Abuso sexual na infância

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Aprendiz42
No PF desde: 26/02/2011

Luzinha32,

Pelo que li e ouvi sobre o assunto, o drama vivido por ti - repetidas vezes - é quase certeza de transtornos psicológicos. Mesmo que se ache imune agora, consulte um(a) especialista da área.

A incapacidade de desenvolver sentimentos, e o pouco caso que faz de sexo, podem ser indícios.


Criih
No PF desde: 28/06/2011

é interessnte quando vejo vc´s recomendando que ela procure um especialista, porém é muito complicado para que passou por tudo isso ir em busca de ajuda...

entendo perfeitamente oq ela tm passado


Criih
No PF desde: 28/06/2011

Pq entrei nesse fórum exatamente por causa desse tema

estou procurando um lugar pra desabafar o que passei

e q estou sofrendo agora

Quando vejo a história da luzinha32 me vejo em uma situação ainda mis complicada q ela ...


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Mih K
No PF desde: 06/12/2010

criih


falo por experiencia própria. Eu tb sofri abuso, desabafar até é bom, mas só um profissional pode te ajudar a entender o que se passa na sua cabeça.


No meu caso, já se passaram 20 anos, e ainda me lembro. A terapia ajuda a entender os nossos sentimentos em relação a isso, deixar para trás sentimentos de culpa, vergonha, baixa auto estima, que nem deveriamos sentir, mas sentimos.


Mas, se vc quer desabafar, abra um tópico seu, que aí as pessoas podem te aconselhar, e não misturar os assuntos seus e da dona do tópico.


Abraço


Barbarela80
No PF desde: 27/06/2011

cada caso é uma caso... vai depender da forma como a pessoa assimilou esse ocorrido.

Sofri abuso na infãncia, mas não me considero traumatizada pelo ocorrido. Tenho uma vida afetiva, sexual e profissional normal, tenho meus momentos down, tenho minhas tristezas, tenho minhas preferencias e restrições sexuais, mas nunca a associei ao abuso.

Mas se vc já está associando seus entraves ao abuso, vc está reconhecendo isso, sugiro que procure um profissional mesmo...

Não estou desmerecendo o seu trauma nem minimizando o dano psicológico do abuso na pessoa adulta, digo isso pq cada um de nós assimila os acontecimentos em sua vida de forma diferente, eu conheço pessoas muito mais problemáticas que não sofreram abuso, mas que tiveram alguma passagem lá da vida dela que as marcaram e as tornaram assim...sei lá.

O que importa é achar o verdadeiro motivo para suas angústias e cura-las.

Boa sorte.


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Adry_27
No PF desde: 12/01/2011

Eu sofrí alguns abusos tmbm, graças a Deus foram só moléstias msm, abusos, nunca foi concretizado um ato sexual, posso dizer q no começo qndo comecei a ter relações eu era muito insegura qnto ao sexo, mas foi passando e já passou, e eu nunca fiz terapia. Só ñ fique sempre tocando neste assunto c ela porq realmente é mto desconfortável falar sobre isso, faça a sua parte sendo legal, carinhoso,e passando segurança p ela.


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girlie
No PF desde: 13/01/2011

Gente, que horror perceber a altíssima porcentagem de pessoas (meninos e meninas) abusados.

Antigamente não se falava nisso, e a prova maior é a nossa dificuldade de expor o que aconteceu mesmo nun fórum em que todos são anônimos.

Durante algum tempo, na infância, tive problemas com um senhor idosérrimo que meu pai pagava para cortar a grama. Ele sempre dava um jeito de pedir um copo de água para mim, e não para a empregada. Quanto eu levava, ele me agarrava por trás e passava a mão no meu peito (inexistente). Eu tinha menos de dez anos e foi dele o primeiro [***] que eu vi na vida. O mais horripilante é que ele fazia isso no jardim, correndo o risco de ser visto por qualquer pessoa que passasse na rua. Acho que isso aumentava a excitação dele. Me passava a mão no peito, me encoxava, me passava a mão na bunda e eu sempre consegui escapar. Contei pros meus pais e eles não me levaram a sério; hoje, quando falamos no assunto, minha mãe insiste em dizer que eu jamais denunciei nada, pois se tivesse feito é óbvio que eles não teriam se omitido. É estranho, isso. Chego a pensar se não foi tudo imaginação minha, mas ao mesmo tempo lembro da empregada me levar a sério e se fechar em copas comigo e meus dois irmãos mais novos dentro da casa sempre que aquele mostro vinha cortar a grama.

O cara era um velho caquético. Na minha lembrança teria o equivalente a uns 80 anos, mas talvez até isso esteja corrompido pela memória.

Tempos depois, soube que ele fez a mesma coisa com uma menina, filha de um colega da Aeronáutica do meu pai. O homem deu uma surra no velho e nunca mais se soube dele. Me senti vingada, mas posso dizer que nunca-jamais esqueci da história e que isso lamentavelmente prejudicou demais a minha vida.

Então, lendo os depoimentos de vocês, fico barbarizada de perceber o quanto esse câncer se espalhou, como quase todos nós, homens e mulheres, tivemos contato sexual inadequado e precoce - ou, então, conhecemos alguém que teve.

Não sei nem o que dizer, mas sou a maior guardiã da minha filha e confesso que, se algum dia algo parecido acontecer com ela, sou capaz de matar.


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Question
No PF desde: 06/07/2011

Eu ja tive o mesmo problema, e hoje ainda não me sinto bem em recordar.