O que mais me assustou foi esta parte. Pelo que você dá a entender, sua tia é homófoba e intolerante. E você cogitava contar para ela que achava que a filha dela é gay. O que poderia resultar de bom disto? O que você esperava conseguir, ao contar para uma mãe intolerante que a filha é gay?

No mais, a pior coisa é confrontar a pessoa com algo que pode não estar bem resolvido na cabeça dela. Se sua prima é homossexual, está curiosa, está em dúvida, deixe ela se resolver. Você visivelmente não está preparada para tratar deste assunto com ninguém, por que acha que poderia ajudar?

Acho que, já que você diz que quer ajudar, seria de bom tom se informar um pouco mais sobre o assunto, e tentar expandir um pouco esta visão estreita que você tem, explicitada por esta passagem:

Talvez você não aceite isto, mas o fato é que você acha que homossexualidade é doença ou uma perversão de caráter.

Por isto, se você quer ajudar, te sugiro. Abra sua visão sobre o tema, informe-se sobre o assunto e deixe que sua prima resolva conversar com você, se resolver.

Essa é boa... Praticamente todo mundo aconselha a cidadã a não se meter e ela diz que seguiu o conselho de todo mundo fazendo justamente o contrário.

Olha, minha cara. Deixe sua prima viver a vida dela. A vida sexual é responsabilidade nossa, é nossa intimidade. Se ela estivesse levando uma vida de risco e você soubesse disso, concordo que devesse chamar para conversar, mas não é esse o caso. No mais, siga a sugestão do Caronte: se informe, pense direito e sem preconceitos, assim talvez sua prima recorra a você se quiser conversar.