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Agora é moda
qua, 27/04/2011 - 17:57
#2
Zé, não sei, mas fiquei com uma impressãozinha de que teu comentário a meu respeito foi levemente depreciativo. Só faltou virem os \"tsk, tsk\" após o \"santa ingenuidade\". Não há nada de ingênuo na minha opinião - que, aliás, é opinativa (!!!) e dá quem quer. Bueno, do jeito que tu falou parece até que eu sou uma defensora dos pobres, dos bolsas-famílias da vida, dos coitadinhos. Ainda que eu fosse (mas não sou), não falei nada disso. O que eu entendo é que se houvesse uma forma de receber as crianças rejeitadas, as que os pais não querem mesmo ou não têm condição de criar, e já houvesse um encaminhamento rápido pros casais habilitados à adoção, a gente resolveria dois problemas: o do abandono e o da fila absurda de gente querendo adotar uma criança.
O problema é que abandono de incapaz tb é crime.
É isso e apenas isso.
Que o país é uma esbórnia isso é claro, mas só não por causa dos pobres que mamam nos programas populares do governos, mas tb pelos ricaços que governam o país.
Evidentemente que os pobres deram um up grade na vida principalmente depois de 2003. Que bom pra todos nós: se melhorou pra eles, melhorou pro cidadão de bem classe média. Mas estamos falando de crianças abandonadas ao léu, nos lixos, atiradas em rios, correndo o risco de serem trituradas ou por animais ou mecanicamente. São bebês deixados pra morrer à mingua ou para que corram o risco de ter a sorte de ser encontrados por uma boa alma. Isso pra mim é injustificável, mas talvez muitas mães façam isso por não conseguir enxergar uma forma de se livrar do peso da criança em suas vidas sem serem responsabilizadas penalmente.
Sad,
não moro em SC, e sim no interior do RS e, menina, até aqui, nesse fiofó do Judas, essas jaguaras fazem isso. É fods!
qua, 27/04/2011 - 18:25
#3
VAMOS PARAR DE PARIR!!!!!!!!!!!!!!!!
qua, 27/04/2011 - 18:26
#4
Aqui no Brasil é cômodo ter filhos, ainda mais no nordeste, cada filho que vc pari, vc ganha um bolsa família.
--\'
qua, 27/04/2011 - 18:27
#5
Pois então,
Eu acho que falta algo que ninguém quer fazer: conscientizar as pessoas quanto à gravidez e maternidade. Não estou falando de distribuição de anticoncepcionais e preservativos nem de programa de apoio a gestante. Estou falando de educar as pessoas sobre a responsabilidade de se ter filhos.
Nesse país ainda impera a mentalidade do \"onde come um, comem dois\" ou \"Deus cuida\" e não é assim que a banda toca. Mas para além disso, há que se considerar que não são apenas as condições materiais que dificultam as coisas. Os outros fatores que envolvem a gravidez e a maternidade estão sendo solenemente negligenciados. Ninguém fala em prevenção à depressão pós-parto, ninguém fala em orientação psicológica às gestantes e familiares, ninguém fala em estrutura de apoio emocional. Só se fala \"olha, vamos te dar um enxoval e te ensinar a fazer artesanato pra você ter fonte de renda\". Tá, legal, mas e aí? Ter filho é só isso?
Além disso, nossa cultura diviniza demais a maternidade. Ninguém conta o lado negro da história, os bastidores da produção. Ao ver uma garota ou mulher grávida, as pessoas simplesmente deduzem que aquela pessoa se tornará automaticamente responsável, madura, consciente de seu papel e que o período de gestação a preparará completamente para enfrentar o baque de ter um filhos nos braços. Porque, afinal de contas, a gravidez é mágica e faz milagres.
Em outros países, adolescentes recebem em algumas escolas uma tarefa bem árdua: eles são dividos em casais e são responsáveis integralmente pela sobrevivência de um animalzinho uma semana. Algumas escolas inclusive têm bonecos-bebês de alta tecnologia para essa tarefa. Eles choram durante a noite, pedem comida, reclamam da fralda suja, têm dores e tudo que um bebê de verdade faria. O choque com essa pseudo-realidade é tanto, que os índices de gravidez na adolescência se reduziu drasticamente nas escolas que adotaram esse programa, em conjunto com programas de anti-concepção.
Eu acho que é isso que falta aqui. Mostrar a realidade da coisa ao invés de simplesmente considerá-la divina e intocável.
qua, 27/04/2011 - 18:29
#6
Exatamente,
parir passou a $er lucrativo, alem de garantir uma bacia de votos pros corruptos de berço.
Girlie,
apenas não posso crer que alguem com um mínimo de acesso a informação, possa alegar \" falta de recursos\", para as situações vergonhosas no país.
qua, 27/04/2011 - 18:36
#7
O.k., parir passou a ser lucrativo, mas pelo jeito essas malucas que estão jogando bebês em lixeiras e afins não estão lá muito interessadas no dinheiro, né? Porque se não me engano, é preciso estar com a criança para que se receba algo, não?
qua, 27/04/2011 - 18:42
#8
Carla,
enquanto se discute o cornograma das obras de estadios para a copa do mundo, dá uma olhadinha nas estatísticas de disponibilidade de vagas e frequencia nas escolas, grau de instrução dos professores e outras condições relevantes da educação no país.
Tu vai se arrepiar, te garanto...
Dentro deste cenário, a gravidez precoce é só um dos nossos males. A fábrica de prostitutas e traficantes é muito mais chocante...e não é privilégio do Nordeste não, basta percorrer as periferias, morros, e pagar um pedagiozinho para a quadrilha dominante, para constatar o que a falta de política na Educação está fazendo com a atual geração.
Mas tb, com um semi-analfabeto ex-presidente, e outro no congresso como mais votado, estudar pra quê, não é mesmo ?
qua, 27/04/2011 - 18:45
#9
Descartar o filho recem nascido numa lixeira, é só mais um fato a confirmar , que muitos não aprendem o valor da vida, seja parindo e descartando, seja matando em algum cruzamento por míseros trocados..
Sou a favor da roda dos enjeitados:
1º Existem varias instancias a recorrer se não quiser um filho, mas considerando o nivel intelectual de algumas pessoas eu acho que é a melhor situação. Tem gente que é ignorante ou doente e pronto. Tem gente que passa o dia fumando crack e nem sabe se comeu ou dormiu. E demais achar que uma pessoa desta ira procurar um orfanato ou o conselho tutelar.
2º Eu iria mais longe, realizaria esterização em massa (claro se fosse permitido juridicamente em nosso pais, Jupiter) e exigira comprovação da capacidade material e psicologica para ter filhos.