Por que as crianças francesas não possuem Déficit de Atenção?

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kvet
No PF desde: 05/06/2010

Eu acho que tudo passa por LIMITES.


Os adultos necessitam de limites, pq com seres em formação seria diferente? Pelo contrário, acho que é mais primordial ainda.


E quais seriam esses limites? Acho que o básico seria: tudo que vc faz traz consequências e esteja preparado para arcar com elas (responsabilidade) e não faça o que não gostaria de receber.

Acho que se dermos essas noções a qualquer ser humano o resto é consequência.

Mas como esperar isso de adultos que não respeitam o próximo? Furam fila, ainda acreditam que a Lei de Gerson é o que rege este país. Como esperar isso de pais que acham que podem se safar de uma multa de trânsito subornando o guarda?

Sociedades com leis morais e civis muito claras resultam em futuros adultos muito mais preparados para viverem em sociedade e consigo próprio.

Ahh, isso quer dizer que na França, por exemplo, todos são bons, honestos e conscientes de seus deveres cívicos e humanistas? Não. Isso quer dizer que quem não andar na linha sofre consequências. As mesmas consequências que queremos ensinar às nossas crianças.

Não que nos EUA a punição por infringir regras não aconteça, mas a vida lá é muito mais imediatista e talvez essa seja a explicação do que está acontecendo neste país com suas crianças. A nossa me parece ainda ser a impunidade em todos os âmbitos e a lei da vantagem a qualquer custo.


Bater resolve? Sim e não. Não há regras claras pq as crianças não são feitas em formas iguais. Em algumas crianças uma boa conversa uma única vez resolve o problema para sempre, outras não. Assim como existem adultos que são rebeldes com regras, que possuem uma maior dificuldade de se moldarem para viver em sociedade, há pequenos assim. Nenhuma conversa ajuda, testar limites de pais e educadores é seu passatempo predileto. O que fazer? Uma lobotomia? Não. Algumas vezes uma ênfase maior se faz necessária. Não sou contra ou a favor da palmada ou da conversa, Usaria, se tivesse filhos, as duas tranquilamente quando achasse necessário e nos filhos que assim precisassem.

Cada indivíduo é um universo, acho inadmissível que a forma de educar uma criança seja única. Seria admitir que meus filhos, e todas as crianças do mundo, reagem da mesma maneira a determinada ação. Isso não existe, haja visto que pessoas do mesmo meio social, com as mesmas (ou nenhuma) oportunidades respondem a isso de maneiras distintas.


D@ny
No PF desde: 16/08/2011

Onde assino, é bem assim mesmo..

penso dessa forma.


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carlita carlinha
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No PF desde: 03/12/2012

Muito legal o texto!!!!


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precisofalar
No PF desde: 28/04/2008

Amei o texto e as opiniões.... Sou plenamente a favor do limite... E como diz Içami Tiba, Quem Ama Educa!

Nota 10!


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Ro Samy
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No PF desde: 24/11/2012

Estou lendo este livro ...dr Içami Tiba é fera...


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fiorella
No PF desde: 28/03/2011

Realmente, essa cultura americana de imediatismo, de resultados, com certeza influencia muito. Mas o buraco parece ser muito mais embaixo, falta também maturidade dos pais em impor limites às crianças, e de tentar empurrar o problema para terceiros, como professores, médicos ou psicólogos. Claro que esses transtornos não são bobagem, e realmente afetam muitas crianças, mas qualquer nota baixa ou travessura é motivo de levá-la para dezenas de especialistas, quando o problema pode ser resolvido em casa, impondo mais disciplina e mais limites.


Quote:
Ah... esta merda de ACHAR lindo uma criança de 05/06/07 anos falando ingles, frances, fazendo curso disso, daquilo...


Si, é fato que é bom estimular desde cedo certas habilidades como idiomas, esportes, artes... isso desperta curiosidade sobre o mundo, e facilita o aprendizado. Mas captei tua mensagem, o problema é quando tudo isso se sobrepõe ao lazer, às brincadeiras, às fantasias. Acho insanas essas agendas absurdas às quais essas crianças são submetidas!


Esses tempos fui chamada para dar aula particular para um menino de 10 anos com a agenda mais cheia que a minha! Além da escola, ele faz aulas de inglês, de não sei qual esporte, disso, daquilo... quase que não consigo encaixar um horário, me senti uma inútil perto dele, kkkkk. O menino era um amor, super curioso, inteligente, educado. Claro que não conheço o suficiente sua família, pois é bem possível que, junto disso, os pais também deem amor, atenção... mas às vezes tenho dó, não deve sobrar tempo pra quase nada!


Isso me fez lembrar meu pai... às vezes dizia sentir-se um fracassado por não poder ter dado a mim e minhas irmãs coisas como cursos de idiomas, de esportes, viagens... ele uma vez deixou escapar isso perto de mim lhe dei um "sermão"... poxa, e o carinho, o amor, onde ficam? Nunca senti falta disso, sem contar que ele educou muito bem as filhas e as fez pessoas honestas, de bem...e com capacidade de ir atrás disso tudo, caso eu queira!


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carlita carlinha
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No PF desde: 03/12/2012

Fiorella,


Quote:
Realmente, essa cultura americana de imediatismo, de resultados, com certeza influencia muito. Mas o buraco parece ser muito mais embaixo, falta também maturidade dos pais em impor limites às crianças, e de tentar empurrar o problema para terceiros, como professores, médicos ou psicólogos. Claro que esses transtornos não são bobagem, e realmente afetam muitas crianças, mas qualquer nota baixa ou travessura é motivo de levá-la para dezenas de especialistas, quando o problema pode ser resolvido em casa, impondo mais disciplina e mais limites.


Infelizmente é o que mais acontece. Parece que os pais não dão conta de orientar os filhos e levam elas em especialistas sem saber o que elas precisam ou não observam seus próprios filhos. Essa falta de cuidado, dialogo na família, pode muito bem prejudica-las no convivio social.


A parte de receitar medicamento para as crianças, lembrei da minha enteada, pois a mãe dela levou a minha enteada para especialista que receitou calmante. Ela tem apenas 5 anos é muito nova para ser medicada dessa forma. Vejo falha tanto do meu namorado e dela.


Antes dos pais educarem, eles mesmo tem que fazer uma auto analise sobre os comportamentos deles (pais) com os filhos, pois a vida que a gente (filhos) leva em casa influencia lá fora.


Em relação aos estudos, quando estava fazendo faculdade, li vários textos dizendo que falta habilidade na forma de educar tanto dos pais e nas escolas.


É muito importante traçar uma estratégia para que as crianças despertem interesse nos estudos. Assim como é importante também elas (crianças) saberem esperar e ter seus horários seja para dormir, brincar, estudar. Tem que ter limite para tudo.


Sou totalmente a favor da criança, começar a fazer aula de idioma, esporte, porém tem que ter limite para não sobrecarrega-las.


Até mesmo porque o esporte combate a insegurança e a depressão.


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Si Cal
No PF desde: 06/08/2010

Si, é fato que é bom estimular desde cedo certas habilidades como idiomas, esportes, artes... isso desperta curiosidade sobre o mundo, e facilita o aprendizado. Mas captei tua mensagem, o problema é quando tudo isso se sobrepõe ao lazer, às brincadeiras, às fantasias. Acho insanas essas agendas absurdas às quais essas crianças são submetidas!


Fiorella que bom que CAPTOU... é otimo nossos filhos, os filhos alheios, terem oportunidades... mas acima do basico??? NAO ACHO CORRETO.


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Duas Metades
No PF desde: 12/12/2012

Eu já havia lido esse texto e adorei.


Meu filho mais velho, com 13 anos tem Tdha.


Mas eu só, soube qdo ele entrou na escola, na primeira série e quem notou,foi a professora.


Eu trato ele com a Ritalina e com dois médicos especialistas em TDHA, um onde moro e outra em PoA.


Ele toma somente 1, 10 mg por tarde.

Optamos q ele não tinha uma hiperatividade e no mais, é muito calmo, educado e inteligente.


Tem a psicóloga e uma psicoterapeuta com ele, a anos.


Ele vem se desenvolvendo bem, sendo criança e sempre me obedeceu, sempre.


Nunca o surrei, mas já tive q colocar de castigo e umas palmadas na bunda, já dei sim.


Eu briguei muito com os professores já, prq ele é diferente dos outros, mas ele é capaz como qlqr um e sempre se supera.


É avaliado como um aluno normal, sem deixar se limitar pelo transtorno.


Ele sabe q tem e se auto-ajuda, se policiando.


O que ocorre, são as mães desloucadas que querem intupir o filho de remédio e nada mais.


Ser mais é pra quem tem coragem, criar um filho, para que seja um cidadão honesto, hj em dia é tarefa para quem tem a disponibilidade de doar-se.


Sou Mãe de um TDHA, com muito orgulho, ele sempre me trouxe alegrias e sempre me orgulhei das superações dele, eu as acompanhei de perto.


Pais que educam, amam!