Essa é uma coisa que me deixa muito triste e muito p da vida. Sabe, eu nunca liguei pra isso, aí terminei uma vez com um cara e ele do nada: \"é porque eu sou pobre?\" Outra vez, o cara falou que \"éramos de níveis sociais diferentes e não daria certo\", sendo que nunca comentei nada com ele, tanto que ele descobriu por outros quem era minha família. Mas aí descartei, fiquei bem chateada. E outro terminou porque disse que \"nunca me daria o nível de vida que eu queria\" (? que nível? nunca falei nada) e \"eu não gosto de pobre\". Fala sério... essas coisas me deixam com raiva até hoje. As pessoas te julgam pelo que tem e não pelo que é.

Por isso agora quero pessoas com um nível social parecido com o meu. A terapeuta de uma amiga minha falou pra ela que o indicado é isso, níveis sociais parecidos, realmente só me estressei e me magoei.

Dame Laurier, posso lhe contar uma historia real?

Há muitas e muitas décadas atrás, a Auri era filha de um latifundiário do Pará e era apaixonada (e correspondida) por um dos peões, o Onésimo. Um dia ele tomou coragem e foi pedir a Auri em namoro pro pai dela. Ele nem levou a sério. Então o Onésimo perguntou qual o motivo. A diferença social e de não poder dar à filha as condições que ela merecia.

-É só esse o motivo?

-Sim

-Então quer dizer que se eu tivesse um diploma de \"doutor\" eu poderia namorá-la?

-Neste caso, poderia

Onésimo não pensou duas vezes. Disse à Auri que sumiria durante algum tempo e que ela esperasse por ele. Prometeram juras de amor e ele sumiu no mundo.

Muito tempo depois ele retorna. Tinha se formado numa universidade (não me recordo qual curso que ele fez) e o pai da Auri permitiu que namorassem e, por fim, casassem.

Muito tempo se passou e eles foram morar no Rio de Janeiro, onde ela, sempre culta, se tornou secretária da educação do estado do Rio. Não me lembro qual era a profissão dele, mas o hobby era trabalhar na lavoura, mais exatamente num sítio que tinham em Magé, estado do Rio. Quem os conheceu elogiava o grande amor que um tinha pelo outro.

Como conheço esta história? Eles foram meus padrinhos. Eu costumava passar as férias no sítio que eles tinham em Magé. Infelizmente tio Onésimo faleceu quando eu era muito pequeno. Madrinha Auri era uma pessoa fantástica, adorava passar uns dias na casa dela (um triplex em Botafogo-Rio).

Hoje devem estar namorando \"no céu\" :)

Voltando, Dame, acho triste ouvir que pessoas tem que ter nível social parecido para dar certo. O importante é o AMOR, o resto é secundário.

Não deu certo de outras vezes? A fila tá andando, uma hora você acha a pessoa que vai completar você ;)

Dame Laurier

Começo perguntando se a terapeuta de sua amiga é:

Indiana(adepta do sistema de castas)?

Machista de fazer corar o Jece Valadão?

Eleitora do PP e macaca de auditório do Olavo de Carvalho?

Porque a asneira que ela disse para a sua amiga leva a uma conclusão desta natureza.

No mais, você menciona sua família, que deduzo ser de posses e conhecida por isto. Porém, na sua relação com seu ex e os demais que você conheceu, você relata dissabores devidos a algo que você atribuiu como sendo complexo de inferioridade derivado de machismo.

Porém, eu te pergunto: sua condição financeira é decorrente de seu próprio esforço ou de sua família? Mesmo que você trabalhe na empresa da família, você ganha o que ganha sem dar satisfações a ninguém? Ou tem que pedir dinheiro para fazer o que quer/gosta?

Porque se você independente financeiramente e garante para você mesma um padrão de vida classe AA, daí entendo sua frustração com os homens que conheceu. No entanto, se você depende de sua família para o seu sustento, não acho absurdo que os homens não queiram viver na aba do seu pai. E que dependendo do que você queira fazer, se convidá-los a te acompanhar, eles precisarão de seu suporte financeiro e este virá do seu pai, a situação é realmente constrangedora, e não acho que você deveria pensar mal deles.

Porém, se você aceita fazer programas mais condizentes com uma realidade financeira mais modesta, acho razoável sua frustração.

No entanto concordo com você no que tange à alegação de \"não poder te dar o que você está acostumada a ter\". Isto é machismo mesmo. Afinal, se você quer algo, é plenamente capaz de conseguir por si mesma, não precisa de um homem para te dar coisas materiais.

Porém, não se torne uma dondoca elitista que olha primeiro o sobrenome, depois o carro, a casa, a conta bancária e por fim a personalidade. Isto não leva ninguém a lugar nenhum.

Se o homem esta sem dinheiro não é por vergonha que ele não sai,é por não ter grana pra pagar a conta hahahah,agora se ela diz que paga sem problema nem um para min,vivemos em um mundo de igualdade.E vergonha é roubar e não conseguir carregar,a condição financeira de alguem,não pode o envergonhar,mais sim,lha dar forcas para lutar e conseguir seu sustento.

Eu acho que nenhum homem se sente muito confortavel em estar sem dinheiro, eu quando estou sem, fico muito mal, isto sendo mulher, meio que sem responsabilidades, pq as minhas são menores que a do meu marido...mais eu acho que atrapalha sim, a questão da auto estima, se ele arrumar uma mulher que ganha mais, e aceitar na boa, não sei, pode haver problemas, vai que ele goste e se torne um gigolo.