Histeria existe em qualquer movimento. Eu diria que afirmar que as feministas e os gays querem "destruir" o modelo de família tradicional é um tipo de histeria da parte dos cristãos ou de alguns conservadores.

O fato de haver radicalismos ou histerias no feminismo não desmerece as reivindicações feitas pelo mesmo. No fim, seja qual for o assunto, sempre haverá alguém para dizer que há vitimismo, o que, na verdade, poucas vezes acontece de fato.

Concordo novamente com o Rush. O problema que vivemos é a vitimização geral. Todo mundo quer ser mais vítima, pra ter mais vantagens que outros.

Uma das melhores definições que já ouvi é que por conta de "corrigir" erros históricos, as chamadas minorias são EGOISTAS e decidiram simplesmente querer aproveitar o melhor de cada lado e dane-se o mundo, que eu não me chamo Raimundo. Aí acontecem as distorções como: pessoas arianas que se acham no direito de reinvidicar terras que "supostamente" seriam terras quilombolas e que, "coincidentemente", sempre são terras produtivas e em localização privilegiada; casais de lésbicas onde as DUAS solicitam licença maternidade de seis meses, enquanto para casais hetero o pai tem direito a míseros poucos dias, ainda que tenha um casamento/relacionamento estável com a mãe da crinaça e por aí vai.

Hoje em dia os movimentos NÃO representam nem mesmo a maioria daqueles indivíduos que eles tentam representar! No post anterior já falei sobre isso.

Na verdade o que vemos são apenas minorias (mesmo) barulhentas que acabam se sobressaindo porque na nossa sociedade aprendemos a ficar calados para tudo.

Eu penso Ana, que vivendo num estado democrático de direito, as maiorias conduzem as decisões. Mas, respondendo:

1) Muito do movimento feminista se perdeu pela luta do direito de "dar". Se analisarmos hoje, estamos taco a taco na promiscuidade, inconsequência e leviandade dos atos. E? Os homens e as mulheres melhoraram?

2) Na África existiu trabalho escravo, classes desfavorecidas, massacres étnicos... Assim como em outras culturas, também! Ao privilegiarmos cotas em universidade, partimos da premissa de que todo branco nasce rico ou privilegiado socialmente neste país, o que convenhamos é um absurdo.

3) O movimento gay é algo novo, que por muito tempo teve o estereotipo de promiscuidade. Estão buscando o seu espaço, e me parece com maior maturidade e organização. Mas terão de entender que existirão muitos que não concordarão, e possuirão legitimidade para firmar esta posição.

Para que uma discussão/divergência possa ter uma eficácia, e em qualquer seguimento, é preciso muita negociação. Mas para isso é preciso que não nos fechemos em nosso campo ideológico.

As diferenças de gênero, pelas diferenças gerais entre homens e mulheres, deveriam somar para uma evolução de todos. Ao tentarem se igualar, a fragmentação será tão grande que talvez não tenhamos mais condições de reconstruir algo que possa deixar um legado positivo aos que virão.

Não sei no passado era melhor ou pior... Não voltará mais! O que sei é vivemos rodeados de pessoas, conectados com o mundo e cada vez mais solitários, individualistas e egoístas.

No que diz respeito ao feminismo, claro que o midiático, mostra claramente não só a intensão de equidade de atitudes com os homens, como traz mascarada uma grande mágoa, vingança e ridicularização do cromossoma "Y".

"Rush, poderia dar um exemplo de que as diferenças de gênero poderiam ser positivas?"

Sim, poderia descrever várias... Mas só expressarei da seguinte forma: "Mãe e Pai". No seu mais amplo conceito.