Vejam vocês: mês passado fui madrinha de um casamento em São Paulo. Um casal de amigos de longa data, super querido por todos. No meio da festa, senti falta de um outro amigo do grupo e estranhei deveras. Afinal, o cara foi praticamente responsável pelo primeiro encontro dos nubentes. E perguntei aos convivas:

\"Cadê Fulano? O que aconteceu com ele?\" - Já imaginando alguma tragédia que o tivesse impedido de comparecer. E fui acompanhada na dúvida por outras pessoas.

Pois qual não foi minha surpresa quando o próprio noivo. me responde:

\"Ah, Fulano tá se dando bem hoje. Beltrano, lembra daquela guria que ele tava de olho? Então, hoje ia rolar.\" - ao que praticamente todos assentiram, inclusive com manifestações do tipo:

\"É justo, muito justo, justíssimo!\"; ou \"Causa nobre.\"

Resumindo, Fulano não foi ao casamento porque tinha esperança na remota possibilidade de afogar o ganso naquela noite. Diante disso, fiquei me lembrando de quantas não foram as vezes em que amigos e amigas deram o cano em algum evento por conta dessa remota possibilidade de dar umazinha, às vezes concretizada, outras não, mas sempre encarada como causa justíssima pra largar até a mãe morrendo.

Aí, pergunto eu: molhar o biscoito é mesmo justificativa irrefutável para qualquer desmando? Tipo, pra dar uma (ou duas com muita sorte...rs), vale dar o cano no trabalho, não ir ao aniversário da avó, faltar ao casamento dos melhores amigos e assim por diante?

o que vocês acham?