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DIA INTERNACIONAL CONTRA DISCRIMINAÇÃO RACIAL 21/03
"Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública"
O racismo se apresenta, de forma velada ou não, contra judeus, árabes, mas sobretudo negros. No Brasil, onde os negros representam quase a metade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o racismo ainda é um tema delicado.
Para Paulo Romeu Ramos, do Grupo Afro-Sul, as novas gerações já têm uma visão mais aberta em relação ao tema. “As pessoas mudaram, o que falta mudar são as tradições e as ações governamentais”, afirma Paulo. O Grupo Afro-Sul é uma ONG de Porto Alegre, que promove a cultura negra em todos os seus aspectos.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD – em seu relatório anual, "para conseguir romper o preconceito racial, o movimento negro brasileiro precisa criar alianças e falar para todo o país, inclusive para os brancos. Essa é a única maneira de mudar uma mentalidade forjada durante quase cinco séculos de discriminação”.
Aproveite a data para refletir: você tem ou já teve atitudes racistas?
_Ana_! Super bom o tópico...
Sobre esta imagem que está ai acima... Vi uma entrevista com o Dr. Robert Rey, o Dr Hollywood, há dias atrás... E ele falou que não se tem ideia da quantidade de cirurgias estéticas que são pedidas sem que exista motivos... Que é uma ânsia por ser diferente, no entanto... Quando ele estudava em Harvard, eles lidavam muito com corpos humanos nos laboratórios... E o cérebro, em todos, tem o mesmo peso... Então, pouco importa se é assim ou assado, pq somos iguais...
Claro, afora o Racista, como mostra na imagem, pq este realmente não tem cérebro!
Interessante...
Olá Ana, faltou falar do "racismo reverso"; quando as pessoas não racistas, forçam a barra para serem o máximo de simpáticas ou miguxas com as que sofrem algum preconceito, saindo do tom, e se tornando uma espécie - menos virulenta é claro - de racista.
É assim Ana, vamos exemplificar: o sujeito têm um colega de trabalho negro, judeu, sei lá....e para parecer "descolado" ou "cabeça aberta", passa a paparicar o outro, exagerar nos modos, querer se enturmar a força, ou supervalorizar as ações dessa outra pessoa...but, isso é exatamente um tipo de venda nos olhos para reconhecer o outro indíviduo como um igual, não como um coitadinho ou criatura ávida pela nossa atenção; é um tipo de racismo, mesmo que a pessoa se convença que não.
Ana, considero Lei das Cotas como racismo reverso sim. Penso que as pessoas possam se sentir até mesmo constrangidas por terem entrado na universidade "somente porque havia a questão das cotas as serem cumpridas".
Eu focaria a questão ensino em renda, e não em cor.
Sou a favor de pré-vestibulares gratuitos e de boa qualidade para pessoas de baixa renda (sejam brancos, sejam negros), sou a favor de ProUni (isso quando não conseguem burlar o sistema...).
Um grupo social dominante, seja em aspectos econômicos ou numéricos, sente a necessidade de se distanciar de outro grupo que, por razões históricas, possui tradições ou comportamentos diferentes. A partir daí, esse grupo dominante constrói um mito sobre o outro grupo, que pode ser relacionado à crença de superioridade ou de iniqüidade.
Nesse contexto, a falta de análise crítica, a aceitação cega do mito gerado dentro do próprio grupo e a necessidade de continuar ligado ao seu próprio grupo levam à propagação do mito ao longo das gerações. O mito torna-se, a partir de então, parte do “status quo”, fator responsável pela difusão de valores morais como o "certo" e o "errado", o "aceito" e o "não-aceito", o "bom" e o "ruim", entre outros. Esses valores são aceites sem uma análise onto-axiológica do seu fundamento, propagando-se por influência da coerção social e se sustentando pelo pensamento conformista de que "sempre foi assim".
Finalmente, o mecanismo subliminar da aceitação permite mascarar o prejuízo em que se baseia a discriminação, fornecendo bases axiológicas para a sustentação de um algo maior, de posturas mais radicais, como as atitudes violentas e mesmo criminosas contra membros do outro grupo.
Convém ressaltar que o racismo nem sempre ocorre de forma explícita. Além disso, existem casos em que a prática do racismo é sustentada pelo aval dos objetos de preconceito na medida que também se satiriza racialmente e/ou consente a prática racista, de uma forma geral.