Para mim, em algumas áreas da vida, tudo que é enfático é absurdamente anormal, quando assumo um compromisso com alguém não estou doando a minha vida, estou doando parte dela, o restante me pertence integralmente; importante para que eu me conheça e reconheça se a parceira é de fato quem deve estar ao meu lado; se na individualidade das minhas senhas, contas, etc, outras pessoas me chamam atenção, a parceria não está 100%. Na individualidade eu me descubro.

Uma coisa é fornecer a senha, digamos, compulsoriamente. Outra, completamente diferente, é fornecer por questões de conveniência.

O fato do parceiro ter a sua senha não quer dizer que irá fuçar todos os seus e-mails.

Resumo da ópera: eu acho que fornecer ou não a senha depende da postura do parceiro. Se pedir, questiono o porque. Se a resposta for sensata e o camarada tranquilo, bem resolvido e maduro, daria sem o menor problema. Se o pedido não tiver um bom fundamento e o cidadão for do tipo que vê cabelo em ovo, é controlador e possessivo, eu não daria, para evitar maiores problemas.

Em 80% dos casos, não é isso que acontece. Eu já dividi senha com meu ex namorado, e vira e mexe eu entrava lá no e-mail dele pra catar alguma coisinha. Vcs sabem como é mulher... No final das contas virei escrava da situação, toda hora dando uma olhadinha, sabia de tudo que ele conversava com os amigos dele e vice-versa. Total falta de privacidade.

Hoje eu me recuso a até falar no assunto, simplesmente é algo fora de cogitação eu ceder minhas senhas ou ter as dele. Porque eu sei muito bem que pra virar uma bagunça total é preciso muito pouco. Quando estamos no controle assim, quando sabemos de tudo (ou pensamos saber), qualquer coisinha diferente que aconteça já vai ser questionada , e já vem as brigas... Eu não, desse mal já me livrei.