O que mais me doia era que eu ouvia as piadas na rua e ouvia os mesmos apelidos em casa, da minha família. Ou seja, esquisita, feia , magricela...por maioria de votos.

Até hoje eu tenho um problema sério com isso, com essa questão da aparência. Como mulher, interiormente, tenho segurança por conhecer meu caráter. Mas no quesito aparência, a auto estima tá sempre no pé, mesmo tendo um corpo que todos dizem ser bonito. A questão é que eu olho no espelho e sempre vejo a magricelinha feia de sempre e não consigo, não consigo mesmo me desvincular disso...

Minha filha é uma cópia fiel do que eu era. Magrinha, alta. Sempre digo a ela que ela é uma pessoa bonita e que nunca acredite se disserem ao contrário.

Meu pai me dizia isso, e funcionava que era uma beleza. Mas mesmo assim eu sofri muito, pois trocaram as agressões físicas por verbais.