Estava esperando uma oportunidade de debater minha questão também...

Eu tinha um namorado que mora com outra mulher. Ele não tem filhos com ela, ela é que tem 2 filhas do 1º casamento e ele é um homem muito ocupado, escreve artigos em revistas de medicina, além dar aulas. Realmente, sua agenda é cheia, mas desde o começo ele tinha tempo de qualidade (de quantidade nunca teve mesmo) pra mim.

Disse certa vez que a mulher dele encontrou o e-mail secreto pelo qual nos comunicávamos e tentou descobrir a senha, por pura desconfiança (ele diz que ela é muito ciumenta) e o agrediu numa outra vez que nós saímos e ele chegou com o cabelo molhado.

A gente se dava muito bem, nos divertíamos muito, era tudo legal, e apesar dessa vida dupla dele, tudo parecia leve e sem consequencias.

Só que comecei a sofrer depois de 2 anos com os e-mails dele cada vez mais raros e a presença dele rara também. Ano passado, nos vimos apenas 2 vezes pessoalmente! Um absurdo!!! E eu reclamava muito, mas ele dizia que estava ocupado ou sendo enquadrado pela mulher, por isso demorava até pra mandar e-mail.

Na segunda vez que nos vimos no ano passado, ele disse que demorava na realidade porque se sentia culpado em relação à mulher dele.

Aquilo me bateu mal, tentei digerir mas não segurei, e mandei ele ficar com a casa dela, o cachorro dela, o carro dela, as filhas dela, etc. Disse tudo o que estava entalado e pra ele sumir, e acho até que foi um alívio pra ele, apesar de dizer que o que havia entre nós não era uma perda de tempo e que ele me amava, só que tinha problemas de tempo e grana, porque precisava trabalhar muito e em vários lugares para pagar as despesas.

O problema é que me senti muito mal, pela maneira como fiz a coisa, mas eu estava muito dolorida e sentindo-me desprezada por ele. Ele não voltou, faz 4 meses que eu terminei e acho que não volta, mas eu é que me sinto mal e com saudades. Sei que ele não volta, mas não estou entendendo porque, se fiz o certo e acho até que salvei o casamento dele, fiquei tão mal, até parece que eu é que sou a mais errada da história...

Desculpem o testamento, tá?