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Policial É Despida à Força Em Investigação
ter, 22/02/2011 - 14:06
#2
Austra,
Polidez ou a falta dela não são requisitos da verdade.
Como sei que tens mais de dois neurônios, aguardei pacientemente vc encontrar a verdade.
ter, 22/02/2011 - 14:16
#3
Bom. Eu não tornei a ver o vídeo, e não tornarei. Me deu náusea assistir uma vez, não tenho por quê fazer isto comigo de novo.
A questão é a seguinte: não faz diferença se ela é culpada ou inocente. O procedimento adotado pelos policiais fere a legislação processual penal, a Constituição e o mais básico princípio de respeito à dignidade humana.
Não há como justificar, de forma alguma, legal ou moralmente, a ação dos policiais neste caso.
Não havia risco de a prova se deteriorar e perder sua qualidade como tal. A demora na realização da diligência foi causada pelos próprios policiais, que foram negligentes, tanto ao não levarem policiais femininas aptas a conduzirem a revista, quando ao ficarem tentando convencer a escrivã a tirar a roupa na frente deles por 50 minutos, tempo que poderiam ter aproveitado para chamar 40 policiais femininas para efetuar a revista.
Mas eu debato também até que ponto o Estado deve aceitar ter em suas forças de segurança, psicopatas capazes de cometer uma brutalidade como esta, e sequer se abalarem.
ter, 22/02/2011 - 14:25
#4
Quote:
Só me emputece saber que o flagrante (que me parece claro, a despeito do abuso) pode ser desconsiderado e a situação revertida a favor da acusada.
Austra,
e acho que foram os próprios policiais que deram causa a isso, deixando de representar devidamente o Estado.
ter, 22/02/2011 - 15:16
#5
Aproveitanto o que Austra disse e o Caronte.
Se houvesse a possibilidade da prova se perder (coisa que no caso não havia), seria justo constrager uma mulher as expor \"suas intimidades\" no meio de tantos homens? Lembrando que há sempre a chance de não existir prova nenhuma? O direito do estado obter prova é superior a intimidade individual?
ter, 22/02/2011 - 15:21
#6
No caso de haver o risco de a prova se perder, eu ainda pensaria se a atitude seria correta, porque a perda da prova poderia ser decorrente da negligência dos policiais em trazerem as policiais femininas para efetuarem a revista. Mas estaria, possivelmente, ao abrigo da ressalva que o art. 249 do CPP faz.
qua, 12/10/2011 - 12:48
#7
Devo ter assistido o vídeo errado...ou este é um caso clássico de ilusionismo coletivo. O que vi :
1- A policial não foi despida, teve as calças arriadas para acesso as provas
2- Outra policial militar feminina acompanhou e auxiliou na ação (garantindo em princípio os direitos da suspeita)
3- Por várias vezes foi indagado a suspeita "Onde está o dinheiro?" e oportunizado a ela ser poupada da revista.
4- A ação foi filmada justamente para evitar que as provas fossem questionadas (caso não o fosse...coitada da Cida, pois levaria no mínimo um PA de "cúmplice da corrupta").
Repararam como os protestos da suspeita(antes quase histéricos) para a não exibição da sua "periquita" e violação dos seus "direitos", diminuiram e se tornaram um murmúrio débil ( -Foi a Cida que pôs aí..) consideravelmente após a retirada do dinheiro/prova ??
O que me constrange e choca é que por míseros R$200,00 essa aí vai em cana...mas o homem dos MILHARES de dólares e reais na cueca nem processado é. E a deputada Jackie Roriz é capaz de processar cada veículo de comunicação pra receber "direitos de imagem" por sua exposição em cadeia nacional.
Como já disse um ilustre ( GV?) : Aos amigos, TUDO. Aos inimigos, "A LEI".
Segue o link :
http://www.youtube.com/watch?v=-rE0EqfquwI
qua, 12/10/2011 - 13:01
#8
Concordo com o Júpiter
Bem, gostaria de dar minha opinião final sobre o caso. Assistindo novamente o vídeo, fiquei com a clara impressão que o dinheiro de fato foi tirado do interior da calça/calcinha da acusada, após estas terem sido tiradas à força. Quem quiser observar o minuto final, na parte esquerda do vídeo, acho que poderá concluir isso tb. Mas é preciso assistir atentamente umas quatro vezes pra perceber bem como ocorre a situação.
Acredito que a insistência anormal para a revista forçada revela a certeza que os agentes tinham que o dinheiro estava com a acusada. Eles queriam o flagrante a qualquer preço. Por quê? Não sei.
O objetivo foi alcançado de uma maneira obviamente torta. Houve abuso? Sim. Os agentes envolvidos merecem punição? Sim.
Só me emputece saber que o flagrante (que me parece claro, a despeito do abuso) pode ser desconsiderado e a situação revertida a favor da acusada. Nesse caso específico, e acho que por alguma razão desconhecida, os agentes pecaram por excesso.
Acho que tb devo dizer que minha manifestação se deu como cidadão cansado da corrupção. Olhando a partir da lei e do direito, concordo prontamente com o Caronte e Júpiter e até com o Felomenal, por exemplo. Em momento algum quis questionar princípios inquestionáveis do direito, como a presunção de inocência, in dubio pro reo, etc.