Iani,

Muito bom o texto, eu não tinha lido.

Na verdade eu não sou muito apegado ao passado, mas algumas questões acompanham o tempo e nos faz refletir sobre o que podemos fazer no exato momento para mudar uma atitude anterior.

Já teve a sensação de não ter gostado de alguém no passado e isso mudou? E a sua reflexão sobre a questão deixa claro que as circunstancia eram desfavoráveis pela sua falta de vontade enxergar aquela pessoa de forma diferente?

Ana,

“eu exagero, me cobro demais... e talvez por me cobrar demais acabo tendo o resultado inverso do que desejo,,,”

Eu sei bem o que é isso, até a minha arrogância é uma forma de me proteger das minhas próprias criticas e isso machuca, ainda pior quando nascemos machos e chorar não faz parte do cardápio.

Eu não sou nenhum paladino que busco a perfeição no outro, mas confesso que já fiz parte da liga da justiça, já fui implacável com muitas coisas que não achava correto e paguei um preço alto, a vida não leva a sério a quem se leva muito a sério, e demoramos a aprender, não me refiro a idade cronológica, mas a vivencia.

Ana eu precisei sair, outro país, ficar um tempo fora, sentir falta, ficar sozinho, para aprender a minha importância e as chances desperdiçadas na vida, amorosas, amizades, profissionais, e todo o meu questionamento me levou a uma certeza, o que nos mata orgulho e o egoísmo, se abaixássemos a guarda, o que não é fácil, diminuiríamos muito as catarses emocionais.

Estou parecendo um velho nos últimos dias de vida. hehehehe...... logo eu que ainda sou um neném.

Iani

pelo visto vc venceu a si mesma, maturidade vale ouro, eu ainda tenho um longo caminho pela frente, sou feroz na briga comigo mesmo e sei que a jornada é no mínimo desgastante.

O seu posicionamento diante das criticas é o correto e não menos difícil. Criticar, salvo as poucas vezes que fazemos por pilhéria, é desafiar a quem nos incomoda de alguma forma, alguém que tenha acertado as nossas deficiências ou não chamariam criticas.

Kvet,

“E fico me perguntando: sou eu ou os outros que estão na contramão.”

Eu já passei por muitos questionamentos e cheguei a algumas conclusões, então se me permite as dividirei com vc.

Quantas vidas precisaremos para entender que não importa a direta ou a esquerda, e contramão é somente um ponto de vista? Somos responsáveis por aquilo que fazemos, o que nos faz inteiro, as nossas crenças e as nossas convicções e o equilibrio na convivência com os outros apesar das diferenças, egoisticamente falando, para nossa paz de espírito.

Eu falei acima que já fiz parte da liga da justiça, até perceber que eu era tão abjeto como todos que se desviavam da minha maneira CORRETA de ver a vida.

Vamos falar de caráter, o que é o caráter? Uma forma de cobrar das pessoas o que não se justifica em mim? O contrário de mentir, trapacear, esconder, maltratar, pilheriar? Então informo que todos nós somos sem caráter, porque não existe uma pessoa que não tenha incorrido nas faltas que não são condizentes a definição de um bom caráter.

Kvet brigar as batalhas que não são nossas, é querer preencher as nossas vidas com as ações dos outros, e esquecer que também somos alunos tão atrasados como qualquer ser humano, ou não estaríamos nessa condição de infelicidade mesmo que momentânea.

Desiludir é preciso para não cairmos na inércia, o que aparentemente é ruim, também nos move e nos mostra deficiências que teimamos em não enxergar em nós e são muitas.

Talvez essa tristeza seja o velho sofrimento do imediatismo, o inconsciente desejo pelas realizações que ainda não vieram, mas elas sempre vêem, enquanto isso temos que ir vivendo e aproveitando o presente momento, e para isso é preciso nos dar prazer, prazer puro e simplesmente, alimentar a nossa mente.