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Vale a pena curtir de novo?
qui, 16/09/2010 - 20:58
Estava lendo o tópico do John Lennon quando me vi de volta com uma questão. Por que algumas coisas antigas são melhores do que as atuais?
Há uns 12 anos passou um documentário sobre o Vila Sésamo com partes do programa. Gravei o documentário e no dia seguinte mostrei para os meus filhos, que tinham uns 6 e 3 anos. Uma das cenas era com a dupla Ênio e Beto, quando um dos dois achou que um ladrão tinha roubado sua coleção de gelo e deixou tudo molhado. A primeira reação deles foi \"É preto e branco, deve ser chato\". Insisti que vissem mesmo assim. Gargalhavam quando assistiram! Depois disso a fita quase furou de tanto que assistiram. Ainda hoje se lembram destes episódios.
Pude comparar as mesmas crianças assistindo diariamente programas da época deles e um programa de uns 25 anos antes. A vibração, alegria deles era muito diferente.
O que pode ter mudado? Os programas, filmes, música e outras formas de arte eram mais, digamos, inocentes, puros. Hoje se dá uma ênfase muito grande aos efeitos e se esquece do principal: a mensagem, o enredo, ...
Supondo que seja isso, se muito da arte de décadas atrás empolga tanto ou mais do que atuais, por que não fazer esta arte hoje? Perdeu-se a receita?
sex, 17/09/2010 - 08:16
#2
......... olha hoje em dia ainda existem bons programas infantis... na TV aberta os da Cultura são ótimos mas nada se compara a Vila Sésamo com certeza!!!! na minha opinião é porque naquela época éramos crianças, víamos com olhos de criança e memorizamos essas impressões .... particularmente me lembro daquele em que tinha o sapo e a porquinha ... mas não consigo me lembrar o nome... Muppets... acho que é isso.... se a gente fosse vizinho pedia o da Vila Sésamo pra assistir... snif! snif!
sex, 17/09/2010 - 09:36
#3
Bom Rudolf, não sei o porque isso acontece... Mas é bem verdade que algumas coisas antigas são melhores que as atuais. é interessante que alguns programas estão no ar até hoje e são ainda a atração da garotada, como por exemplo o seriado Chaves.
Chaves é sempre os mesmos episódios, já está na televisão há um bom tempo (quando eu era criança ele já era retransmitido há muitos anos) e muitas crianças param na frente da televisão e dão risada como se fosse algo de agora.
Isso podemos ver que acontece na música também, mas o motivo realmente eu não sei dizer...
sex, 17/09/2010 - 09:53
#4
Acho que tem mto verdade com um pouco de saudosismo nesse post Rudolf.
Existem coisas que são atemporais, e arte é uma delas, então uma musica ou programa de televisão não deixará de ser bom com o tempo.
Acho que hoje em dia com a comercialização de tudo a qualidade caiu muito, TEM COISA BOA, mas tem que procurar bem.
É só ver novelas, meu Deus, hoje em dia NEM UMA se salva, porém se você for procurar seriados, achará ótimos seriados com temas variados etc... são um pouco menos acessíveis mas valem a pena.
E sobre musica, tem mta coisa boa atual, mas realmente não vejo nada que se equipara a Pink Floyd, Beatles ou The Clash.
sex, 17/09/2010 - 10:09
#5
\"Pude comparar as mesmas crianças assistindo diariamente programas da época deles e um programa de uns 25 anos antes. A vibração, alegria deles era muito diferente.\" - Rudolf: acho que é a mesma sensação que tenho ao ver cada episódio do Chaves/Chapolin de novo. Até já decorei algumas falas, mas sempre assisto de novo, rsrsrsrss
\"Acho que hoje em dia com a comercialização de tudo a qualidade caiu muito\" - Dr., a qualidade caiu e a inocência se foi. Uma pena.
dom, 21/08/2011 - 22:10
#6
se eu perguntasse isso para minha mãe, ela responderia que o bom mesmo era o tempo em que as crianças brincavam na rua
de esconde esconde, amarelinha, taco, futebol, etc
sex, 17/09/2010 - 11:04
#7
Rudolf...é o excesso de informações, o fast food de dados, tudo rápido, a mil, voando....a verticalização das coisas devido a internet.
Tempo para malhar, para ler, estudar...rápido coelho, corra, corra....run like hell!!!
É efeitos em demasia, é CGI demais nos filmes, uma dia...nossas vidas terão como fundo apenas uma tela verde, é só adicionar os efeitos desejados depois. O tocar, o tangível, o tempo necessário apra fazer e apreciar coisa bem feitas acabou devido as outras intromissões urgentes.
sex, 17/09/2010 - 11:05
#8
Olha a própria urgência gritando no meu comentário...vários erros devido a pressa!!
sab, 18/09/2010 - 10:15
#9
MariaCarlos disse:
Quote:
na minha opinião é porque naquela época éramos crianças, víamos com olhos de criança e memorizamos essas impressões
Também achava isso. Foi por este motivo que fiz o \"teste\" com meus filhos, que tinham olhos de criança de 25 anos depois daquela época, e o resultado foi o mesmo.
[quoe]se a gente fosse vizinho pedia o da Vila Sésamo pra assistir...
Tá numa fita VHS, só não sei qual hehehe. Você deve achar alguma coisa no Youtube ;) Anos atrás achei e baixei do Youtube a primeira abertura do Fantástico e do Clube do Capitão Aza :)
Curiosidade: Li em algum tópico que você mora no interior de São Paulo. Moro em Sorocaba, e você?
Crikinha, você falou do Chaves e me lembrei dos Trapalhões. Os episódios iniciais eram bem mais engraçados que os últimos.
Dr. House disse:
Quote:
Acho que tem mto verdade com um pouco de saudosismo nesse post Rudolf.
Confesso, tem saudosismo meu, sim. Sempre tive esta dúvida: é só saudade ou os programas eram melhores?
Quote:
Existem coisas que são atemporais, e arte é uma delas, então uma musica ou programa de televisão não deixará de ser bom com o tempo.
Concordo com ressalvas. O gosto das pessoas muda com o tempo. As músicas de 100 anos atrás não cativam mais como antes, por exemplo. E, ao mesmo tempo, algumas músicas de carnaval daquela época tocam até hoje.
Voltando muito mais no tempo, cadê os Mozart e Beethoven atuais? Ok, eles eram gênios. E depois, nunca mais nasceu nenhum deste nível com capacidade de fazer músicas que fossem conhecidas séculos depois??? Não consigo entender isso...
Quote:
TEM COISA BOA, mas tem que procurar bem.
E naquela época, tinha que procurar tanto que nem hoje? Não sei dizer...
Quote:
E sobre musica, tem mta coisa boa atual, mas realmente não vejo nada que se equipara a Pink Floyd, Beatles ou The Clash.
Apesar de já ter ouvido falar, não conheço The Clash. Meu filho (que é músico e sempre adorou Beatles & cia) tem ouvido muito o Muse.
Júpiter disse:
a qualidade caiu e a inocência se foi. Uma pena. (2x)
Como se volta a inocência? Tem fórmula para isso?
gigibrazil disse:
Quote:
se eu perguntasse isso para minha mãe, ele responderia que o bom mesmo era o tempo em que as crianças brincavam na rua
de esconde esconde, amarelinha, taco, futebol, etc
Vamos pular essa parte senão bate um saudosismo que não tem mais tamanho :P
Na febre do álbum da copa o pessoal do departamento tentou jogar bafo. Não deu, as figurinhas eram mais grossas pois tinham cola. Cadê a cola feita de trigo ou arroz? Cadê a revista Recreio e outras que nos faziam pensar, conversar, brincar???
Sigamos ladeira abaixo... (suspiro)
Quote:
mas eu li (em algum lugar) que depois dos 35 anos poucas pessoas renovam seu gosto musical
empacamos nas músicas e generos que conhecemos bem
Costumo ouvir coisas novas. Tem músicas atuais que ADORO de bandas mais ou menos boas. Na minha opinião, bandas antigas tinham uma média de músicas boas bem acima das bandas atuais. Será?
E tocavam por muito mais tempo do que as atuais.
sou fã do U2, mas as musicas atuais não me \'tocam\' da mesma forma (2x)
Quote:
são poucos os filmes com bom enredo, comédias então nem se fala
só idiotices adolescentes
Ainda bem que tem Matrix para nos salvar :)
Gulherme disse:
Quote:
é o excesso de informações, o fast food de dados, tudo rápido, a mil, voando....a verticalização das coisas devido a internet.
Tá tudo muito fácil. Li uma vez que a gente não tem mais paciência prá esperar 30s para baixar um livro que a gente vai ler durante DIAS :P
Com isso a gente acaba não valorizando as coisas, artes, amigos. Economizamos um tempão para conseguir fazer mais coisas, ao invés de aproveitarmos o tempo livre...
sab, 18/09/2010 - 10:46
#10
Conversa de Botequim, de Noel Rosa... 1935. Fui apresentada a essa música aos 10 anos de idade e foi amor à primeira vista. Saudosismo puro da infância sem preocupações e do querido pai, amante da música e com quem tanto me identifico.
Seu garçom faça o favor de me trazer depressa
Uma boa média que não seja requentada
Um pão bem quente com manteiga à beça
Um guardanapo e um copo d\'água bem gelada
Feche a porta da direita com muito cuidado
Que eu não estou disposto a ficar exposto ao sol
Vá perguntar ao seu freguês do lado
Qual foi o resultado do fute..bol
Se você ficar limpando a mesa
Não me levanto nem pago a despesa
Vá pedir ao seu patrão
Uma caneta, um tinteiro,
Um envelope e um cartão,
Não se esqueça de me dar palitos
E um cigarro pra espantar mosquitos
Vá dizer ao charuteiro
Que me empreste umas revistas,
Um isqueiro e um cinzeiro.
Há ainda um cantor desconhecido de muitos que despertou em mim um sentimento parecido. Desde muito jovem já gostava de música de gente grande, como meu pai costumava dizer.
Esse cantor era o Edson Conceição, cujo um dos dois únicos LPs gravados costumava ouvir praticamente todos os dias durante parte de minha infância. Só não explico o porquê de meus gostos atípicos simplesmente porque até hoje é uma incógnita. Minha filha é bem mais pueril...
\"Fiz um berço de vime/azul-claro da cor do véu
Durma em Paz e sonhe com os anjos
de lá do céu...\"
Trecho de \"Junior\", composição de Edson Conceição lançada em 1975.
Detalhe: Nasci em 1978.
Nossa!!! Voltei no tempo... Obrigada Rudolf.
Acabei de ouvir Summer \'68, do Pink Floyd. Difícil ouvir alguma coisa parecida com isso nos dias de hoje...