O site Preciso Falar esta inativo para login e novas contas. Agradecemos a compreensão.
Dicas culturais: livros, cds, músicas...
qui, 23/12/2010 - 11:40
#2
Si Cal
São maravilhosos.
Eu não costumo escutar esse tipo de música seguidamente, mas não dá para deixar de dizer que elas são incríveis.
E me trazem uma imensa saudade de uma época em que eu não vivi.
Obrigada por postar!
qui, 23/12/2010 - 12:11
#3
Carla, concordo com algumas de suas afirmações, pelo menos em parte.
Quote:
Acho desnecessário mencionar o que me parece o óbvio
Quote:
O rock nacional estacionou nos anos 1990
Quote:
É a cópia da cópia da cópia
Mas...
Não é uma questão de reconhecer a grandiosidade de nomes da MPB. Certas pessoas reconhecem, pq não têm argumentos para negar, mas na verdade não curtem Chico, Gil, Caetano, Tom, etc., nem sabem da importância que esses músicos têm na história da cultura brasileira.
O rock nacional sempre foi um paradoxo. Pois fica a dúvida quando pensamos em mencionar grandes nomes: Mutantes (e Rita Lee) iniciaram? Ou foi o Tremendão Erasmo Carlos (que eu acho pedante)? O BRock 80 é o verdadeiro início? Com Titãs, Paralamas, Ira, Camisa de Vênus, Legião...? (e Cassia Eller realmente foi magnífica, mas será que podemos classificá-la como cantora de rock?) E hoje em dia? NX Zero e cia (erh... q nojo)? Na realidade, há quem diga que o rock americano acabou nos anos 70 (aqui a dica do filme excelente de Cameron Crowe, \"Quase Famosos\", que retrata muito bem isso), então, qual seria o destino de um rock que se inaugura abaixo da linha do equador? Prefiro não pensar em \"rock brasileiro\", mas deixar tudo no caldeirão de música brasileira, sem rótulos forçados.
Sobre a cópia, na música americana, inglesa, ou qualquer outra, isso tb não ocorre? É uma longa discussão. Só para citar alguns nomes mais recentes no Brasil, ando curtindo muito Cidadão Instigado (banda cearense com grande projeção em Sampa), mas penso: tirando a guitarra fenomenal de Fernando Catatau, o que eles fazem não é novo se os comparo a Raul Seixas e Gonzaguinha. Mas é bom e criativo. E já é quase um consenso no meio artístico de que não existe nada (nem nunca existiu) 100% original.
E, por fim, para citar novos nomes (além do Cidadão Instigado) que considero de qualidade, pessoas que vieram para ficar (sem classificações de estilo):
- Pitty (baiana)
- Nação Zumbi (pernambucanos)
- Lucas Santtana (baiano)
- Karina Burh (pernambucana)
- Adriana Calcanhoto (gaúcha)
- Zeca Baleiro (maranhense)
- Pato Fu (mineiros)
- Lenini (baiano, eu acho)
- Marcelo D2 (carioca)
Uma turma bem brasileira, não é, dos quatro cantos do país.
qui, 23/12/2010 - 12:23
#4
Pois é, Fábio
Essa discussão sobre o que começou quando e onde, ou o que é cópia ou não pode ser longa para se chegar a lugar nenhum. Sim, a música internacional atualmente também copia o que já foi feito e, na grande maioria dos casos, copia mal. Exatamente como acontece no Brasil. Só acho que na música internacional eu tenho encontrado muito mais opções e possibilidades de algo mais instigante do que a música brasileira feita agora. De todos os nomes que você mencionou acima, apenas a Nação Zumbi me instigava e ainda assim, 15 anos atrás.
No final das contas, tudo se resume a gosto e identificação mesmo. A minha identificação com a musica brasileira tem sido limitada ultimamente, é isso.
P.S.: Adoro \"Almost Famous\". Assisto repetidas vezes e sempre me dá uma pontinha de saudade de coisas que nem ao menos vivi...rs.
qui, 23/12/2010 - 12:32
#5
\"O Shaggy, principalmente, negou tudo que é brasileiro. Então Shaggy, até chegar ao Facção Central (que é hip hop com muito pouco de brasilidade), passa pelo menos por Marcelo D2 (que faz algo bem tupiniquim)?\"
Bah Fabio eu gosto de muita coisa por aqui:
Gosto de D2, Planet Hemp, Racionais, depois sou um baita apreciador das letras de Grabriel o Pensador... Tem Legião urbana, Paralamas eu curto demais acho o Herbert um baita cara, Skank, Pitty, barão vermelho, Ira, Raimundos, Capital Inicial
Gosto do Rock gaúcho... Engenheiros, Tequila, Bidê o balde, comunidade Ninjitsu que fazia um som muito louco, Ultramen, Papas da Lingua, tem muita coisa do BR que eu gosto
Bom, não sendo dos Gêneros que citei gosto praticamente de tudo com raras exceções...
qui, 23/12/2010 - 12:42
#6
Carla,
Concordo muito com vc. Eu amo os clássicos da música brasileira e é o que mais ouço. Chico, Caetano, Gil, Raul, Ney, Belchior, Elis, os sambistas da antiga (Adoniran, Demônios da Garoa, Cartola, Noel Rosa, D Ivone Lara, etc). Mas não suporto os chatos que apareceram nos últimos tempos (Vanessa da Matta, Ana Carolina, Maria Rita, Jorge Vercilo...aff, tudo tão, chatinho e sem versatilidade) e tbm um pessoal aí que é mais antigo, muita gente gosta, mas que com todo respeito acho chaaaato (Nando Reis, por exemplo).
Acho que quem continua produzindo alguma inovação são aqueles que tbm a produziram no passado. Nisso incluo Ney Matogrosso (eu amo) e o próprio Gil.
No mais, o que se tem é pastiche, um museu de cópia da cópia da cópia...
Eu gosto do Djavan...
qui, 23/12/2010 - 12:42
#7
Bah véio eu sou músico, então esse pessoal da MPB não precisa nem dizer nada sobre eles! eles entram automaticamente... Gilberto Gil é o cara, eu o aprecio muito, gosto de chico cézar, Geraldo Vandré... bah eu podia ficar muito tempo citando esses caras aqui
qui, 23/12/2010 - 12:51
#8
hehehe,
Acho é que estou ficando velha, ou meus ouvidos se fecharam às novidades...Poutz, ultimamente ando achando todo mundo chato e só curto ouvir o que já tenho. Tipo, não tenho feito muita questão de conhecer as novidades brasileiras musicais...
De todos os que o Fabio citou, acho a maioria chata. Só me empolgo um pouco com o Zeca Baleiro de 10 anos atrás e tbm a Nação Zumbi...
De novidades internacionais, que me lembro agora, gostei do humor irreverente do Gogol Bordello e do Le sexoflex...Mas deve haver mais coisas...
qui, 23/12/2010 - 12:54
#9
Taí, Shaggy, gostei. Ainda preciso conhecer melhor a música gaúcha.
Carla, claro, é uma questão de identificação mesmo. Sobretudo porque os músicos que citei (e isso é uma tendência geral) são pouco convencionais, fogem dos modismos de mercado, então possuem geralmente público restrito. Mas são autenticamente brasileiros e eu, particularmente, amo música brasileira.
E q bom saber que conhece Quase Famosos, eu tb já assisti inúmeras vezes. Sabia que é biográfico? O diretor Cameron Crowe teve uma história parecidíssima com a do Willian Miller, o protagonista. E as canções da banda do filme foram compostas pela esposa do diretor, que faz parte de uma banda de rock, não lembro o nome.
Ops, só um detalhe, Nação há 15 anos não pode ser, a banda surgiu nessa época, mas ainda junto com o Chico Science. Então vc perdeu tudo que fizeram desde então, seguindo o próprio rumo, sem o Chico, e redefinindo o estilo. O último disco \"Fome de tudo\" (2007) é magnífico. Recomendo que escute. Vou repetir pra vc aqui o link da minha biblioteca online, pra vc ouvir.
qui, 23/12/2010 - 12:54
#10
Carla:
Sim, mesmo não gostando do Djavan, impossível não reconhecer que ele está entre os grandes. E que tá muito na frente dessa geração atual, nem tem comparação.
E quanto ao Caetano: bah, eu não quis falar dele para evitar que dissessem que eu não gosto dos brazucas, hehehehheeh...mas também não entendo o que ele fala.
Ele não fala coisa com coisa e pra piorar, no final, ainda lasca um \"-Ou não!\" hehehhehee aí mesmo que não se entende mais nada.
Pois é, Júpiter.
Gosto é gosto, né? Não sou eu quem vai dizer que você está certo ou errado quanto ao Djavan. Particularmente, gosto muito dele, especialmente ao vivo. Mas o senso comum o coloca como um dos grandes da MPB, independente de gostarmos ou não.
Por exemplo, eu acho Caetano um chato de galochas. Também acho que nem LSD explica o que ele escreve e às vezes nem o que ele fala...rs. Mas o cara é considerado ícone da MPB, tem história, fazer o que? E perto do que tem aparecido ultimamente, tanto ele quanto Djavan acabam mesmo sendo bons...hehehehehehe.