Ah SG:

Caverna do Dragão é anos oitenta, é a mitologia em alta, vide as bandas de metal da época, filmes como Labirinto, o Feitiço de Áquila...a explosão do Kiss e dos excessos visuais.

Caverna do Dragão é um produto da sua época, quando tudo tinha que ter uma conotação épica em contraponto ao pragmatismo yuppie vigente.

Mas se tiver alguma relação entre eles, é mérito dos produtores, plagiar - mesmo que de leve - a grande sabedoria dos antigos, é algo sempre interessante.

Ana, voltando ao tema novamente;

Perceba que eu abordei a coisa de um modo mais material e menos abstrato; vou colocar mais um exemplo:

Se voltarmos ao ano de 1800, a gente vai começar a olhar de revesgueio para os "caipiras" dessa época, e nos acharemos semideuses pois temos a clarividência histórica da evolução das coisas que são do homem (lembrei do pastor agora);

Podemos gastar a língua de tanto falar de computadores, de aviões, de carros..de como tudo será bonito, "limpo" e rápido do século XXI; mas - no entanto - um "capiau" levanta da multidão e diz: "Mestre, nos ensine a atingir esse nível de coisas que para nós parecem coisa de outro mundo!!".

Bem, e como ficamos? a gente sabe como da simples sílica manufaturar placas eletrônicas? de como fazer os moldes para fundir peças de carros, de aviões? De como chegar ao fundos poços de petróleo para extrair o combustível fóssil?

Nosso conhecimento não avançará pela caverna, bem ao contrário!

Ou seja, com o passar dos anos, em algum perdido vilarejo quase medieval, nós voltaremos ao estado primitivo dos demais, ou seremos tratados como loucos visionários, que não conseguiram de jeito nenhum antecipar ou mudar os rumos da história, que serão só reconhecidos muitos anos depois, se houverem registros desse pobre viajante do tempo.

Nosso atestado final que verdade e conhecimento, na enorme parte do tempo, são coisas que apenas herdamos.