\"João e Maria não se davam na cama, no casamento, no convívio mútuo a um certo tempo...

No auge da crise, João - em sinal de protesto - mandou Maria queimar todos os preservativos, pois para ele, a utilização destes era o símbolo do pouco interesse dela em tomar pílulas ou seguir uma rotina que evitasse mais filhos.

Maria, que tomava pílulas no ínicio do relacionamento, religiosamente...depois da filha, resolveu exigir que seu parceiro usasse o preservativo, mesmo sabendo que este não gostava de tal expediente.

Em pequena catarse de protesto, e como algumas coisas já tinha sido estabelecidas - João a procura de uma nova casa - ele resolveu pedir que Maria eliminasse aquela espécie de símbolo de comodismo...como as mulheres que queimavam sutiãs em praça pública.

Maria, sentiu o golpe...e fez um gesto de reaproximação, pois João de fato iria sair de casa.

João foi receptivo, e na grande noite de reaproximação; ele foi \"para cima\" de de Maria, que exigiu o contraceptivo. João, alegou que não os tinha mais, pois tinha os dado a Maria, mas que não teria problema...pois pílula da dia seguinte é para isso mesmo. Maria então, começou a discorrer um léxico de questionamentos, estabelecendo uma inútil DR no momento em que o clima deveria ser totalmente o oposto. A excitação, a saudades de João estouraram como uma bolha de sabão!

João, mais uma vez frustrado com o terrorismo sem sentido, vira de lado...e Maria então, joga um preservativo na cama, providencialmente escondido. Findo o \"teste\" para ela, Maria mais uma vez conseguiu seu intento. A noite que era para reatar laços, apenas os afastou mais ainda.

Ambos frustrados, não houve amor nesse dia, apenas o ressentimento e as expectativas de um futuros mais uma vez esvaziadas.\"

Tertúlia curta, não autobiográfica, mas esclarecedora quanto a falta de timming de certas pessoas que costróem muros ao invés de pontes!