu não amo duas pessoas ao mesmo tempo... mas como vou saber o que se passa na cabeça e no coração de outra pessoa?

o que sou contra é a traição, a mentira , a alienação da parceira (o) enquanto o ser amado se esbanja na rua porque não consegue segurar seus ímpetos sexuais... a famosa coceirinha...


simplificando: procure alguém com objetivos semelhantes... que goste ou aceite variar a marmita...


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Roberta Penélope
No PF desde: 15/09/2009

Eu sou a favor da liberdade de escolha.

Se as pessoas envolvidas estão felizes devem sim viver juntas.

Não vejo problema algum nisso.

Eu não gostaria para mim, mas, jamais vou julgar alguém por ser feliz deferente de mim, das minhas opções.

Conheço um caso onde a esposa descobriu uma traição e para não perder o marido que tanto amava decidiu aceitar a amante morando com eles.

Estão juntos até hoje e aparentemente felizes.

Muita gente fala mal, vira a cara para eles, mas, eles estão bem, é isso que importa.

Pode virar bagunça? Pode sim, mas, quem deve enfrentar isso é quem quer passar por essa situação.

O que importa é ser feliz, conheço tantos casais que vivem um inferno dentro de casa, que se traem, mas, continuam casados para que os outros possam ver.

Por isso sou a favor respeitarmos a felicidade de casa um.


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Nary
No PF desde: 20/08/2008

Concordo com a Roberta


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fiorella
No PF desde: 28/03/2011

Não sou adepta a esse tipo de união, mas se todos estiverem de acordo e felizes, que assim seja!


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kvet
No PF desde: 05/06/2010

Ok, meninas.. concordo com todas. Mas e aí? Isso seria um casamento mesmo? Com direito a filhos?


Quando coloquei este tópico pensei principalmente no depois, nos próximos anos.. Pq se vcs forem lá no site da notícia a foto são de três jovens.. Mas e o passar dos anos, e se nascerem filhos? Como será esse novo modelo de família?


Eu concordo com a Ana, o problema é quando o ser amado faz e acontece na rua na santa ignorância do outro. Até aí entendo relações abertas e até concordo com quem faz, se essa for a sua praia.

O problema que vejo nisso uma relação FECHADA a três. Até que ponto isso influenciaria quem viesse a participar deste triângulo, no caso filhos, se acontecerem?


Não sei, mas em tese sou contra este tipo de relação, não só se eu estiver envolvida, mas como um arranjo para o futuro.

Mas eu sou careta quando o assunto é relacionamento e casamento, já falei aqui várias vezes. Minha opinião sempre virá com algum traço de reprovação com este tipo de relacionamento por estar muito além da minha capacidade de achar isso normal. Por isso abri o tópico, queria ouvir outras opiniões.


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Kathya34
No PF desde: 06/06/2010

Pra mim tratar um relacionamento, que envolve emoções, pessoas, quem sabe até filhos, futuramente, como um contrato e nada mais é absurdo.


Para o homem tá tudo beleza, ele tem duas mulheres! E as mulheres, será que relacionam-se entre elas para também terem dois parceiros?


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kvet
No PF desde: 05/06/2010

Quote:
Para o homem tá tudo beleza, ele tem duas mulheres! E as mulheres, será que relacionam-se entre elas para também terem dois parceiros?


Concordo, Kathya.. e aí?


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Svetlana
No PF desde: 12/02/2011

Sou totalmente contra.


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

estou refletindo se para uma criança crescer mais feliz , o ambiente necessariamente deve ser mais tradicional (como fomos criadas) ou pais mais felizes criam filhos mais emocionalmente saudáveis?

por exemplo crianças de pais separados terão mais problemas porque não possuem uma família tradicional?

por outro lado e crianças que crescem assistindo brigas dos pais... seja por traição ou frustrações por estarem em relacionamentos fracassados?