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Artistas bancados com o dinheiro público
Tempos atrás o músico Paraibano Francisco César Gonçalves, vulgo Chico César causou muita polêmica por suas idéias e declarações.
Atualmente ele ocupa o cargo de secretário de cultura do estado da Paraíba e causou muita polêmica ao não apoiar a liberação de recursos do governo do estado para apresentação em eventos culturais para bandas de \"forró de plástico\".
Segundo ele é necessário apoiar em eventos voltados para a valorização da cultura nordestina bancados com recursos públicos, os artistas de raiz, que tenham o mínimo de comprometimento com a cultura nordestina, que se preocupem em manter as tradições.
Para ele é inconcebível uma banda como \"Aviões (teco-teco) do forró\", \"calcinha preta (suja)\" e outras da mesma linhagem tirar o lugar de artistas que mantém viva a cultura nordestina como Zabé da Loca e seu Pífano (ou pífaro ou simplesmente pife).
Para ele, quem quer ver \"forró de plástico\", que pague em particular, pois o governo através da secretaria de cultura não tem obrigação de difundir algo que \"não é cultural\".
Eu sou um grande admirador do trabalho do Chico, também aprecio muito suas canções, elas com certeza fazem parte do meu repertório para ouvir e até mesmo dedilhar no violão em momentos de descontração.
Acho bastante interessante a posição dele de proteger o patrimônio cultural que caracteriza a cultura nordestina e concordo plenamente. É realmente necessário que o poder publico “proteja” os artistas de raiz, que têm tão pouco espaço na mídia. Senão daqui a pouco a juventude por total desconhecimento e desapego às raízes culturais vai vaiar a Dona Zabé e aclamar a “banda” Mala Sem Alça (literalmente, ou seria contêiner?).
Ontem assistindo a uma matéria do Fantástico percebi um outro tipo de indignação a um tipo de “música” que pouco acrescenta culturalmente falando. A Deputada Baiana do Partido dos Trabalhadores (PT) Luisa Maria, propõe que o poder público não contrate “artistas” que cujas letras de suas músicas estimulem a violência conta a mulher, com “danças” de forte apelo sexual, por entender que a mensagem passada para o público desvaloriza e ofende às mulheres.
Acompanhei satisfeito, pois partilho da mesma opinião. Acredito que já está na hora de alguém com um pouco de lucidez abra os olhos para esse tipo de violência verbal. :)
Chega de bancar com recursos públicos e encher os bolsos desses “desculturadores” que só cantam m3rd4 e estimulam o que não presta!:angry:
Obs: O que será que a Deputada acha do Léo Santana (argh!)?:laugh:
Concordo com a Lunaticazinha
Ótimo texto, Shaggy.
Como boa e pura nordestina, gosto sim do meu forró. Mas não do \"forró de plástico\" tipo Aviões, Mala sem Alça, Ferro na Boneca (sim, existe)... Gosto do bom e autêntico forró e saibam: forró autêntico ainda existe no Nordeste, sim. Mas a grande maioria das \"músicas\" daqui falam em \"rapariga\" (que não é moça), cabaré, insinua que todas as mulheres são interesseiras e que os caras devem comprar carrões sem quiserem tê-las, bebidas... Enfim, um verdadeiro LIXO! Aqui onde moro, no Rio Grande do Norte, o forró de raiz, que fala da terra, dos costumes, da delicadeza e pureza que tem uma mulher, isso aqui não tem vez. Esse tipo de artista aqui canta por prazer, pois não tem incentivo para seguir carreira. Eu culpo as pessoas por isso... Existem mulheres que pagam caro para entrar em um show de banda tal para ser chamada de galinha, rapariga, vagaba, interesseira.. e Caras que pagam caro tbm nestes shows para serem chamados de gays, lisos, otários, bêbado e etc.
Enquanto isso, do outro lado da cidade um poeta nordestino faz um show pequeno, com esforços, cobrando um valor irrisório afim de ter seu espaço no mundo da música. Por isso, sou totalmente contra o uso de dinheiro público para tais contratações. O dinheiro público deve servir para impulsionar a carreira dos verdadeiros artistas da terra, isso sim.
Eai Shaggy,
Botei fé no teu texto! :)
Tem sentido! ;)
Assino embaixo, Shaggy.
Enão só no Nordeste, mas por todo o país há artistas talentosíssimos, com veradeiro conteúdo cultural, sendo relegados a um submundo e sem apoio de nenhuma espécie. Enquanto isso, pseudo-artistas parasitários ganham rios de dinheiro ára espalhar mediocridade na mídia.
E também acho o cúmulo do absurdo que artistas já consagrados se beneficiem da Lei Rouanet e obtenham dinheiro público para projetos de alcance restrito, como é o caso de Maria Bethânia e seu blog de poemas.
Pena que a população em geral faz pouco ou nada para manifestar-se contra esse tipo de abuso.
Pra cada atitude dos \"Chico Cesar\'s\" em prol da correção, há 10 das \"Ana´s de Hollanda\" no sentido contrário. O site da Maria Bethânia é uma indecência... R$ 1 milhão pra ir ao ar e R$ 150mil mensais pro mantenedor. Tudo com financiamento by MEC.
Eu acho que se nossos governantes seguirem seus corações, não há problema em os cofres públicos patrocinarem, eventualmente, grupelhos tais como \"calcinha preta\" ou aqueles que cantam \"só as cachorras tunt tunt tunt!!!\" e por aí vai. Até um \"Rodeio de Gordas\", de repente, é patrocinável, desde que o coração mande, pois o amor vence tudo e todos, até a intolerância em relação às maiorias! ;)
É isso aí, Shaggy.
Já que você curte o Cordel, sugiro que conhça o trabalho do artista Nando Cordel, irá gostar.
Beijo.
conheça*
Eu apoio incondicionalmente que não se use dinheiro público pra patrocinar e difundir vulgaridade.
Que se use sim ...em músicas que tenha relevância lúdica e cultural.