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Para refletir
Aqui no RS está tramitando o PL 126 que quer instituir o dia 08 de outubro como dia Estadual do Nascituro e a Semana Estadual de Defesa e Promoção da Vida.
Lógico que é uma manobra pra aprovação, em nível nacional, do PL 489/2007... Aquele que propõe o Estatuto do Nascituro.
E vcs devem saber, também, que o Estatuto do Nascituro pretende, digamos assim, legalizar a violência sexual. Porque nem mesmo o aborto nos casos de estupro estarão sujeito a realização. Pelo Estatuto, vai ficar instituído que deve haver um pagamento auxílio para a mulher que sofreu a violência até que o nascido complete 18 anos. Detalhe: a bolsa deve ser paga pelo agressor. Sim, neste caso, se vc foi estuprada, terá de conviver com seu estuprador por toda a vida porque, além dele ter a obrigação de pagar a dita indenização, ele terá de assumir a paternidade.
Em caso da impossibilidade do estuprador pagar, o Estado o faz.
Fora todos os pontos muito do controversos nesse PL, eu fico pensando o seguinte: se nem a ciência foi capaz de dizer quando começa a vida, o legislador será?
Não quero opiniões masculinas (mas quem quiser, que fale), não sou feminista, só quero saber o que vcs, mulheres, pensam disso. Porque eu me sinto desrespeitada. Falam em direitos de personalidade do nascituro (um óvulo, no caso), mas eu não vejo ninguém se posicionar a favor da mulher. A mesma balela de sempre, apesar de ser estuprada, ela vira o algoz nesta situação.
E, para fins de esclarecimento, o autor do PL 126 (o que institui o dia estadual do nascituro no RS) é uma deputada, chama Silvana Covatti.
É, também acho que deveríamos saber os motivos que levaram a senhora deputada a propor uma lei nesses termos.
E também penso que no fundo, no fundo, tudo isso é uma fuga para evitar a discussão séria e profunda que mais cedo ou mais tarde se fará necessária: o aborto.
Acho que dentro de pouco tempo, a postura social deverá mudar, nem seja em considerar o tema para uma discussão da forma mais séria possível.
O aborto está cada vez exposto no nosso dia-a-dia, "se esfregando na nossa cara", seja nos dados da saúde pública que consideram mortes maternas por aborto, ou quando a gente sempre conhece alguém que sabe de alguém que fez...
Mais dia, menos dia, não teremos mais como ignorar!
Bom p/ pensar..
Absurdo.
Vc disse que não queria opiniões masculinas, então não precisa ler a minha. Escrevo para quem quiser ler.
Na minha opinião, cada povo tem o legislador que merece. Ainda mais numa democracia. Essas pessoas que propõem esses projetos de lei mirabolantes e cheios de solução mágicas e criativas para questões tão sérias estão lá fazendo isso porque foram VOTADAS.
Então cabe a reflexão: por que se continua votando em quem propõe coisas desse tipo?
Os eleitores dessas pessoas estão o dia todo nas merdas de Facebook e Instagram postando fotinhos tomando champa na beira da piscina e repassando frases de efeito normalmente atribuídas ao Arnaldo Jabor, Martha Medeiros e Luís Fernando Veríssimo.
Ocupados demais com o lixo narcisista virtual da nossa sociedade doente por exibição para se preocuparem em fiscalizar os atos dequeles a quem confiaram o seu voto. Aí dá nisso. Daqui a pouco o projeto vira lei e vai começar a gritaria, só que aí já será tarde.
E não deixa de ser um tanto irônico que esse tipo de projeto venha de uma parlamentar mulher.
Fica a dúvida: se a estuprada fosse ela, se submeteria a essas soluções mágicas e criativas que ela mesma elencou no projeto que apresentou? Do tipo "receber por 18 anos pensão do cara que a estuprou, violentou, agrediu e a engravidou"? Ter que ligar para o cara que a violentou 5 anos atrás para lembrá-lo que já é dia 15 do mês e ele ainda não depositou a pensão do filho menor dos dois, fruto de um estupro, cuja data de depósito é até o dia 10 do mês?
Seria bom que os eleitores dela a questionassem sobre isso. Se não querem sair de casa, tudo bem, poderiam fazer por e-mail, entupindo a caixa postal parlamentar dela, até que ela se obrigasse a vir a público esclarecer. Mas não farão isso, pois estão todos ocupados demais postando mensagens edificantes do Dalai Lama ou do Jabor no Instagram, com fotos na frente do espelho esperando a cambada de puxa-sacos aparecer para "curtir" a foto e postar besteiras elogiosas para alimentar o ego e aparecer para os outros.
Então volto ao início: nós merecemos isso. Merecemos coisas desse tipo, ou coisas como o projeto da cura gay ou outras desse gênero. Merecemos todo o lixo que essa cambada produz e joga sobre nós.
Somos cada dia mais o país do carnaval e, PIOR AINDA, nós NOS ORGULHAMOS DISSO. Então temos mais é que aguentar mesmo.
Minha opinhiãumn né
Jup...devia falar a sério mais vezes...
é bem por aí , miguxo...
na hora de eleição as pessoas votam em qualquer um, no primo do genro do cunhado que é candidato...sem se perguntar quem é esta pessoa e o que ela realmente está determinada a fazer. E pior: não ficam atentos DEPOIS que votam.
Ok, sem stress miguxa, kkkkkkkkkkkk
Eu acho um absurdo, uma violência legitimando outra violência... Bolsa paga pelo agressor? Como assim? E num caso como aconteceu aqui no RJ, em que uma turista foi estuprada dentro de uma van durante 6 horas seguidas por três homens? Iriam submeter a jovem a fazer DNA pra saber qual deles seria o pai, relembrá-la daqueles momentos terríveis e só aí então depois de todo esse calvário, fazê-lo pagar? E fora que um homem que estuprou uma mulher, será que teria condições psicológicas de educar uma criança, ensiná-la a respeitar as pessoas, não cometer crimes, nem sexuais ou de qualquer tipo? Questionável, na minha opinião.
E mais: o protocolo de atendimento do Ministério da Saúde às vítimas de estupro na rede pública, que prevê a administração de coquetel anti-HIV e a "pílula do dia seguinte", para resguardar a mulher de uma gravidez indesejada.... O que vão fazer com isso?
Não conheço a deputada, mas pode ser que ela tenha motivos religiosos que influenciam a questão, e como volta e meia a gente fica sabendo de um ou outro projeto que não foi aprovado, porque os deputados em questão consideraram mais o que pregam seus credos e baseados neles, rejeitam um ou outro projeto de lei, talvez seja o caso dessa senhora.
Pergunto: em vez de propor que o contribuinte pague 18 anos pela educação de uma criança, a castração química dos estupradores não sairia mais barata e eficiente pra evitar uma reincidência neste crime?