Imagem enviada pela autora.

Olá galera quero compartilhar com vcs algo que aconteceu comigo há 12 anos. Mas quero deixar isso para as pessoas nunca perderem a Fé, pois na vida nada é impossivél para DEUS. Tudo começo quando eu tinha 14 anos, me apaixonei... Sabe aquele amor a primeira vista? Então aconteceu comigo, ele tinha 21, já tinha o emprego fixo "militar".

Então ele foi pedir para o meu pai para namorar comigo. Lógico que meu pai deixou pq sabia que ele era trabalhador... E meu pai também era militar, hoje aposentado. Sabia que era bom moço, quando completei 18 anos casamos... Depois de uns 9 meses de casados veio o nosso primeiro filho. Nossa!!! Foi uma alegria tão grande. Ele veio ao mundo dia 20/07/2000. Emoção geral na familia! Mas, depois que estávamos no quarto, veio a médica dar uma noticia que desabou o mundo pra mim... Que meu filho era cardiopata, tinha um problema gravíssimo no coração. Falando mais claro, tinha um único ventrículo, sendo que temos dois.

Logo pensei "meu filho vai morrer"... Chorei muito. Meu filho começou apresentar os sintomas, falta de ar, lábios e boca roxa e não conseguia mamar direito pois cansava... Eu sofria vendo aquilo e a única coisa que podia fazer era levá-lo ao médico todos meses. E sempre que levávamos tinha noticias desagradáveis. Tipo "esse menino não vai chegar um ano". Para uma mãe ouvir isso machuc tanto. E os meses foram passando até que ele completou 5 anos de vitórias, e, nesse intervalo, ganhou duas irmãs.

Como já tinha 5 anos fomos para SP, porque aqui em Cuiabá não tinha recurso, então fomos eu, marido, filho e Deus. Chegando no Incor, fizeram os exames nele e mandaram a gente voltar, porque não podiam fazer nada... Laudo dizia "cirugia inexistente". E assim voltamos chorando, pensando só pior. Voltamos à rotina de todos meses, levar na doutora dele aqui em Cuiabá, e ela sempre nos falava que um dia vai encontrar a cirurgia para ele.

O tempo foi passando e meu filho completando anos de vitórias. Mas aí você imagina como uma mãe fica sabendo que seu filho está desenganado, sendo que eu via ele brincando com as irmãs, sempre sorrindo. Eu chorava muito no banheiro para ninguem ver. Mas quando meu filho completou 8 anos, a doutora falou que já tinha encontrado a cirurgia, seria em Curitiba. Assim arrumamos as malas, deixei minhas filhas com minha mãe... Nessa época uma tinha 6 e a outra 4. Fomos pelo SUS e chegando lá já estava marcado todos os exames. Os médicos ficaram surpresos com os exames deles, e falaram pra mim que era milagre dele estar vivo, porque o coração do meu filho era todo deformado. Marcaram a cirurgia. Na hora de assinar a papelada começamos a ler tantas coisas que eles não eram responsáveis. Até ai tudo bem, mas quando o médico disse:  "vocês sabem ele pode entrar andando e sair em óbito, pois chance de ficar na mesa é 80% e 20% voltam pra casa".

Meus Deus desabei... Abraçamos o nosso filho, meu marido não quis assinar, eu assinei pensando nos 20% que Deus colocaria. No outro dia ocorreu a cirurgia durou 7 horas, correu bem. Na UTI fomos visitar de acordo com o procedimento, meu filho estava cheio de aparelhos. Os dias foram passando e meu filho foi piorando, só ficava entubado, teve derrame pleural, insuficiência respiratória aguda, convulção, infecção. Ficamos 3 meses em Curitba. Se meu filho saía da UTI, passava 4 dias no quarto, porque dava crise nele, então era assim, quarto e UTI. Teve um dia que não pude visitá-lo na UTI, nesse dia meu coração estava apertado e de cara eu sabia que era por causa dele. A doutora nos chamou e disse que o estado do meu filho era gravíssimo, e que era pra rezarmos porque a parte deles fizeram... E que o nosso filho estava lutando para viver.

Sabe, na hora eu gritei, chorei... Até evacuei nas calças... Mas não percebi na hora, só depois, porque a psicóloga veio nos abraçar (eu e meu marido). Ela me ajudou eu entrei em pânico me sentindo culpada, sendo que ele estava alegre brincando e por minha culpa de ter levado para fazer essa cirurgia. Tinha outra coisa, os médicos falavam também que se não fizesse a cirurgia não iria chegar os 15 anos, e se fizesse, como falei antes, era 20% de chance. Implorei para Deus, eu ficava em frente a UTI de joelhos, orando, clamando para o Nosso Senhor dar forças para meu filho...

E assim eram nossos dias, ficar do lado de fora do hospital, porque na UTI tem horário. Então íamos só tomar banho onde estávamos hospedados, e ficamos lá no hospital , sendo que aqui em Cuiabá faz 45 graus normalmente, e como fomos para Curitiba pegamos lá uns 3 graus, quase morremos de frio, ficávamos sentados no banco que tinha lá, um frio danado e garoa, mesmo assim aguentávamos, pois queria meu filho. Assim levamos 3 meses de sofrimento, até que um dia a doutora disse que iria tirar o tubo dele e mais tarde era para nós retornarmos.

Para nossa surpresa ele estava, mais tarde, sem tubos. Eu chorava, na hora ajoelhei e agradeci a Deus, ele estava sedado, mais a doutora disse que podia conversar que ele iria ouvir de longe, e assim passaram umas 2 semanas e ele estava se recuperando. Até que um dia foi para o quarto, e recebeu alta. A primeira coisa que fiz foi entrar na primeira igreja aberta e agrader a Deus, eu, meu marido e meu filho, juntos, de joelhos...

Deus é um só, eu vi a igreja aberta e entramos... Voltamos para Cuiabá, ele ficou só agarrado comigo, não desgrudava. Era depressão, a doutora disse que ele iria voltar aos poucos, recebeu alta tomando 5 medicamentos que ele tomou por 1 ano, depois a doutora liberou. Hoje meu filho está com 20 anos de vitória, trabalha e faz faculdade de analista de informática, minhas filhas têm 18 e 15 anos, somos uma família abençoada.

Obs.:  Ore sempre com fé, o nosso Deus te ouve. Mesmo em silêncio Ele ouve. Meus amigos, o milagre existe.