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Bom meu nome é Amanda, tenho 26 anos.

Minha história começa assim: aos 17 anos tive uma desilusão amorosa que muito me fez sofrer. Então decidi que nunca mais amaria outra pessoa. Fui para baladas, fiz muita festa. Ai conheci um rapaz que se apaixonou por mim. Embora eu não tenha me apaixonado, ficamos um tempo e gostei da companhia dele.

Então começamos a namorar. Eu era virgem e me sentia atraída por ele. Decidimos transar... Foi uma loucura.  Foi ótimo... Meu pai descobriu que eu estava com ele e decidimos nos casar. Casei no dia 20 de setembro de 2008 e estava até feliz... Mas não era o que eu queria pois não o amava de verdade. Sempre gostei de ser livre e o casamento não iria me proporcionar a liberdade.. Passou-se um tempo depois do casamento, exatamente 1 mês e descobri que minha mãe tinha câncer de mama. Fiquei desesperada. Três meses depois minha mãe, fazendo quimioterapia, perdeu o cabelo e eu tive que cortar o resto. Foi uma barra. Ela fez 9 seções de quimio, tendo de viajar 2hs toda a vez que ia consultar. Bem chegou o dia da cirurgia e eu lá com ela ajudando-a. Ela fez uma mastectomia radical, fiquei muito triste mas apesar de tudo eu estava agradecendo a Deus por ela estar viva.

Passou-se o tempo, descobri que estava grávida. Foi uma alegria para todos. Minha família me acompanhava em todas as consultas. Meu esposo era dedicado, estava tudo bom. Então nos últimos dias tive muitas dores na barriga, fui ao médico e ele disse que era bobagem de mãe de primeira viagem. Quando ele me examinou ficou chocado, eu estava tendo uma hemorragia. Fui para o bloco cirúrgico e tiraram minha bebê linda... Mas ela não respirava direito. Tiveram que encaminhar ela para uma UTI pois ela tinha aspirado água do parto e tinha um problema no coração... 

Passou-se o tempo, fui buscar minha filha que estava ótima, linda, gordinha. Foi uma alegria para mim. Passou-se 8 meses e eu descobri que estava grávida novamente. Não queria o bebê pois não poderia ter em menos de um ano pois seria uma gestação de risco e tinha algo me dizendo que aquele bebê não ficaria comigo. Então minha bebê, que estava com 8 meses, começou a dar umas convulsões devido ao refluxo. Ela ficava toda roxa, sem respirar, fiquei transtornada, Sai correndo pois miha filha poderia morrer... E asim passou-se o tempo, cada mês eu saia correndo com ela nos braços quase morta com aquele barrigão, de pés no chão, para o hospital, abaixo de chuva, naquela adrenalina, esperando que ela melhorasse e não morresse.

Meu Deus eu não aguentava mais tudo aquilo acontecendo. Meus pais só corriam na hora, meu marido nem bola dava, eu saia com ela nos braços com aquele barrigão e ninguém me ajudava. Nos últimos meses de gestação eu não conseguia quase caminhar... Dormir... Comer... Estava muito inchada, minha doutora dizia que era normal... Eu estava quase morta e ninguém se importava, nem minha mãe. Eu chorando dia e noite e as pessoas achavam que era bobagem. Foi quando, no dia 14/12/2011, fui dormir na casa da minha mãe e estava sentindo muita dor. Procurava hospital e nunca era hora do bebê nascer...

Eu tive um sonho que um senhor vinha buscar meu filho e dai ele levava meu flho embora... No dia seguinte minha mãe brigou comigo por causa da minha filha e eu fui para casa chorando, tomei meu banho para ir à doutora... Peguei o ônibus, já fazia umas 4 hs que não comia nada, fiquei esperando a doutora das 13 até as 16h no posto. Quando ela foi fazer o exame do coração do bebê, não consegu ouvir... Tentou de tudo quanto foi jeito. Mas nada. Ela me mandou fazer uma eco, já era tarde e eu disse para ela que o bebê já estava morto. E ela "como"? "Eu falei pra senhora que estava com muitas dores e nada. Fui ao hospital e nada. Agora é tarde. Fiz o exame e confirmei que ele estava morto. Meu marido se desesperou, chorou, mas já era tarde, agora não adiantava mais sofrer por alguém que eles não deram bola. Fizeram um escarcéu...

No quarto, a espera da cirurgia, meu pai me disse: "Agora cada um assuma a sua CULPA". Eu disse para ele "Eu não vou sentir CULPA pois eu fiz tudo que estava ao meu alcace para ele viver"... Fui para a sala de cirurgia e tiraram o Bruno, ele pesava 4.850kg e media 55cm, lindo, perfeito. Mandei o corpo dele para a autopsia pois queria saber do que ele havia falecido. Mas nada constou...

Hoje faz 10 meses e eu estou aqui com meu esposo cada dia pior... Pois não consigo perdoá-lo, nem ele, nem meus pais. Não consigo sair de casa, nem tenho vontade de falar com ninguém... Por mim morreria, mas não faço isso pois tenho uma filha de 2 anos. Vivo para ela... Por ela.... Pois meu casamento acho que não vai dar mais certo...

ACABEI VIVENDO A VIDA DE OUTRAS PESSOAS PARA AJUDÁ-LAS E HOJE NINGUÉM ME AJUDA... Obrigada!!!!!