Ah sim Ana, vamos escrever algo.

Sobre a convivência dos gênios com o resto da humanidade, antes precisamos definir o que é ser genial.É muito comum nas últimas décadas chamar de genial pessoas com o famoso Q.I elevado, surgiram até o clube dos "superdotados" que apresentam uma pontuação muito alta nesse teste.

É normal também chamar de gênios boleiros como Neymar, Ronaldinho e cia.....(sem comentários), tudo bem, eles podem jogar uma enormidade, e assim como um Ayrton Senna, eles têm um dos tipo de inteligência - a espacial - em níveis bem alentados, o que explica a capacidade nos esportes. É um dos tipos de inteligência, mas que pode ser inútil para diferenciar uma mulher de um traveco...(não resisti);

Ou seja, existe uma certa banalização no termo genialidade, mas continuamos a nos perguntar o que é ser gênio.

Eu li em certo lugar, que gênio é aquele que transforma para melhor a vida de milhares de pessoas, alguém como uma visão além de um líder, um ser que trabalha e usa a sua inteligência para MUDAR a vida de muita gente, e não apenas um bicho de circo que seja um craque em xadrez ou seja "bamba" (naftalina) em equações matemáticas.

Um gênio matemático por exemplo, um nerd por definição, que não revoluciona ou melhora as normas ou "coisas" que ajudam a regular a economia, nada mais será do que uma vitrine da inteligência....matemática. O fato dele ser tão inteligente que não se relaciona com as demais pessoas vira algo totalmente sem valor, uma curiosidade apenas.

Ele colhe apenas espinhos dessa sua sabedoria (ou até alienação), e não oferece os frutos de uma mente tão poderosa aos seus semelhantes menos dotados. Então...seria ele um gênio?

Por essas parcas definições, creio que um gênio tem facilidade para lidar com o resto das pessoas, pois trabalha para elas quando consegue externar uma teoria ou experimento que traga uma melhoria para a sociedade. Talvez esse gênio até se assemelhe a um misantropo - um ermitão social - mas melhorando a vida de muitos, intimamente, podem acreditar, que ele pensa e têm valores humanistas realmente elevados.

Particularmente, acho que um gênio é isso Ana, algo muito parecido com o ótimo texto que passou para nossa apreciação.

Conhecer a "verdade" é difícil por muitas razões.

Uma delas é que muitas pessoas só acreditam naquilo que querem acreditar.

Assim, tudo aquilo k confirma as suas ideias é considerado como "verdadeiro", mesmo que seja absurdo.

Se não confirma, é "falso", mesmo que faça sentido e até esteja provado...

É o que fazem os teóricos da conspiração, por exemplo (entre muitos).

Há conservadores que se recusam a admitir que algumas das suas ideias estão fora de moda ou até erradas.

E "rebeldes" que são tão anti-convenções que defendem ideias absurdas e impossíveis. Houve pessoas que acreditavam que as crianças eram puras e era a educação que as corrompia. Ou que o comunismo ou ideias hippies iam reger o mundo.

E muitas dessas pessoas recusavam a admitir o seus erros, que as convenções que odeiam não são assim tão, "más", que as tradições não fazem sentido.

Aliás, muita gente só faz estudos e investigações para confirmar as suas crenças e não para testar a sua veracidade.

E ainda há as pessoas inteligentes. Elas caem no erro de julgarem que são demasiado espertas para se enganarem.

Por ex., houve cientistas que foram enganados por médiums e videntes que eram na realidade vigaristas. Porquê?

Acharam k os seus testes científicos eram infalíveis logo se não encontraram provas de que eles eram fraudes, então eram verídicos.

E deixaram de testá-los para defendê-los...

1 cético criticou isso dizendo "eu sou esperto o suficiente para saber que sou estúpido" (isto é, que sabe k pode ser enganado).

Em suma, o orgulho e a emoção influenciam muito a nossa busca pela verdade. E nos levam muitas vezes a conclusões erradas.

O homem deseja e odeia a verdade. Quer mentir aos outros - quer que o enganem (prefere a ficção à realidade), mas por outro lado receia o engano, quer o fundo das coisas, o verdadeiro verdadeiro, etc.

Somente a razão conduz à verdade. Mas só os fanáticos, os visionários e os iluminados fazem as coisas grandiosas, mudanças, descobertas. A verdade, de tanto se tornar necessária, conduz à secura, à dúvida, à inércia - à morte.

É muito natual que os homens odeiem aqueles que dizem ou tentam dizer a verdade. A verdade é triste (dizia Renan) - mas, com maior frequência, é horrível, temível, anti-social. Destrói as ilusões, os afectos. Os homens defendem-se como podem. Isto é, defendem a sua pequena vida, apenas suportável à força de compromissos, de embustes, de ficções, etc. Não querem sofrer, não querem ser heróis. Rejeição do heroísmo-mentira.