Oi, Nanda,

retificando apenas: eu nasci no Recife, mas meus pais escolheram se mudar, sem mim, para o Ceará. Adoro o Nordeste, seja lá a capital, e reconheço o radicalismo da minha opinião. À primeira vista, soa como uma cacetada, quase um auto-flagelo (pois poderia estar falando de mim mesma), mas eu continuo sustentando a mesma posição.

Não acho que todo nordestino seja burro, machista, \"leso\" (lembra dessa?), a banda podre do país. Claro que não! O que eu acho é que as pessoas de lá se acostumaram a uma vida de misérias, aceitando esmolas, numa cultura áspera em que muitas violências se legitimam.

Coisas que seriam inaceitáveis para a maioria da população brasileira são cotidianas aos nordestinos. O problema é que pega mal falar disso, parece cuspir no próprio prato.

E tb achei que a menina fosse de lá pelo \"relar\" que ela usou, bem típico das bandas do Norte.

Mas olha, longe de mim criar polêmicas inúteis. Procurei explicar que me chateava ver uma pessoa lidando com a vida com tanta passividade, achando que trocar de companheiro é simplesmente mudar de problema, aceitando levar tapas nas costas, ser agredida e sabe-se lá o que mais. Para mim, esses detalhes da personalidade que a Pricila deixou transparecer me pareceram familiares - mas isso, sem ofensas também, é pura impressão pessoal.