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Ser Mulher!
Veja por exemplo o que acontece em algumas sociedades árabes. Nesse caso não deveria ser o Estado a reformar a cultura (pensando a partir da nossa perspectiva Ocidental corrompida)? :)
Sim, sim. Me lembrei da Sociedade contra o estado do Pierre Clastres, um trabalho belíssimo que desafia nossa lógica ocidental onde a sociedade civil prescinde da figura do Estado, na experiência de boa parte dos povos indígenas da América do Sul...
Menos mal! Mas esse comportamento da juventude universitária, você atribui a algo em específico ou é apenas ignorância e falta de capacidade de pensar?
Não sei, Austra...Já estive pensando o quanto isso pode ter a ver com a questão de se tratar de uma universidade privada ; aquela coisa de "estou pagando, portanto professor é escravo..." sabe? Mas me lembrei de uma situação em que lecionava numa universidade pública e houve um boicote de uma classe durante o semestre. Nessa situação, eu e meus colegas constatamos que a maior parte dos alunos que faltavam ás aulas era homens e mesmo estes meus colegas se perguntaram se tratava-se de machismo...Não posso dizer que é uma situação geral e se aplica a todos os alunos; é algo muito sutil que eu e algumas colegas sentimos cotidianamente. Parece que o fato do professor ser homem impôe logo de cara um respeito que nós mulheres demoramos um pouco mais a conquistar da classe...entende? E grande paret de meus colegas homens concordam que existe esse ...digamos preconceito de gênero , ainda que de modo muito sutil.
PS: é algo sutil e diria que até incrustado nos meandos do subconsciente das pessoas...Como se o fato de ser mulher nos impingisse um valor menor, nos impelindo em várias situações a provar que temos o mesmo valor e competência que nossos colegas homens.
Lido, Belle. Logo mais respondo. A sineta tocou me chamando para o almoço! :)
Me lembrei da Sociedade contra o estado do Pierre Clastres
Nunca li. Pra ser franco, nem sabia que existia. Vou me informar sobre o autor. Agradeço a dica :)
aquela coisa de "estou pagando, portanto professor é escravo..." sabe?
Sei, sei! De fato, pode ter relação. A juventude anda carente de valores e respeito.
Parece que o fato do professor ser homem impôe logo de cara um respeito que nós mulheres demoramos um pouco mais a conquistar da classe...entende? Parece que o fato do professor ser homem impôe logo de cara um respeito que nós mulheres demoramos um pouco mais a conquistar da classe...entende?
Sim, entendo! Mas veja, apenas a título de argumentação, como você compreende uma situação como essa:
http://www.youtube.com/watch?v=d3VpW9z-YGg
Óbvio, é uma situação muito específica, mas, como disse, serve pra continuar a conversa.
Como se o fato de ser mulher nos impingisse um valor menor, nos impelindo em várias situações a provar que temos o mesmo valor e competência que nossos colegas homens
Permita-me ser... implicante :)
Como as mulheres enxergam umas às outras? Digo, imaginemos que o gênero feminino fosse um clube ou um sindicato. Você concordaria que há imensas dissenções internas sobre o 'ser' feminimo?
Austra, quanto ao vídeo, acho lamentável várias coisas. Lamentável que em pleno século XXI a sociedade ainda prescreva a mulher como se comportar ! Pessoalmente, eu sempre cuidei de minha apresentação pessoal. Sei que estarei exposta a 100 alunos no mínimo que poderão medir meu valor pelas roupas que visto, a cor do batom e do esmalte que uso,se minha calça for apertada, a roupa um pouco transparente, um botão abrir sem querer, o zíper descer ...enfim. EU tenho esse cuidado e acho que acabo me vestindo de uma forma até púdica demais para minha personalidade no ambiente profissional e até deixo de usar acessórios que acredito que possam chamar mais a atenção enquanto falo. Mas sei também que infelizmente esse é o preço que a sociedade cobra da mulher para ganharmos algum respeito.
No caso da professora do vídeo, sinceramente, não achei nada tão escandaloso assim; eu pessoalmente só usaria uns decotões daqueles para sair a noite e nem gosto de jeans apertados daquele jeito...Mas achei surreal a situação de coerção que ela estava vivendo; absurda mesmo. Quero dizer nem tão absurda se considerarmos que ainda hoje de antemão uma mulher vítima de estupro é considerada culpada até que prove o contrário (ou seja, que não "provocou" o agressor com suas roupas, etc,etc,etc). Claro que o vídeo não mostra a situação toda, mas me lembrei muito de algumas professoras que tive no ensino médio que iam de calças apertadas e faziam os meninos babarem. Mas ninguém nunca questionou a competencia delas e tampouco as suas roupas geraram esse bafafá todo envolvendo pais, diretores, etc.
Enfim, mas ainda vivemos numa sociedade que está ficando cada vez mais púdica, politicamente correta e repressiva e isso me enoja demais. Me parece que cada vez mais nos tornamos réplicas tupiniquins dos norte-americanos e isso me assusta demais.
Como as mulheres enxergam umas às outras? Digo, imaginemos que o gênero feminino fosse um clube ou um sindicato. Você concordaria que há imensas dissenções internas sobre o 'ser' feminimo?
Ixi, aí você tocou no âmago da "questão feminina" e que constitui o maior dilema do feminismo: a falta de coalizão. A Beauvoir já havia dito, na década de 50 que o maior problema da "mulher" era não haver empatia entre elas; que o feminismo não era algo possível pois as mulheres preferiam se aliar aos homens do que se enxergar como uma classe. E de fato, desde a década de 70, algumas autoras feministas sentindo um certo mal estar romperam com aquilo que consideraram um feminismo do status quo: dirigido a mulher branca, heterossexual e burguesa...A partir daí fica meio que subentendido que não existe a Mulher, enquanto uma categoria única, dotada de uma "essencia". Como em qualquer esfera da vida, falar no feminino seria então tanger a diversidade. Isso gerou um problema ontológico e de autoreferencia: se não há uma "essência" biológica que defina a Mulher, e as "experiencias femininas" são entrecortadas por raça, etnia ou classe, como pode haver um só feminismo? Então, meu caro, concordo sim que há imensas dissenções sobre o ser feminino. Inclusive quanto a aceitação da idéia de lutar por direitos iguais.
Se me permite, peço para responder logo mais, cara Belle :)
Austra, só esqueci de dizer que sim, acho as roupas inadequadas para o ambiente de trabalho e ainda mais quando ele é escolar. Mas infelizmente isso não tem o mesmo peso do que se um professor fosse de forma igualmente inadequada ministrar suas aulas de havaianas e bermudão...Talvez o achassem até um garotão e ganhasse a simpatia dos alunos...Entende? É aí que quero chegar. O corpo feminino é índice de sua sexualidade ao contrário do que ocorre com o homem, a mulher é sempre potencialmente mais objetificável. E uma grande maioria reproduz esse esquema, como a dita professora, corroborando com a lógica machista. Mas acho o machismo feminino ainda bem mais aceitável que o masculino.
''Nada melhor que ser mulher''
Li isso em algum lugar...CONCORDO
sabe pq....Pq somos guerreiras...
pq brigamos pra ter o diteito ao voto..
pq lutamos contra o maxismo e ocupamos cargos antes só por homens..
Pq somos fortes e enfrentamos homens maxista que dizem que mulher é pra ficar no fogão..Nós saímos,e mostramos a eles
que o que eles fazem..nós tbm fazemos..SOMOS INDEPENDENTE...pagamos nossas contas...compramos um A.P,um carro do ano..e saimos de fárias no final do ano para uma praia linda....
Somos ESPECIAIS...PQ o dom de ser mãe,foi concedido a nós...Tem obra mais linda,que gerar um outro ser?
Somos MARAVILHOSAS....
E digo mais..
Aí do homem que venha me afrontar e dz que eu ñ posso ir pra balada,trabalhar fora de casa,ou me dá cantada ofenciva na rua...e nenhum deles venha levantar a voz,ou a mão pra me bater...
pQ...EU saio pra onde quero,trabalho e pago minhas proprias contas,e se vinher me ofender eu processo...e GANHO...e se vinher me bater...EU MATO....
sOU MULHER....e não venha mecher comigo..priciplamente na TPM...kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
E viva o feminismo!!! sou sim..assumidaaaaaa
Deus fez o homem depois falou: posso fazer melhor .
Entao fez a mulher!
Olá Belle, bom-dia!
Ah, não concordo sobre Fucô ser o cara. Mas isso não vem ao caso.
Sim, sim , de fato, daria volumes. E provavelmente não se chegaria a nenhuma conclusão capaz de agradar gregos e troianos. Mas é interessante lembrar, nesse caso, como algumas culturas configuram o Estado. Veja por exemplo o que acontece em algumas sociedades árabes. Nesse caso não deveria ser o Estado a reformar a cultura (pensando a partir da nossa perspectiva Ocidental corrompida)? :)
Menos mal! Mas esse comportamento da juventude universitária, você atribui a algo em específico ou é apenas ignorância e falta de capacidade de pensar?