Pois é Miss, há muito tempo eu também passei por um período assim, sofri uma perda irreparável, foi um ano que não vi o sol brilhar, nada fazia sentido, eu só pensava que nunca mais sairia do cinza, me sentia enganada pela vida, só quem passa por isso sabe como é.

Mas sempre tem alguém que nos estende a mão e particularmente sempre me lembro da oração “pegadas na areia” quando volto à lembrança desse período e assim vejo que fui carregada de alguma forma pelas pessoas que me ajudaram.

Tinha uma pessoa, hoje uma grande amiga, uma senhora que é médium e foi quem fez questão de me mostrar que havia luz fora do mundo que eu estava vivendo, foi ela que me presenteou com o primeiro livro kardecista, me levava aos cultos e tive o meu primeiro contato com uma reunião mediúnica, confesso que as primeiras vezes fiquei receosa, sempre ouvi comentários de quem não conhece e sabe que uma casa espírita séria ajuda e muito a todos que precisam, muitas vezes não por maledicência, mas por falta de conhecimento mesmo.

Os cultos eram tão simples, tão desprovidos de rituais, o estudo tão edificante, que o ambiente foi me fazendo muito bem e eu ficava ansiosa por está ali.

Foi a partir daí, ao poucos, com o companheirismo das reuniões e os ensinamentos que fui vencendo o medo de voltar à vida normal.

repasso o texto que uma amiga compartilhou...

Poucas vezes li um texto tão inspirados como esse, nem a maioria dos textos espíritas tiveram a beleza de se fazer "explicar" como este...

Vale a pena ler...

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês. O primeiro pergunta ao outro:

- Você acredita na vida após o nascimento?

- Certamente que sim. Algo tem de haver após o nascimento! Talvez estejamos aqui, principalmente, porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.

- Bobagem, não há vida após o nascimento. E como verdadeiramente seria essa vida, se ela existisse?

- Eu não sei exatamente, mas por certo haverá mais luz e espaço lá, do que aqui...Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comamos com a boca.

- Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: a vida, após o nascimento, está excluída – o cordão umbilical é muito curto!

- Na verdade, certamente, há algo depois do nascimento. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui...

- Mas ninguém nunca voltou de lá, para falar sobre isso. O parto apenas encerra a vida. E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.

- Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a Mamãe e ela cuidará de nós.

- Mamãe? Você acredita na Mamãe? E onde ela supostamente está?

- Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e, através dela, nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria!

- Eu não acredito. Eu nunca vi nenhuma Mamãe. Por isso, é claro, que não existe Mamãe nenhuma!

- Bem, mas às vezes quando estamos em silêncio, podemos ouvi-la cantando; ou sentir quando ela afaga nosso mundo... Saiba: eu penso que só depois de nascidos nossa vida será mais “real”, pois ela tomará nova dimensão. Porque aqui, aonde estamos agora, apenas estamos nos preparando para essa outra vida...

Autor: Desconhecido