Eu acho essa questão de igualdade bem complexa de definir. Quem é contra as cotas, diz que isso discrimina os brancos da classe média, por exemplo. Diz que tanto negros quanto brancos deveriam continuar tendo as mesmas chances no vestibular, por exemplo. Só que essa opinião desconsidera toda a bagagem histórica de mazelas a que uma das etnias foi sumetida por séculos a fio.

Aí a igualdade se entorta, porque pensem bem: eu crio uma seleção para os que cruzem mais rápido um rio de 50m de leito e coloco para concorrer um bêbado contumaz como eu, uma vaca, um elefante e um jacaré. Teoricamente, as condições para todos eles são idênticas, não é verdade? Mas fica meio óbvio que os jacarés vão conquistar 99,9% das vagas.

Sei lá. Vamos aguardar a manifestação do Pretório Excelso, donde virão mais uma porção de votos poéticos, como vimos no caso dos fetos sem cérebro.

Beijo nos seus corações miguxos! S2!

Eu também não tenho acompanhado a questão, mas certa vez conversando sobre isso em sala de aula da Universidade observamos que não tinha um negro no montante de quase 50 alunos, realmente existe uma deficiência a ser avaliada, não sei se é o caso de cotas, sinceramente não sei, pois creio que as cotas também não atinjam a todos que devem ser beneficiados, o que acaba mascarando de certa forma o problema.

Eu acredito em políticas que pelo menos a Universidade Federal daqui faz, quando dá ingresso a alunos de baixa renda, comprovada inclusive por assistentes sociais e outros, a partir dos 7 anos de idade. O ensino é de primeira qualidade, atividades diversas, merenda escolar digna, a carga horária maior do que o normal, se não estou enganada das 07hs da manhã ás 17hs.

Este mesmo aluno faz da 1° série até o colegial, sendo preparados para os vestibulares mais concorridos, mesmo assim logo após o terceiro colegial existe o ingresso automático em cursos federais. São chamadas de Escolas Modelos e se situam no campus da Universidade, portanto os baixinhos vivem em contato com o ambiente acadêmico o que não deixa de ser um estimulo. Vou até confirmar com uma pessoa que conheço se ainda segue esse roteiro que citei, pois o filho dela conseguiu ingressar nessa instituição recentemente.

Também não sei se é uma pratica somente da UFMG, talvez seja um processo comum em todas as Universidades Federais.

Bom, isso sim é uma das alternativas válidas, pois a base é para toda a vida.