Contar que tem câncer?

15 respostas [Último]
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Beti
No PF desde: 02/04/2012

Uma amiga muito próxima de nossa família retirou a mama há uns 5 anos.

Faz uns 4 meses ela tem ficado muito debilitada, mas refere dor na coluna. O esposo a levou ao médico e após vários exames viu-se que ela está com metástases no fígado e pulmão.

Não querem contar a ela, deixando que ela pense que é coluna.

É o correto?


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_Ana_
No PF desde: 19/09/2010

que médico é este que conta para o marido e não para a paciente?!

que idade ela tem e se tem depressão ou algum problema debilitante?


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Beti
No PF desde: 02/04/2012

Ela tem 74 anos e não estava se sentindo bem, daí o marido foi buscar e falou com o médico, que acabou pedindo mais exames para ver se tinha se alastrado para outros órgãos... Por isso nem contou a ela.


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alice55/RJ
No PF desde: 01/06/2009

Bem, sou da opinião que por pior que seja o prognóstico da doença, o paciente tem o direito de saber da sua real condição e do seu diagnóstico.


Mesmo que queiram poupá-la (?), como tratar adequadamente um câncer dessa magnitude, se a paciente não sabe de sua metástase? Até quando eles pensam que vão enganá-la, sendo que o google está cheio de informaçãoes e pistas em relação aos tratamentos que atualmente dispõe a medicina?


Acho que esconder o fato só vai aumentar a sua dor, pois pode sentir-se uma idiota por ter sido enganada por todos e pior, perder a confiança nas pessoas mais próximas, num momento tão difícil.


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Nary
No PF desde: 20/08/2008

Penso que não seja correto não. Acho que devem contar p/ ela sim


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

Dependendo do caso, é mais adequado não contar ao paciente o grau da sua doença; creio que o médico teve os seus motivos!


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Melliss@
No PF desde: 28/04/2011

Uai, por aqui os próprios médicos já avisam os pacientes logo na chegada do exame e não tem mais essa de deixar a escolha da família contar ou não, ainda mais no caso de doença séria onde o paciente vai passar por tratamento intensivo.

Eu acho que a pessoa deve ficar sabendo sim, de todos os passos.


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Nandablue
No PF desde: 17/04/2010

Não acho errado que o médico, num primeiro momento, revele o triste diagnóstico para familiares antes que para o paciente pois assim podem, juntos, pensar na melhor forma e momento de comunicar ao doente sobre seu estado.


Com certeza a pessoa tem o direito de saber sobre sua doença. Porém, ninguém melhor do que a família para avaliar se essa pessoa quer mesmo saber e qual a melhor forma e momento para contar. Muitas vezes, pacientes dão dicas claras de que não querem nem estão preparados para saberem a verdade. Fazem poucas ou nenhuma pergunta sobre sua situação, não se interessam por resultados de exames, ficam repetindo para todos que não têm nada grave e que está tudo bem... Essa pessoa está em estado de negação sobre sua realidade e, talvez, seja melhor prepará-la antes de dar qualquer notícia pior.


Os médicos estudam sobre isso na faculdade, quais são os direitos dos pacientes e qual a melhor forma de agir. É uma conduta que exige muito tato e bom senso. Cada caso é um caso, cada paciente deve ser respeitado como único e tratado como for melhor para ele próprio. A verdade deve prevalecer, mas não precisa ser nua e crua, pois isso pode causar um sofrimento adicional ao inevitável.


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Gulherme
No PF desde: 13/05/2010

Concordo cara Nanda!


Nível de instrução do paciente, histórico psicológico e mais uma diversidade de outros aspectos, são peças que o médico precisa ter para decidir se conta ou não a enfermidade ao seu paciente.


Jogar no colo - por mais sutil que seja - a "bomba"; as vezes só acelera um processo muito renegado.


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Beti
No PF desde: 02/04/2012

Muito bem dito Nandablue. Acho que foi por ai mesmo, para evitar um choque logo de cara.

Eu sempre pensei que deveria ser dito direto para o doente. Mas nesse caso eu até vi com bons olhos a conduta do médico.


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vica
Offline
No PF desde: 25/08/2010

Concordo com a Nanda e o Gu!


Passamos por isso com minha mãe, claro que ela sabia da doença, mas as informações eram filtradas por mim e minha irmã. Fizemos isso para que ela tivesse esperança e não se entrasse em depressão, pois já havia um quadro desses, antes da doença. Mas acho que isso cabe a cada um. Eu optei por poupá-la, e deixar chegar no final da melhor maneira possivél!!!!