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Abortar ou não?
Essa é uma decisão que cabe única e exclusivamente a quem a vive. Os motivos que uma mulher tem para interromper espontaneamente uma gestação são pessoais e intransferíveis. Não cabe ninguém além dessa mulher e sua família decidir o que é melhor para eles próprios e para a criança em si. E cabe menos ainda, a qualquer pessoa de fora, julgar as decisões dessa família, sejam quais forem.
Eu PARTICULARMENTE, abortaria sem pensar duas vezes. Eu nunca quis ter filhos nem mesmo \"normais\", que dirá com necessidades especiais. Sim, eu sou fria, pragmática, cartesiana, egoísta e não tenho medo de julgamento e/ou punição pós-mortem. Eu não acredito em sacrifícios a serem recompensados numa suposta outra vida. Já existem milhares de coisas aqui nessa vida que não podemos controlar ou evitar e somos forçados a suportar, não vejo razão para assumir um sofrimento que pode ser evitado.
Além disso, também não vejo lógica em impor sofrimento e incerteza futuros a alguém. O que será dessa criança no futuro? Enquanto os pais tiverem saúde e vida para cuidar, ok, mas e depois? Daqui 20 anos essa mãe terá 65 e esse pai, 72. Como estará a saúde desse casal depois de 20 anos de preocupações e cuidados especiais? E quando não for apenas essa filha precisando de cuidados, mas talvez também a mãe ou o pai? Ah, sim, tem um irmão que não será mais dono da própria vida porque os pais hoje decidiram que ele deverá ser tutor da irmã. E nem vou falar de todas as outras coisas imprevisíveis e inevitáveis que podem acontecer para complicar ainda mais a vida dessa família. Coisas que já seriam desestruturantes em famílias sem um integrante debilitado desde o nascimento.
Mas, como eu disse no início, essa é uma decisão que só pode ser tomada por quem vive a situação. Cada um sabe o peso que pode carregar.
Muito complicado isso, mas um aborto aos 7 meses, deve ser um horror. Se estivesse no início da gravides, até pensaria mas agora. Não sei se a mãe é uma pessoa esclarecida mas acho que ela deveria saber dos riscos que estava correndo com uma gravides aos 45 anos. Concordo com o Guilherme, sempre teremos que prestar contas do lado de lá.
vica, ela está de 7 SEMANAS E NÃO 7 MESES...
Nossa mas com 7 semanas já deu para saber que o bebe tem tudo isso. Essa estória tá mal contada.....
Vica,
Atualmente a tecnologia nesse ponto está tão avançada, que já é possível detectar problemas genéticos em embriões até mais novos.
Sim, dá para saber até mesmo o sexo através de um exame de sangue chamado sexagem fetal.
Concordo com a Carla.. em absolutamente todas as palavras..
pensamos igual neste ponto.. :)
\"Não cabe ninguém além dessa mulher e sua família decidir o que é melhor para eles próprios e para a criança em si. E cabe menos ainda, a qualquer pessoa de fora, julgar as decisões dessa família, sejam quais forem\"...
Calma Carla, calma...rs; se a discussão não servir para essa pobre mulher, pode ser útil para discutir uma série de dilemas morais.
E isso é auspicioso para todos nós!
uai, concordo, com vc, Gulherme. Dilemas servem para ser compartilhados; senão não seriam dilemas.
Eu esperaria por exames mais conclusivos, buscaria conhecer famílias na mesma condição (através da AACD talvez) e aí sim decidiria. Mas eu creio que não tiraria.