Justiça?

Tive um relacionamento de 10 anos, mas não cheguei a casar, sofri muito, dei a volta por cima e nesta volta encontrei, no meu caminho, uma mulher, mãe com duas crianças, uma de seis anos e outra de dois anos, cada uma de um pai. Porém uma, o pai ganhou a guarda e foi morar com ele e a outra, de dois anos, que hoje considero minha filha, veio morar comigo, digo mãe e filha.

Quanto à questão de a mãe ter filhos com pais diferentes, para mim não tinha nada a ver, durante seis anos que mestivemos juntos, tevemos dois filhos, Pedro Eduardo e Maria Eduarda, completando então três filhos. Tive muitos problemas com a mãe dos meus filhos, era uma mulher muito difícil que nada estava bom para ela,embora não faltasse nada para ela, pois era um bom marido, pai, amigo, responsável.

Com o decorrer do tempo, no entanto, as coisas foram piorando dentro de casa, ela era muito, mas muito ciumenta, a ponto de ter ciúmes até mesmo de minha mãe e irmãs. Minha vida virou um inferno, comecei a ficar deprimido, não tinha mais amigos, digo amigos e não amigas, não saia mais nem para jogar bola.

Quando comecei a acordar, vi o outro lado desta pessoa, ela destruiu minha casa, todos os móveis que havia comprado, não cuidava das crianças, comecei a chegar em casa e dar banho nas crianças, fazer janta, passei de pai para mãe, do dia para noite. Ate aí, tudo bem.

Um belo dia ela, depois de tantas brigas, ela resolveu ir embora. Voltou para casa dos pais. Daí, então, minha vida virou realmente um inferno, pois ela arrumou um emprego, das 12:00 às 23:00 horas. As crianças ficavam comigo, mas minha filha, que não é filha biológica, esta ela afastou de mim. Porém os outros dois, estes ficaram comigo. Então continuei fazendo tudo por eles, dava banho, trocava fraldas, fazia janta, lavava roupas, enfim toda a tarefa doméstica.

Coloquei-os em uma escolinha (todos os três, porém Talita, a mais velha, não ficava o dia inteiro), pagava tudo sozinho, escola, alimentação, vestuário, tudo, lembrando que quando ela foi embora ela levou tudo, tive que comprar tudo de novo.

Um belo dia, minha ex resolveu mudar-se, por não estar mais dando certo com sua família, então levei as crianças no sábado e no domingo ela mudou-se sem deixar endereço. Fiquei louco, fui até a delegacia, dei parte no desaparecimento de meus filhos, fui conduzido por duas viaturas até a casa dela para dar uma prensa na irmã, mas não tive noticias.

Perdi a fome, não trabalhava, fiquei completamente transtornado, fui à escola, fui ao Conselho Tutelar, fui ao Departamento de Polícia Civil, dei meus filhos como desaparecidos; fui ao Juizado da Infância e Juventude, até que consegui localizar meus filhos em uma creche, em outra cidade próxima de minha casa.

Mas ai me esbarrei na Lei das Mulheres, não pude tirar meus filhos da creche nem com polícia, sabendo que estava no meu direito, pois até que não se resolva na justiça, nem eu e nem ela tínhamos a guarda das crianças.

Fiz de tudo para proteger meus filhos, apesar das buscas, das tristezas, do sofrimento, da saudade. Localizei a mãe e tentamos uma negociação. Neste momento já sabia por ela que Talita, a mais velha, jamais iria ver, pois para ela naquele exato momento, eu não era mais pai. Fiquei desolado, mas tinha ainda os dois menores para proteger, ela não abriu mão, disse que só ia visitar meus filhos aos domingos, e que já estava com audiência marcada para pedir pensão e que iria
arrancar até minhas roupas.

Faz dias que não como, de tristeza, de horror desta mulher! Tive notícias que minha filha estava com muita febre, então fui até a creche para levá-la ao hospital e eles impediram, chamei a polícia, mas infelizmente esta lei das mulheres não me permitiu sair com ela. Fiquei enlouquecido e ameacei entrar na creche e pegar milha filha de dois anos para medicá-la, ai então os guardas viram que eu ia fazer um loucura. Assim, pegaram minha filha e me deram ordem de prisão, eu disse a eles que primeiro iria socorrer minha filha, depois poderiam me prender, me matar, fazer o que quisessem comigo.

Levei minha filha para o hospital, ela estava com 39 graus de febre. Após ser medicada, fui embora, mas às 17:00 horas seria a saída da creche e meu filho ainda estava la. Fiquei desolado. Minha mãe já não aguentava mais, ela é idosa e me pediu "meu filho, deixe ele lá, pois a mãe vai pegá-lo. O máximo que pode acontecer é eles te ligarem se ela não buscar".

Entrei em casa, esperei minha mãe entrar e corri para uma vizinha. Pedi a ela que ligasse para saber notícias de meu filho. Ela então ligou para o celular da mãe deles e ela havia saído mais cedo do serviço e pegado ele. Disse que estava indo para casa e que precisava falar comigo. Achei que iríamos chegar a um consenso, até a data do julgamento. Quando estava fazendo comida para minha filha, ela chegou com duas viaturas da Polícia Militar e os policiais com as armas apontadas para mim.
 
Queriam entrar em minha casa, pois eu havia retirado a filha sem liicença. Disse a eles que na minha casa polícia nenhuma entraria sem ordem judicial, mas entregaria minha filha à "tal" que se diz mãe. Não por ela, mas por eles, pois também já estava desesperado e já havia tomado a descisão de entregar os meninos para ela e colocar nas mãos de Deus, pois Ele sim olharia meus três filhos.
Infelizmente tive que entregar minha filha para ela, em prantos de choro e revolta, não só meus, mas de toda minha família, de todos os vizinhos que estavam do meu lado, pois sabem o homem que sou, o pai que sou, o marido que fui para ela.

E agora mulheres, será que esta lei não tem que ser revista? Aqui fica um apelo de um pai de alma feminina, lutando pelo bem estar de três crianças, mas sem nenhum raspaldo da justiça brasileira .

A mulher deu a luz, é protegida por lei, mas todos esquecem que, quem deveria ser protegido, não é a mulher, mas sim os filhos. Me ajudem, pelo amor de Deus. Nunca quis afastar os meninos da mãe, pois ela pode ser o que for, mas é mãe e deixo claro que acredito nunca ter sido traído por ela, acho que ela sempre me respeitou, mas infelizmente, para criar um filho, nunca teve juízo.

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