Assexuados - a minoria incompreendida do momento

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diogenesocinico
No PF desde: 25/02/2011

Credo, Austra! Que malcriadice!


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Nix
No PF desde: 18/01/2012

Ré confessa, adoro fazer amor.

Triste são as pessoas que consideram sexo como algo vulgar e unicamente para satisfação carnal.

Triste são pessoas que são dominadas pelo tesão, que na menor excitação transa com qualquer coisa que se mexa. Só pensam no orgasmo e acham que isso é a única coisa que obtêm no sexo, para estes é melhor pagar uma prostituta.

Fazer amor transcende a fisiologia, para mim é uma das maneiras de expressar o carinho profundo que sinto pelo meu namorado.

:)


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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

"Fazer amor" é tão meigo :)


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Melliss@
No PF desde: 28/04/2011

Quote:
Se alguém vem com conversa sobre namoro, deixo claro: não me interessa"


?????????

Fica evidente a indefinição do gostar independente da falta de desejo.

Por isso que há estudos e nenhum (que eu saiba) chega a uma definição concreta.

Se existe sentimento, o desejo é apenas um complemento, se realmente não existe sentimento genuíno o desejo é um fator primordial, como um preenchimento de lacuna, por isso a tão grande expectativa pela “química” entre duas pessoas e talvez a grande cobrança pela falta de desejo.

O resumo talvez possa ser bem esse: O sentimento (casal) se resume na interação sexual perfeita ou mesmo imperfeita, mas nunca a total falta dela?


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Miss Audrey
No PF desde: 04/02/2011

Quote:
Somos incapazes de entender como o outro não gosta das mesmas coisas que nós


Concordo contigo também Kátia, tudo que foge dos nossos interesses e preferências parece ser estranho e custamos em alguns momentos em compreender ou mesmo aceitar. Eu admiro quem se assume assexuado e é feliz assim, do que ter que seguir um padrão imposto pela sociedade,

vivendo uma vida morna e sem graça.


Um exemplo: tenho uma amiga que se separou e encontrou sua felicidade e satisfação através da prática de meditação.


Hoje ela peregrina pelo mundo afora, juntamente com um companheiro inglês que também se desapegou do sexo.


A medida que eles foram se autoconhecendo, perderam o interesse pelo contato carnal, sem sofrimento algum, um processo natural.


Mas há casos também (como dito na reportagem) de pessoas que não conseguem mais encarar o sexo, devido os traumas vividos, e muitas o sofrimento é algo bem perceptível, acho que fugir do problema não seria a solução, mas sim aprender a lidar com ele e trabalhar os sentimentos para assim viver melhor (creio até que um grupo como o citado acima poderia ajudar, se assim disponibilizasse recursos).


Outro exemplo: conheci uma jovem senhora há alguns meses atrás, ela me disse que optou viver sozinha e sem ter mais nenhum tipo de contato sexual, ela na juventude foi estuprada pelo cunhado na véspera do casamento dele e acabou engravidando.


O desespero e por pena da irmã acabou se calando, pra evitar problemas com a família dos dois, ele a ameaçou também.


Assim que a família soube que ela estava grávida, expulsou-a de casa (não se tinha "conhecimento" sobre a paternidade) e ela teve que criar o filho sozinha, e durante anos conviveu com mágoas e muita revolta, que a consumiram de tal forma e hoje ela luta pra se curar de um câncer (já está bem melhor).


Fiquei chocada com a história dela, mas muito contente por ela estar se recuperando, através do apoio psico-emocional e espiritual que vem recebendo e do carinho do filho e dos amigos.


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diogenesocinico
No PF desde: 25/02/2011

O que aconteceu ao estupor nojento do cunhado da coitada?


De resto, Miss Audrey, parabéns por falar de um tópico tão interessante!


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Miss Audrey
No PF desde: 04/02/2011

Quote:
O que aconteceu ao estupor nojento do cunhado da coitada?


Nada Dio, foi há muito tempo atrás, numa época que a mulher levaria ainda toda a culpa pela mostruosidade...argh!


Quote:
De resto, Miss Audrey, parabéns por falar de um tópico tão interessante!


Valeu querido Dio, e viu, vê se não some tá! Ah, tem recados pra ti lá no confessionário....


:-)


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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

Quote:
Um exemplo: tenho uma amiga que se separou e encontrou sua felicidade e satisfação através da prática de meditação.

.

Hoje ela peregrina pelo mundo afora, juntamente com um companheiro inglês que também se desapegou do sexo.


Diria que o casal aí tem uma relação erótica com o divino :)


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Australopithecus
No PF desde: 10/02/2010

Sério, ninguém precisa de dorgas. Basta saber respirar.


Sentir o transcendental se insinuando narinas adentro!


É o verdadeiro êxtase!


:)


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Melliss@
No PF desde: 28/04/2011

Quote:
É, triste dos ceresumanos que só compreendem "tesão" relacionado com falos e conas


Interessante...

Lembro-me de ter visto uma reportagem de Waris Dirie (Modelo que sofreu a mutilação vaginal) ela relatava que com a tragédia encontrou outros meios de sentir prazer intenso que certamente é encoberto pela não compreensão da dimensão dos nossos sentidos e do nosso corpo.

Então o que foi levantado acima é relevante, inclusive desconsiderar algumas partes do corpo do parceiro (pescoço, seios, peitos masculino, pernas, costas, etc) na hora do sexo por achar que no usual que se chega ao prazer, e talvez seja no contrário que está à resposta para o clímax.

Inclusive em uma conversa com o meu médico certa vez ele me explicou um ponto erógeno no homem que para mim e outras mulheres que conheço era novidade. (não tem nada a ver com....).

Isso sem falar no envolvimento mental, na fala, no contexto, etc.