Ser Mulher!

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Kátia.Aquiles
No PF desde: 09/12/2009

BestaMor (Já que está em dúvida de como nos chamar, já te dou a dica: para mim é senhorita, ok? ;)


Te agredeço muito a sua participação nesse tópico.

Como eu disse lá no começo, esse era um assunto que não despertava meu total interesse.

Agora, e ainda mais depois desse debate, vejo o quanto é válida nossa luta. Que há ainda muito preconceito e ignorância a ser combatida. E definitivamente o feminismo é uma causa mais que válida!


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LivT
No PF desde: 23/07/2010

Quote:
se isto fosse uma partida de futebol, eu diria que falta ‘RAÇA’ a esse time


pois é, meu caro... O problema é que isso aqui não é uma partida de futebol, nem uma partida de qualquer coisa, muito menos uma guerra de grupos, ou de sexos, como inisiste em fazer parecer. Isso aqui é um DEBATE, onde uma das virtudes mais necessárias é a honestidade intelectual, não o chute nas canelas. ;-)


Austra,


sim, creio que pude acompanhar teu argumento com facilidade - e não ousaria culpar o desgaste das tuas juntas por um eventual erro de compreensão ou inexperiência da minha parte. :-)


De fato, se o Estado, em si, não veda às mulheres qualquer prerrogativa da condição de sujeito e se o Estado é uma abstração dos interesses de todos os indivíduos e da sociedade, não faria sentido combater o Estado nesse caso, uma vez que ele está regulando a favor de nossa causa.


Pelo que entendi, se entendi, esse é um argumento que serve para combater "ações afirmativas" de todas as espécies.


Então, eu pessoalmente de fato não sei qual é a melhor forma de reivindicar essa igualdade que muitas vezes se verifica. Mas o que eu sei que em alguns planos ela se verifica mesmo, e que é ruim, e que que esse é o núcleo da idéia que estamos debatendo aqui.Essa é a minha crença, e é ela que motiva a debater aqui, e a buscar as respostas. E entendo que é essa uma crença compartilhada aqui no tópico. Mas daí não se segue necessariamente uma forma determinada de agir...


Mas fiquei com uma dúvida quanto a afastar totalmente o plano político e social do feminismo: até onde exigir ou protestar por uma ação do Estado por um direito assegurado na Constituição, nas leis, é incoerente? Não sei se me fiz entender, mas quero dizer que talvez, quando algumas não estão sendo adequadamente refletidas na vida social, parte da responsabilidade por assegurar isso ainda faz parte do que chamamos de Estado. Mas estou só especulando...


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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

Cara Liv, satisfação em revê-la! Tudo bem? :)


Sabes a minha opinião acerca de "ações afirmativas". Trata-se de um tremendo embuste eleitoreiro que visa agradar grupos específicos que tendem a garantir votos. E pior, "ações afirmativas" expõem um traço clássico e nada agradável da República Federativa do Brasil: combater o efeito e nunca as causas.


Quote:
Mas o que eu sei que em alguns planos ela se verifica mesmo, e que é ruim, e que que esse é o núcleo da idéia que estamos debatendo aqui


Sim, sim, concordo. Diga-me: você se sente discriminada na condição de mulher? Em que momentos percebe isso? Como reage nesses casos?


Quote:
Mas fiquei com uma dúvida quanto a afastar totalmente o plano político e social do feminismo: até onde exigir ou protestar por uma ação do Estado por um direito assegurado na Constituição, nas leis, é incoerente?


Sim, em vista do que dizes concordo contigo. Pressionar o Estado para que ele cumpra o que assegura certamente é algo político.


Bem, continuemos a especular, minha cara :)


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

Posso me intrometer?


Quote:
Sabes a minha opinião acerca de "ações afirmativas". Trata-se de um tremendo embuste eleitoreiro que visa agradar grupos específicos que tendem a garantir votos. E pior, "ações afirmativas" expõem um traço clássico e nada agradável da República Federativa do Brasil: combater o efeito e nunca as causas.


Eu já discordo. Embora o Estado tenha que garantir por lei a igualdade de direitos, há questões e poderes que passam ao largo de sua esfera e se manifesta das mais diversas formas. Saca o Foucault? É bem aquela coisa de discursos e crenças que tendem a se manifestar como micropoderes não são necessariamente regulados pela esfera do Estado. O machismo e todo tipo de preconceito são exemplos, pois se fazem presentes em diversas esferas sociais de diversos modos e muitas de suas manifestações não são abarcadas pela regulação do Estado (que eu saiba a Maria da Penha ainda se aplica a casos muito restritos de violência contra a mulher). Acho que não há pior forma de desigualdade do que aquelas que estão enraizadas no imaginário sócio-cultural e tendem a passar desapercebidas pela maior parte das pessoas (inclusive mulheres).


Quote:
Sim, sim, concordo. Diga-me: você se sente discriminada na condição de mulher? Em que momentos percebe isso? Como reage nesses casos?


Sei que a pergunta foi para a Liv, mas gostaria de respondê-la. Austra, eu sofro todos os dias discriminação em meu emprego. É sutil, mas sei que muito do desrespeito que eu e muitas de minhas colegas sofremos em sala de aula na condição de professoras é devido ao nosso gênero. É como se o fato de ser professor e homem passasse de antemão aos alunos um atestado de "confiabilidade" e competência antes mesmo de qualquer pronunciamento. Já com as professoras, há um certo tempo entre o início do curso, todo um processo de "impor respeito" (que passa pela verificação de sua competência naquilo que faz) e finalmente o respeito dos alunos.


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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

Saudações Belle, satisfação em revê-la aqui no nosso fórum novamente :)


Quote:
Saca o Foucault? É bem aquela coisa de discursos e crenças que tendem a se manifestar como micropoderes não são necessariamente regulados pela esfera do Estado.


Tá, mas ninguém precisa ser Fucô pra perceber certas coisas. Veja, tem uma música do Killers que diz assim: "Aggressively we all defend the role we play". Fucô era um sodomita e como tal pensou a partir de sua perspectiva e ajudou a criar o micropoder (hoje nem tão micro assim) do discurso veadístico. Tal qual Platão, ele pensou em causa própria.


Mas, que bom que esses discursos que formam micropoderes não são regulados pelo Estado né? Do contrário, eles (como o do Fucô, p.ex.) sequer existiriam!


Quote:
Acho que não há pior forma de desigualdade do que aquelas que estão enraizadas no imaginário sócio-cultural e tendem a passar desapercebidas pela maior parte das pessoas (inclusive mulheres).


Concordo contigo. Mas aí temos um dilema: o Estado deve reformar a cultura ou a cultura deve reformar o Estado?


Quote:
É como se o fato de ser professor e homem passasse de antemão aos alunos um atestado de "confiabilidade" e competência antes mesmo de qualquer pronunciamento.


Só pra me esclarecer: você fala que se sente discriminada pelos seus pares (teoricamente) ilustrados ou pelos alunos?


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Belle D´Jour
No PF desde: 19/07/2010

Quote:
Tá, mas ninguém precisa ser Fucô pra perceber certas coisas. Veja, tem uma música do Killers que diz assim: "Aggressively we all defend the role we play". Fucô era um sodomita e como tal pensou a partir de sua perspectiva e ajudou a criar o micropoder (hoje nem tão micro assim) do discurso veadístico. Tal qual Platão, ele pensou em causa própria.


Tá certo. Mas na falta do refinamento filosófico necessário sobre Nietzsche ou Kant, Fucô é o cara!


Quote:
Concordo contigo. Mas aí temos um dilema: o Estado deve reformar a cultura ou a cultura deve reformar o Estado?


Bem, isso daria umas cinco teses né? Mas como boa culturalista que sou, fico com a segunda, acho que o que as políticas afirmativas tentam é reformar o Estado.


Quote:
Só pra me esclarecer: você fala que se sente discriminada pelos seus pares (teoricamente) ilustrados ou pelos alunos?


Felizmente nunca me senti discriminada pelos meus pares (ufa, né...), mas por esta juventude tosca que hoje se sentam aos bancos escolares. Vivenciei várias situações onde houve discriminação de gênero.


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BestaMor
No PF desde: 16/08/2011

( Agora que eles foram dormir eu posso responder...sem risco de atrapalhar a discussão, certo Aprendiz?).

Quote:
onde uma das virtudes mais necessárias é a honestidade intelectual, não o chute nas canelas. ;-)
Cara, se eu não fosse bom de esquiva, esse chute me acertava "ali", com salto e tudo..."5cm a direita da virilha esquerda"...

Cara "loiríssima-de- vinte- e-poucos-anos", O que tu vê de tão desonesto em me arrepender, confessar o delito, e tentar o perdão de quem prejudiquei?? E, pergunta 2: Para onde vai a tua "honestidade intelectual" quando assistes passivamente a nova "fornada" produzida pelos teus nada honestos amiguinhos espezinhar em tópicos alheios?? me responda "honestamente"...se puder, claro.


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Júpiter
No PF desde: 08/07/2010

blá, blá, blá, bla..."me chamo AsnoMor e sou uma garotinha mimada que não vira o disco, estou me borrando de medo, quero minha mamãe, estou muito assustada, porque esses malvados estão maltratando os pobrezinhos dos tópicos alheios, estou quase urinando nas calças"...te orienta rapaz!


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BestaMor
No PF desde: 16/08/2011

Ainda tentando "ser minha sombra" ?

Mais uma dica pra ti: Para portadores de "incontinência urinária" (e "diarréias mentais" das que sofre com frequência) a indústria farmaceutica proporciona faz muitos anos, "fraldas descartáveis". Mais uma facilidade do "mundo moderno" que insistes em não se utilizar. (Coisa feia borrar ou urinar nas calças...)


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Júpiter
No PF desde: 08/07/2010

blá blá blá...mimimimi..."me chamo MulaMor e sou como uma garotinha assustada, vivo repetindo as mesmas baboseiras e ninguém nem sequer lê o que eu escrevo de tão retardada e analfabeta que sou, por isso fico esperneando feito uma histérica em todos os tópicos possíveis pois preciso desesperadamente de atenção de alguém, pois ninguém sabe que eu existo"

que cara MURRINHA! (tu e todos teus perfis alternativos, ou tu acha que engana alguém, asno? comment, moleketrefe, pluto, kavalgadura, question e por aí vai...