homens... homens.... rsrsrsr

A crise econômica está afetando muita gente. Mas a americana Minerva McGonagall (nome fictício), de 23 anos, decidiu que não ia mudar seu estilo de vida por causa disso. Ela não mudou para um apartamento mais barato, não deixou de comprar o que gosta nem deixou de comer bem. Para manter seu padrão de vida, Minerva encontrou uma solução no mínimo inusitada: cadastrou-se num site de namoro, o Match.com, e marca cinco encontros por semana. Como querem impressionar, os homens sempre acabam pagando a conta do jantar – e, com isso, segundo cálculos da Business Insider, ela acaba economizando cerca de US$ 1200 por mês.

o que a expectativa de uma provável transa não faz com a libido masculina.... caem como patos para as espertas... kkkkk

http://colunas.epoca.globo.com/mulher7por7/2011/11/30/mulher-usa-site-de-namoro-para-jantar-de-graca...

que merda....kkkkkk nossa o cara é totalmente fora da casinha, se isso fira-se moda e as mulheres agissem assim nossa ia-mos ver quem seria os cafas e lhes garanto q sobraria poucos sem coco nas costas.

opa

mas é basicamente isso que acho sobre o assunto da tatuagem...

a traição dela é justificativa para agressão física que ele praticou?

Cara Ana,

Estás a me perguntar algo verdadeiramente sério: “o que é ser bom caráter”.

No entanto, a pergunta feita por Vossa Mercê não está bem formulada, uma vez que pergunta-me qual a minha opinião.

Sim, sim! Não há como negar que foi isso que Vossa Mercê afirmou. Segue a citação verbatim.

Nesse momento, digo-te: lembra-te de Platão e o desprezo do filósofo ateniense pela mera opinião (δόξα).

De fato, a minha opinião, a tua opinião, a do Pedrinho, da Joaninha não faz qualquer diferença. Tentemos, tal como Platão nos ensina, deixar a caverna para trás a fim de contemplar as verdadeiras idéias.

É sempre conveniente, como nos ensinou, aliás, Aristóteles, iniciar a análise a partir do que já é conhecido.

Pois bem, te convido a pensar comigo: o que já conhecido para nós?

Ora, um certo conhecimento ordinário, comum, corriqueiro acerca do que é “caráter”. Todos parecemos ter alguma idéia sobre isso.

Mas isso não quer dizer que esta idéia esteja de acordo com a… perdoe-me a expressão, aquilo que os latinos chamavam de quidditas, ou seja, qüididade, aquilo que é assim.

E lembra-te, procuramos algo que ultrapasse a minha opinião, a tua opinião. Buscamos algo mais elevado, algo que, se tivermos um intelecto hábil o bastante, poderemos sacar do hiperurânio, tal qual Prometou roubou a centelha divina dos deuses!

Pois bem, pense comigo sobre esta palavra: caráter. Em grego, χαρακτηρ (kharaktér [não consegui acentuar o “eta”aqui]), significa, veja você, “sinal gravado, marca (capaz de identificar algo)”.

Já temos, então, uma primeira pista: caráter como algo “marcante”, seja por ser capaz de identificar algo, seja por se sobressair e, por isso, ter a capacidade de ser notado. Temos então, no “caráter”, uma marca. Obviamente que é de ‘kharaktér” que advém o substantivo “caractere”.

No entanto, esta concepção de “caráter” associada ou relacionada com traços (marcas) de comportamento, acabou servindo para, desculpe-me a palavra, caracterizar elementos de uma outra importante palavra grega:

εθος, éthos (não consegui acentuar o èpsilón aqui).

Vossa Mercê tem boa memória e tenho certeza que lembra que já me referi a tal palavra num tópico qualquer sobre sodomitas. No entanto, outros debatedores talvez não lembrem e pode ser proveitoso rememorar o significado da palavra.

Pois bem, εθος significa justamente, costume, hábito, mas, também – e o mais importante – “disposição”. Portanto, convido-a a apreciar minha conclusão: podemos definir caráter como o modo de ser ou de comportamento de caracteriza ações ou atos, sejam relativos a outrem ou a si mesmo.

Parece que temos um ponto de apoio agora para novas reflexões.

A questão agora é: um comportamento poderá ser qualificado como resultado de um bom ou mau caráter devido especificamente a quê?

E é aqui, exatamente nesse ponto, que a reflexão ética surge. Infelizmente, não existe apenas uma, mas várias éticas. Portanto, a definição do que seja um bom ou mau caráter exige, primeiro, a exposição de certos axiomas morais.

Uma ética pragmático-utilitarista pode entender que a ação moral X é compatível com um bom caráter, ao contrário de uma ética das virtudes, ao contrário do intelectualismo socrático-platônico, ao contrário da ética kantiana, etc.

Mas, mas desçamos uma pouco! Já subimos muito alto para uma tarde escaldante e chuvosa!

Não diria que o tatuador foi ético, tampouco o contrário (por ser tatuador). Profissões não têm ética. Códigos de ética são assim chamados erroneamente.

Kantianamente falando, o tatuador foi antiético. Aristotelicamente falando, o tatuador agiu com justiça. E agora? Qual a verdadeira qüididade de um bom caráter? :)

Mas façamos isso noutro momento, com temperatura mais aprazível!

Aliás, lembrei-me daquele fragmento de Heráclito:

O caráter (εθος) é o destino (δαιμων) do homem.

Interessante, não?